“IA Benéfica”: construindo juntos a confiança na
tecnologia
- Michael Bolle, membro do conselho de administração da Bosch: "A Bosch pretende tornar-se também líder em inovação no campo da IA";
- Tecnologia do futuro: Bosch investe 3,7 mil milhões de euros anuais em desenvolvimento de software;
- Training program: nos próximos dois anos, a Bosch vai preparar 20,000 associados para IA;
- Interação: graças à IA e à IoT, a Bosch torna mais fácil a vida quotidiana tanto na mobilidade, como em casa ou na indústria;
- Novidade mundial: visor solar digital usa IA para proteger a visão dos motoristas de maneira inteligente.
Seja na condução autónoma, nas casas inteligentes ou na indústria: a
inteligência artificial (IA) tornou-se parte integrante da vida quotidiana. A Bosch
usa a IA e a Internet das Coisas (IoT) para facilitar a vida das pessoas e torná-la
o mais segura possível. É aqui que nasce o slogan “Beneficial AI - Building trust
together” (IA Benéfica – Construindo juntos a confiança), que
resume a abordagem da empresa de tecnologia e serviços. O foco está numa IA
segura e robusta para o fabrico de produtos inteligentes, que a Bosch irá
apresentar na edição deste ano da CES. Um desses produtos é o Visor Virtual:
uma viseira solar digital para veículos com base em IA que terá a sua estreia na
maior feira mundial de eletrónica de consumo. Este produto foi distinguido com o
CES ® Innovation Award, tal como o ecrã 3D da Bosch para o automóvel.
Outro dos destaques em IA da Bosch para este evento inclui uma aplicação para
manutenção preditiva da Estação Espacial Internacional, um sistema para
monitorizar o interior de veículos, e uma plataforma inteligente para diagnóstico
médico. “As soluções que estamos a apresentar no CES mostram claramente
que a Bosch tem como objetivo tornar-se líder em inovação de IA”, afirma
Michael Bolle, membro do conselho de administração da Bosch. “A partir de
2025, todos os produtos Bosch vão também incluir inteligência artificial, ou terão
sido desenvolvidos ou fabricados com a ajuda da IA”. É esperado que o volume
do mercado global de aplicações de IA deva rondar os 120 bilhões de dólares no
mesmo período, um aumento de doze vezes em comparação com 2018 (fonte:
Tractica). A Bosch quer explorar esse potencial: a empresa já investe 3,7 bilhões
de euros a cada ano em desenvolvimento de software, atualmente emprega
mais de 30.000 engenheiros de software e tem 1.000 associados a trabalhar em
IA.
Além disso, a Bosch criou um programa de treino abrangente. “Planeamos
preparar cerca de 20.000 associados com experiência em IA ao longo dos
próximos dois anos”, explica Michael Bolle. “Devemos investir não só em
inteligência artificial, mas também na inteligência humana”. O programa inclui
formatos de treino de três níveis diferentes para gestores, engenheiros e
desenvolvedores de IA, incluindo ainda diretrizes para o uso responsável da IA.
Tendo em conta esse fim, a Bosch elaborou o seu próprio conjunto de princípios
de IA que abordam questões relacionadas com a ética e segurança. Com isto, e
em conjunto com a sua experiência, a empresa pretende construir uma base de
confiança com os seus clientes e parceiros, tal como reforça Michael Bolle:
“qualquer pessoa que tenha princípios técnicos e éticos interiorizados sabe quão
importante é a segurança e a soberania dos dados, porque de certa forma, a
confiança é a qualidade do produto no mundo digital”.
Experiência que salva vidas
No futuro, a Bosch acredita que uma das áreas core de especialização será a
aplicação industrial da inteligência artificial. "Queremos aproveitar o poder da
inteligência artificial não com o objetivo de criar modelos de comportamento
humano, mas sim para melhorar a tecnologia para benefício das pessoas. Por
esse motivo, a IA industrial têm de ser segura, robusta e explicável", diz Bolle.
Segundo a Bosch, isto significa que as pessoas devem sempre permanecer no
controlo, seja na rua, em casa ou na manufatura.
Como pioneira no desenvolvimento de sistemas de segurança para motoristas
que salvam vidas, como ABS, ESP e unidades de controlo de airbag, a Bosch já
provou no passado que as pessoas beneficiam com máquinas confiáveis. A IA
pode também tornar os sistemas de assistência ao motorista ainda mais
eficientes e inteligentes: por exemplo, quando a câmara de IA da Bosch para
condução autónoma identifica peões parcialmente ocultos, o assistente de
travagem de emergência automática pode reagir de maneira ainda mais
confiável. A Bosch está a criar uma tecnologia de aprendizagem “Invented for
life.”
Bosch investe 100 milhões de euros num Campus de IA
A inovação exige investimento. Para além de investir em desenvolvimento de
software, a Bosch investe em pessoas e em centros de competência em todo o
Mundo. Exemplo disso é o investimento que a empresa fez de 100 milhões deeuros na construção de um novo campus de IA, em Tübingen, na Alemanha. A
mudança para o novo complexo de investigação está planeada para o final de
2022, onde passará a estar disponível um espaço para cerca de 700
especialistas em IA para intercâmbio criativo e produtivo. Estes especialistas são
da Bosch, startups externas e instituições públicas de investigação, e este novo
campus deve fortalecer o intercâmbio entre especialistas no Cyber Valley.
