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Um telemóvel dura 2 anos. Podia durar muito mais se os fabricantes quisessem, revela especialista

Um telemóvel dura 2 anos. Podia durar muito mais se os fabricantes quisessem, revela especialista
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Não é segredo para ninguém, os telemóveis e os electrodomésticos em geral foram feitos para durar apenas o período de garantia.

Um telemóvel dura 2 anos. Podia durar muito mais se os fabricantes quisessem

A indústria dos electrodomésticos em geral e dos smartphones em particular é acusada de programar um curto período de vida para os seus produtos. Mas tardam as leis que possam impedir esta prática, lesiva dos consumidores.

Essa programação em muitos casos, diminuem a velocidade de uso dos aparelhos e começam a falhar poucos anos depois de serem comprados. “Absolutamente todos os fabricantes de smartphones praticam isso. Quando começam a atrasar ou certos aplicativos não funcionam, o utilizador reinicia o aparelho e acha que é normal”, disse Benito Muros, presidente da Fundação Energia e da Inovação Sustentável sem Obsolescência (Feniss).

Actualmente, a vida de um telefone, diz, é de dois anos. Depois, é comum começar a dar problemas e Muros explica que a sua reparação pode custar até 40% do preço de um novo. “Se a obsolescência programada não existisse, um smartphone teria uma vida útil de 12 a 15 anos”, diz. A Autoridade Italiana de Concorrência e Garantia de Mercado impôs há dois meses atrás uma multa de cinco milhões de euros à Samsung e outra de 10 milhões à Apple por forçarem os seus clientes a realizar actualizações de software que retardaram os aparelhos.

Ambas as empresas foram acusadas de realizar “práticas comerciais desleais” que causaram “avarias graves em dispositivos e reduzem significativamente o seu funcionamento, acelerando assim a sua substituição por produtos mais novos.

A Comissão Europeia propõe que, em 2020, a informação de durabilidade seja obrigatória. Mas, enquanto em países como Itália ou França, as leis já vão no sentido de proibir totalmente essas práticas, na maioria dos países não existem normas legais que penalizem as empresas que as fazem.

A França foi o primeiro país europeu a introduzir medidas para erradicar esse tipo de práticas que não podem ser mantidas porque exigem o uso de recursos naturais finitos, geram grandes quantidades de resíduos e uma perda económica para o consumidor e têm consequências negativas para a saúde pública e para o meio ambiente.

Resumindo: os sistemas operativos utilizados e algumas aplicações das marcas quando são alvos de actualizações, bem como ROMs alteradas tornam os aparelhos mais lentos para criar a sensação de "velhice" e apelar assim à substituição e consumo destes.


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