- De acordo com os resultados do mais recente estudo realizado pela Ipsos e encomendado pelo PayPal, verificou-se que os consumidores estão a realizar cada vez mais compras através de dispositivos móveis;
- Entre as principais tendências relacionadas com os hábitos de compras no ‘mobile’ e a disponibilidade dos comerciantes, destaca-se a segurança como fator-chave nos países de língua inglesa e o fato de as compras em plataformas sociais estarem a crescer a um ritmo sem precedentes;
- Como estamos a apenas a algumas semanas da época de compras mais ‘quente’ do ano, é importante que os comerciantes portugueses verifiquem quem são os seus clientes internacionais, o que estão a procurar nas lojas online e como podem atender às suas necessidades;
Com base num recente estudo realizado pela Ipsos e
encomendado pelo PayPal, foram analisadas as últimas tendências de mCommerce em todo o mundo.
Como não é propriamente uma surpresa que os consumidores estejam a fazer cada vez mais compras
através de dispositivos móveis, analisámos também as principais tendências relacionadas com os
hábitos de compras pelo telemóvel e a recetividade dos comerciantes; o facto de a segurança continuar
a ser uma prioridade no pensamento dos países de língua inglesa e o crescimento sem precedentes do
número de compras em plataformas sociais – apesar de serem fenómenos relativamente novos.
Os comerciantes devem dar prioridade ao ‘mobile’
As empresas devem oferecer experiências otimizadas para os dispositivos móveis caso estejam
interessadas em atrair e manter o interesse de consumidores mais jovens, como a geração Z e Y. Tento
em conta todas as faixas etárias, quase 80% dos consumidores entrevistados em todo o mundo
admitiram ter feito compras via smartphone nos últimos seis meses. Por outro lado, apenas 63% das
empresas revelaram ter um site otimizado para telemóveis ou mostraram estar otimizadas para aceitar
pagamentos através de um dispositivo móvel. Com uma divisão de quase 20 pontos percentuais entre
consumidores e comerciantes, as empresas devem começar a dar prioridade aos canais de compras para
dispositivos móveis, de forma a garantir que satisfazem as expectativas em constante evolução dos seus
clientes, assim como correspondem ao crescimento explosivo do comércio via ‘mobile’.
Uma razão pela qual a otimização dos dispositivos móveis pode não ser uma prioridade para algumas
empresas: 25% dos comerciantes em todo o mundo partilharam que a sua prioridade número um é
apenas manter os seus negócios à tona. Portanto, para milhões de pequenas empresas, oferecer uma
experiência integrado no ‘mobile’ não é uma prioridade para a sobrevivência dos seus negócios. No
entanto, se essas mesmas empresas dessem prioridade ao ‘mobile’, iriam conseguir ter menos
‘carrinhos de compras’ abandonados e até 15% a mais na receita de vendas.
Destaques mundiais:
- A Índia está a liderar o caminho no uso do comércio em dispositivos móveis, com 70% dos consumidores indianos a preferirem usar o telemóvel para fazer compras. 81% dos comerciantes indianos mostraram estar otimizados para as compras via ‘mobile’.
- A Itália é o principal mercado europeu para os consumidores que fazem compras online via smartphone (83%). Ao mesmo tempo, apenas 65% das empresas italianas indicaram ter um site ou aplicação preparada para os dispositivos móveis.
- Nos EUA, 72% dos consumidores usaram um smartphone para fazer pagamentos online, enquanto 57% das empresas relataram oferecer uma experiência otimizada para dispositivos móveis – este é o segundo número mais baixo de todos os países envolvidos no estudo.
Segurança e confiança continuam a ser barreiras significativas em quase todas as geografias
Segurança e confiança são considerações importantes nas decisões dos consumidores para as compras
em dispositivos móveis. Globalmente, 51% dos entrevistados evitam o comércio no ‘mobile’ devido a
preocupações de segurança, mas certos países, incluindo o Japão, estão menos preocupados (28%).
Em contraste, os mercados mais preocupados são o Reino Unido (64%), Austrália (63%) e os EUA (58%) -
todos os mercados de língua inglesa. Os comerciantes também expressaram altos níveis de preocupação
com a segurança do comércio via ‘mobile’; a principal barreira para os comerciantes na otimização para
dispositivos móveis são as preocupações de segurança, com 1 em cada 5 comerciantes a hesitarem
devido ao interesse em garantir que os dados do cliente ficam salvaguardados.
Os comerciantes estão atentos à procura dos consumidores pelo comércio social
A oferta e a procura pelo comércio social estão alinhadas entre consumidores e comerciantes, com 1 em
cada 3 comerciantes entrevistados – e 1 em cada 3 consumidores – a compartilharem o uso do comércio
social.
No entanto, a predominância do comércio social varia de acordo com a geografia – com a maior
popularidade a recair na Índia, onde 57% dos consumidores relataram o uso do comércio social nos
últimos 6 meses. No que diz respeito aos tipos de plataformas sociais mais frequentemente usadas a
nível global, o Facebook, Instagram e WhatsApp estão na liderança (35% do comércio social acontece
nas propriedades do Facebook).
À medida que o comércio social cresce em popularidade, haverá um olhar cada vez mais atento sobre os
dados recolhidos durante a experiência de compra social e as suas possíveis implicações, especialmente
se os dados mostrarem que a segurança é uma preocupação dos consumidores e comerciantes.
Fonte: em nome do PayPal, a Ipsos entrevistou 22.000 consumidores (de 18 a 74 anos) que possuíam ou usaram
um smartphone e 4602 comerciantes que vendem ou aceitam pagamentos online a consumidores (e empresas)
em cada um dos 11 países (Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha, Austrália, Índia, Japão, EUA, México e
Brasil).
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