De acordo com os dados avançados pela PSP, em 2018 foram registadas 99 ocorrências relacionadas com burlas através do MB Way e entre 1 de janeiro e 31 de maio foram 135.
Segundo investigação e análise do Departamento de Investigação Criminal da PSP, o ‘modus operandi’ visa o "aproveitamento feito aos anúncios que as vítimas colocam ‘online’ para venda de objetos em sites dedicados a este tipo de comércio (OLX, CustoJusto, entre outros)".
"Posteriormente, são contactados telefonicamente por supostos compradores que mostram interesse naquela compra", explica a PSP.
Posto isto os supostos compradores, vão cumprir o pagamento via MB Way. “Quando conseguem enganar a vítima, aproveitam o desconhecimento que tem sobre a aplicação MB WAY e, através de indicações enganosas sobre os procedimentos a adotarem, conseguem aceder à conta bancária da vítima e fazer vários levantamentos e compras de forma ilegítima”, é referido.
A vítima, segundo a PSP, é, assim, “levada a introduzir no ATM o número de telemóvel do suspeito e o fornecimento do respetivo código, associando-o ao seu cartão de multibanco, convencida de que são os procedimentos próprios para receber o pagamento através do MB WAY, acabando por cair na armadilha”.
Segundo as autoridades, a vítima dá, desta forma, acesso à conta que está associada ao seu cartão de multibanco, permitindo assim os levantamentos indevidos da sua conta bancária. Nesse sentido, a PSP recomenda que recusem o pagamento através da aplicação MB Way se não perceber como esta funciona.
Recomenda também que as pessoas tentem sempre fazer negócios de forma presencial se estiver na mesma área geográfica do comprador, receber pagamentos presencialmente ou através de transferência bancária e para nunca seguirem instruções de desconhecidos para fazer os pagamentos.
Por fim, a PSP sublinha que em caso de dúvida, deve ser solicitada informação ao banco sobre o funcionamento da aplicação.
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