3 em cada 4 trabalhadores defendem que se deve melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional
- 65% dos inquiridos esperam que as empresas contribuam positivamente para os problemas sociais, como as alterações climáticas e a desigualdade
- 28% dos colaboradores aceitaria um salário 10% inferior para trabalhar numa empresa comprometida com os problemas sociais
O mundo do trabalho está a mudar e as exigências dos profissionais também. Os colaboradores esperam cada vez mais que os seus empregadores contribuam positivamente para os problemas sociais, conforme revela o novo relatório publicado pela Ricoh Europa. O estudo Future of Work, realizado pela Arup, explora como a tecnologia ajudará a melhorar os nossos negócios e o papel central que a colaboração e a sustentabilidade está a adquirir nas empresas.
Uma das principais conclusões deste estudo é que os colaboradores acreditam que as empresas são responsáveis por utilizar a tecnologia como motor para uma mudança positiva não só no âmbito laboral, mas também em outros temas atuais. A pesquisa, à qual responderam três mil trabalhadores a nível europeu, revela que três em cada quatro inquiridos (74%) consideram que à medida que a automatização de tarefas ganha terreno, os profissionais devem ter um maior equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Além disso, cerca de 63% dos colaboradores querem que as empresas aproveitem os benefícios da tecnologia de automação para reinvestir nas pessoas e na comunidade.
Dois terços dos inquiridos (65%) esperam cada vez mais que as empresas contribuam positivamente para os problemas sociais, como as alterações climáticas e a desigualdade. Além disso, 28% aceitaria um salário 10% inferior para trabalhar numa empresa comprometida com os problemas sociais. No entanto, a maioria dos colaboradores mostra-se cética em relação às intenções das empresas. 65% teme que as empresas usem a automatização para aumentar os lucros e diminuir os postos de trabalho. No entanto, o facto é que a tecnologia já está a libertar os trabalhadores de tarefas repetitivas, para que estes possam concentrar-se num trabalho mais valioso e satisfatório, que permita às empresas reinvestir em contribuições mais positivas para a sociedade.
Rámon Martin, CEO da Ricoh Portugal e Espanha, declara: “Existe uma ampla gama de tecnologias que mudarão a nossa forma de trabalhar nos próximos 10 anos, como a digitalização para a cloud, a inteligência artificial, a realidade mista e a robótica. As empresas devem tomar decisões inteligentes e adotar a tecnologia que permita aos trabalhadores investir o seu tempo em tarefas cognitivas de valor acrescentado, que não podem ser realizadas por nenhuma máquina. As pessoas são insubstituíveis em qualquer organização”.
Sobre o papel da colaboração e da sustentabilidade nas empresas, Rámon Martin considera que “devem estar no centro de qualquer empresa. Os grandes problemas com os quais a sociedade moderna lida não podem ser deixados nas mãos dos governos ou das organizações sem fins lucrativos. As pessoas esperam que as organizações dêem o exemplo e façam contribuições mais positivas para as comunidades em que operam. As empresas que colocam os benefícios da tecnologia ao serviço da comunidade prosperarão e atrairão os melhores talentos. Portanto, na Ricoh, alinhamos os nossos negócios aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”.
*Sobre o estudo Future of Work: Opinium Research LLC entrevistou 3000 colaboradores entre 30 de agosto e 5 de setembro de 2019. 500 inquiridos eram do Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália e Países Baixos.
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