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MAIOR APOSTA NA DIGITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA DO TURISMO EM PORTUGAL PODERÁ GERAR 50.000 EMPREGOS

MAIOR APOSTA NA DIGITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA DO TURISMO EM PORTUGAL PODERÁ GERAR 50.000 EMPREGOS
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83% do alojamento disponível em Portugal já pode ser reservado on-line (websites, plataformas de reservas) e gera 41% do volume das vendas do sector

MAIOR APOSTA NA DIGITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA DO TURISMO EM PORTUGAL PODERÁ GERAR 50.000 EMPREGOS

As melhorias na conectividade digital, desde 2012, em Portugal, geraram quase 50.000 empregos no turismo, uma proporção significativa face aos 250.000 empregos totais criados pelo turismo entre 2012 e 2018. Segundo o estudo da Oxford Economics, encomendado pela Google, há hoje oportunidades para criar 50.000 novos empregos em Portugal nos próximos anos, no entanto, maior investimento na infraestrutura digital, competências digitais e maior atividade digital são fatores críticos de sucesso para atingir os objetivos.

“Ainda existe uma oportunidade real de continuar a crescer o turismo português por meio do on-line. Isso pode incluir interações on-line aumentadas com potenciais viajantes por meio de canais preferidos de reservas e informações, além de maior alcance para novos mercados para Portugal e mais distante do país, como Estados Unidos, Brasil e China. As interações on-line podem estimular a procura e ajudar Portugal a ganhar participação de mercado dos concorrentes ”, explica David Goodger, Managing Director da divisão de Economia do Turismo da Oxford Economics.

Os impactos estimados sobre o emprego no estudo são totalmente consistentes com um adicional de 1,3 mil milhão de euros em gastos com turismo de acordo com a estratégia de turismo de Portugal, bem como com as expectativas da Oxford Economics em relação ao PIB e emprego e à pesquisa anual de impacto económico do WTTC.

Experiência mobile

Segundo o estudo, cada vez mais, os viajantes procuram plataformas on-line antes, durante e depois das viagens, uma dinâmica na qual o conteúdo on-line é a fonte mais confiável de informações de viagens e cerca de 80% das viagens globais são influenciadas por conteúdos on-line.

Os viajantes estrangeiros estão mais conectados que os residentes portugueses e preferem serviços digitais. O acesso móvel pode beneficiar os viajantes e o setor de viagens português, especialmente se as estratégias de negócios on-line forem direcionadas para os requisitos de viajantes internacionais. No geral, os turistas estão cada vez mais a usar dispositivos móveis para pesquisar destinos, inclusive enquanto viajam.

Ainda segundo o estudo, cerca de 61% dos viajantes fazem o download de aplicativos relacionados a viagens antes das viagens, enquanto 87% dos millennials dizem que seus smartphones são o item de viagem mais essencial.

Ao ser o mobile a principal experiência dos utilizadores, o tempo e o desempenho são fundamentais. Um estudo da Google mostra que websites mobile que carregam em 5 segundos conseguem obter 2x mais receitas de publicidade mobile do que os websites que têm tempo de carregamento de 19 segundos. Esse fator é reforçado em outro estudo, também da Google, que revelou que 53% das visitas são abortadas se o website mobile demorar mais de 3 segundos a carregar e vai piorando à medida que o tempo de carregamento aumenta.

Estratégia digital

O estudo da Oxford Economics conclui que a percentagem de receita gerada pelo setor de alojamentos através do comércio electrónico é maior do que na economia em geral na grande maioria da Europa. Essa importância é ainda maior em Portugal, onde cerca de 40% da rotatividade do setor de acomodações é contabilizada pelas vendas on-line através de sites de negócios e outras plataformas, incluindo OTAs, em comparação com apenas 18% em outros setores.

O estudo refere, com base em análises feitas por outras entidades, que a inovação com base em insights aumenta a produtividade - em geral, o aumento médio foi encontrado entre 5% e 13%, com impactos positivos na experiência dos consumidores

Não só as grandes empresas beneficiam de uma estratégia digital, mas, com o fácil acesso e a proliferação de novas plataformas, as PME portuguesas podem facilmente competir com as empresas de maior dimensão continuando a integrar tecnologia no seu negócio e a proporcionar serviços adaptados aos seus consumidores.

De acordo com o estudo da Oxford Economics, as empresas de turismo em Portugal ficaram abaixo da média da UE em várias medidas de adoção de TIC e o país foi classificado como o mais baixo em termos de empresas com sites (de acordo com a pesquisa da Comissão Europeia para o portal de Prestação de TIC e Suporte às Empresas de Turismo).

