Em qualquer local que estejamos, o mais comum, nos dias de hoje, é vermos os mais novos agarrados a smartphones e tablets, vidrados nos ecrãs brilhantes e alheios a praticamente tudo o que está a seu redor.
É uma realidade que assusta alguns e um recente estudo da OCDE vem revelar que os jovens portugueses são dos que ficam mais insatisfeitos com a vida, quando não têm acesso à Internet.
É uma realidade actual, a utilização em excesso, pelos jovens, de equipamentos, sobretudo móveis, ligados à Internet. Seja para explorar as redes sociais, partilhar fotos, ouvir música, aceder ao email, enviar mensagens… praticamente todos os jovens que conhecemos têm estes hábitos.
Mas, tudo é saudável até interferir, negativamente, com o nosso bem estar, seja físico, seja psicológico/emocional.
E um recente estudo vem mostrar que Portugal é um dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) com uma das maiores percentagens de jovens com 15 anos, que utilizam bastante a Internet, que sentem mais insatisfeitos quando não têm este serviço por perto.
Segundo o estudo, são mais de 77% dos jovens que afirmam sentir-se mal quando não têm acesso à Internet. Uma percentagem elevada comparativamente à média de 54% da OCDE. Também os jovens de França, Grécia, Suécia e Taipé, apresentam percentagens idênticas às dos nossos.
No entanto, apesar destes resultados, o tempo que os jovens portugueses dizem passar online, nos dias de semana, cerca de 140 minutos, é ligeiramente inferior à média da OCDE, que são 146 minutos. Contudo, os valores alteram-se quando se fala em fim de semana, passando os jovens portugueses 190 minutos online, face aos 184 minutos da média da OCDE.
Outros dados do estudo indicam que, quase 90% dos jovens inquiridos são da opinião de que a Internet é um ótimo recurso para obter informação. Por sua vez, 84% considera que as redes sociais são muito úteis.
O estudo mostra que, em Portugal, não existe uma diferença significativa entre os jovens mais e menos carenciados, sendo que pode-se concluir, como consta no relatório do estudo, que a Internet “pode aumentar a satisfação com a vida por propiciar entretenimento e retirar obstáculos à socialização”, apesar de ficar o alerta de que pode também ser uma fonte de risco ao bem-estar dos adolescentes, uma vez que os que usam abusivamente a Internet, mostram-se menos satisfeitos com a vida e evidenciam também piores desempenhos escolares.
Este estudo analisou ainda a perceção dos jovens com os pais, com a escola, com professores, com situações de bullying, entre outros.
Vejam aqui o estudo completo da OCDE.
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