Fonte: Sapo
Os jovens usam cada vez mais o telemóvel, mas revelam estar menos preocupados com os possíveis efeitos da exposição às radiações, mostra o estudo FAQtos - Informação sobre Radiação Eletromagnética em Comunicações Móveis.
Desenvolvido no INOV-INESC/ Instituto Superior Técnico (IST), com data de 30 de Janeiro, o estudo indica uma diminuição na preocupação com os possíveis efeitos da exposição às radiações electromagnéticas, sobretudo nos dois últimos anos, sendo que 45% dos inquiridos mostraram não estar preocupados com o assunto e que a percentagem de jovens que não tem opinião formada sobre o tema também aumentou.
Da autoria de Ema Catarré e Luís M. Correia, mostra os resultados dos 8.595 inquéritos, realizados a estudantes de 130 estabelecimentos de ensino secundário, nos últimos cinco anos lectivos, de 2010/11 a 2015/16, relacionando os dados mais recentes com os dados dos períodos anteriores quanto à utilização de telemóveis e às questões das radiações.
No entanto, o relatório analisa que aqueles que já têm prévio conhecimento do FAQtos apresentam um nível de preocupação superior, se bem que reconhece que durante o período mais recente "os valores inverteram-se, pois o nível de preocupação foi menor para quem conhece o FAQtos". "Cerca de 37% preocupam-se, o que contrasta com os apenas 17% que indicaram já ter procurado informação sobre o tema", revela o estudo, neste acaso analisando o ano letivo 2015/16 e salvaguardando que estes dados têm de ser analisados "com algum cuidado", "pois dos 775 inquiridos" naquele ano lectivo, "apenas 37 conheciam o projeto".
Questionados sobre se já alteraram hábitos de utilização do telemóvel por terem ouvido falar sobre possíveis efeitos das radiações, uma percentagem significativa - cerca de 24% - disse já o ter feito. "Quando comparado com a percentagem de jovens que se dizem preocupados com os possíveis efeitos da radiação (cerca de 37%), o valor é bastante inferior. De qualquer forma, é uma amostra significativa, que indica que estes receios têm alguma influência na utilização que os jovens fazem dos telemóveis", lê-se no relatório.
Já sobre se tomam alguma medida de protecção quando usam o telemóvel, apenas um número reduzido de jovens (12%) indicou que adopta medidas e existe uma percentagem considerável de respostas - cerca de 28% - que mostra não saber que medidas tomar para evitar as radiações.
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