“As pequenas empresas são um motor essencial de inovação e crescimento da economia, e embora a Internet tenha criado muitas novas oportunidades, também introduziu uma complexidade que muitos proprietários não têm tempo para navegar -- ainda que eles saibam que o sucesso depende de encontrarem novos clientes e mantê-los”, destaca José Maria Júdice, Industry Manager da Google para o turismo em Portugal.

A Indie Campers é uma empresa que nasceu digital e quer se tornar a empresa número 1 no serviço de autocaravanas. “Com a complexidade de gerir um negócio que depende da sazonalidade e das preferências de mais de 120 nacionalidades de clientes que viajam para mais de 40 destinos (até o momento), ter acesso aos insights que as estratégias de aquisição digital oferecem nos permitem comercializar nossos serviços em qualquer lugar, no melhor momento e da maneira mais eficiente”, define Hugo Oliveira, CEO e fundador. “Sendo um negócio digital, as nossas tomadas de decisões são data-driven, coordenando nossos próprios insights com as tendências de mercado para identificar oportunidades de expansão. Nossa mentalidade digital faz de nós um empresa global, rápida e um caso de sucesso em crescimento”, acrescenta.

Mercados emergentes

Existe um conjunto de mercados emissores que têm ganho preponderância no turismo nacional nos últimos anos, como é o caso do Brasil e EUA, que nem sempre estão interessados no mesmo tipo de atividades e nas mesmas regiões de Portugal que os mercados emissores tradicionais. Conhecer e acompanhar a evolução das preferências dos principais mercados emissores e do tipo de destinos é, por isso, crítico e mais facilmente compreendido através de uma melhor e mais profunda utilização dos dados disponíveis.

Segundo a Oxford Economics, a maior captação de turistas destes mercados emergentes e geração de receitas potenciais podem ser alcançadas, em parte, também com um reforço da conectividade digital e das competências digitais em Portugal. O que implica, por exemplo, uma utilização mais profunda dos insights para compreender melhor os viajantes e, assim, melhorar produtos e serviços ajustados a este perfil de turistas. As interações on-line irão ajudar a chegar a estes novos mercados mas, ao mesmo tempo, haverá uma maior necessidade de competências em analytics para compreender as necessidades destes novos tipos de turistas.

"Hoje, é absolutamente crítico que a tomada de decisões e definição de objectivos e prioridades pelos diversos actores públicos e privados no turismo nacional se baseie na análise regular de insights de forma a entender a jornada do utilizador. Não o fazer significa desaproveitar oportunidades", reforça José Maria,

5 dicas para melhorar a presença on-line

Google My Business: Disponível em desktop e para dispositivos móveis, é uma maneira fácil e gratuita para as empresas garantirem que aparecem na Pesquisa do Google e no Google Maps. Podem atrair novos clientes e interagir com os já existentes, criando seu próprio perfil comercial, onde podem atualizar as informações do seu estabelecimento (como horário de funcionamento), promover uma oferta ou evento especial e responder a avaliações.

Smart Campaigns no Google Ads: uma solução de publicidade fácil e inteligente que usa tecnologia para ajudar pequenas empresas a criar anúncios e fornecer bons resultados.

Competências digitais: Com programas como Atelier Digital,mais de 50.000 pessoas foram treinadas em competências digitais em Portugal. Cursos on-line e presenciais ajudam os portugueses a começar, crescer e acelerar suas carreiras e negócios.

Google Cloud Platform: Plataforma da Google com diversas ferramentas que permitem gerir infraestrutura de forma rápida, seguro e escalável, e explorar e activar grandes volumes de dados.

Google Analytics: Solução gratuita da Google para compreender em detalhe de que forma os utilizadores interagem com o seu website.

Recomendações Oxford Economics

O acesso móvel pode beneficiar os viajantes e o setor de viagens português, especialmente se as estratégias de negócios on-line forem direcionadas aos requisitos de viajantes internacionais.

Reconhecer a crescente preferência pelo acesso em diferentes dispositivos é crucial para as empresas que vendem on-line.

Ao adotarem plataformas digitais, os negócios e os destinos estarão mais preparados para interagirem com os viajantes ao longo do planeamento de uma viagem, maximizando o seu crescimento.

As empresas de viagens e turismo precisam se concentrar nas preferências dos viajantes internacionais, que compreendem uma grande proporção da demanda e também tendem a representar o público em crescimento mais dinâmico. A estratégia de negócios on-line não deve corresponder apenas às preferências domésticas.

Os dados digitais podem ser usados para entender melhor os fluxos e destinos de viajantes em potencial e, em seguida, fornecer informações sobre destinos alternativos.

É necessário continuar a investir na criação das competências digitais e de analytics para aumentar a competitividade de Portugal enquanto destino turístico
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