"Construir confiança em conjunto" será uma realidade neste espaço. A Bosch é
membro fundador da Cyber Valley, criado em 2016. Esta joint venture para
investigação conjunta reúne parceiros da indústria, da academia e do governo
para impulsionar a pesquisa em IA e transferir rapidamente as descobertas da
pesquisa para aplicações industriais no mundo real.
Para além disso, o Bosch Center for Artificial Intelligence (BCAI) atua em sete
localizações por todo o mundo, incluindo duas nos Estados Unidos: em
Sunnyvale, na Califórnia e em Pittsburgh, na Pennsylvania. Atualmente, o BCAI
integra um total de 250 especialistas em IA, que estão a trabalhar em mais de
150 projetos em áreas como mobilidade, manufatura, casas inteligentes e
agricultura.
A primeira viseira virtual do mundo com origem nos EUA
Na Bosch existem mentes criativas em IA a desenvolver produtos inovadores
para a mobilidade, casas inteligentes e para a Indústria 4.0. Com origem nos
Estados Unidos e com estreia em Las Vegas, o mundo vai conhecer uma
novidade para o setor automóvel: o Virtual Visor, uma viseira solar digital
transparente. Um visor LCD transparente conectado à câmara de monitoração
interior deteta a posição dos olhos do motorista. Usando algoritmos inteligentes,
o Visor Virtual analisa essas informações e escurece apenas a parte do para-
brisa através da qual o sol encadeia o motorista. O Virtual Visor obteve a nota
mais elevada na sua categoria no CES Best of Innovation Awards. O novo
display 3D da Bosch foi também um dos vencedores na sua categoria.
Recorrendo à tecnologia 3D passiva, o ecrã gera um efeito tridimensional
realista para imagens e alertas. Isto permite que as informações visuais sejam
captadas mais rapidamente do que quando exibidas em ecrãs convencionais,
contribuindo assim para aumentar a segurança nas estradas.
A segurança adicional vem do novo sistema de monitorização interna da Bosch
para veículos. Este sistema deteta com base nos movimentos das pálpebras,
direção do olhar e posição da cabeça quando o motorista está sonolento ou olha
para um smartphone, alertando para situações críticas. Além disso, também
monitoriza o interior do veículo para determinar quantos ocupantes estão
presentes e onde e em que posição estão sentados. Isto permite otimizar em
caso de emergência o funcionamento de sistemas de segurança, como os
airbags.
Em 2019, as vendas da Bosch em sistemas de assistência ao condutor
aumentaram 12% para cerca de 2 mil milhões de euros. Estes sistemas estão a
abrir caminho para a condução autónoma. No futuro, quando os veículos
estiverem em modo de condução parcialmente autónoma para partes da
viagem, como por exemplo na autoestrada, o sistema de monitorização do
condutor tornar-se-á um parceiro indispensável: nestas situações, a câmara irá
garantir que o condutor pode voltar a conduzir com segurança o volante a
qualquer momento. Até 2022, a empresa pretende gastar cerca de 4 mil milhões
de euros em condução autónoma, dando emprego a mais de 5.000 engenheiros.
Para completar o seu portfólio de sensores nesse domínio, a Bosch está
também a trabalhar para tornar os sensores lidar prontos para a produção. Para
além dos radares e câmaras, o lidar é a terceira tecnologia de sensores
essencial. O sensor lidar de longo alcance da Bosch pode também detetar
objetos não metálicos a uma grande distância, como por exemplo pedras na
estrada.
IA da Bosch utilizada no espaço e na medicina
A empresa está altamente empenhada no seu sistema de sensor SoundSee,
que foi enviado para o espaço no final de 2019. Montado no robot autónomo
Astrobee da NASA, o SoundSee vai isolar sons incomuns na Estação Espacial
Internacional, analisará o áudio utilizando analíticas com base em IA e indicará
quando é necessário fazer a manutenção. A partir do início de 2020, os dados
de áudio capturados pelo Soundsee serão entregues numa instalação de
controlo de solo configurada para responder às especificações da NASA e
incorporada no Bosch Research Center em Pittsburgh, PA. O sistema, que é
pouco maior que uma lancheira, foi desenvolvido nos EUA juntamente com a
Astrobotic, como parte de uma colaboração de pesquisa da NASA.
Um produto totalmente ligado à Terra, mas não menos inovador, é o Vivascope,
uma plataforma de patologia inteligente que ajuda no diagnóstico médico. O
Vivascope amplia amostras como sangue e outros fluidos corporais,
digitalizando os resultados microscópicos e analisando-os com a ajuda de
algoritmos de inteligência artificial. É capaz de identificar de forma precisa e
rápida as anomalias celulares e fornecer aos médicos um suporte útil na
avaliação e diagnóstico.
Smartglasses Light Drive tornam os óculos do dia-a-dia mais inteligentes
A Bosch está também a apresentar na CES muitas inovações que não estão
relacionadas com IA. Exemplo disso é o módulo de óculos inteligentes LightDrive, a primeira solução do mundo com base em sensor para tornar inteligente
um par de óculos normal. É mais de um terço mais fino que outras soluções no
mercado e pesa menos de dez gramas. As imagens nítidas projetadas no campo
de visão do utilizador, que são claramente percetíveis mesmo sob luz solar
direta, variam entre informações de navegação e mensagens de texto, a
entradas do calendário e instruções de utilização - dependendo das informações
recebidas a partir de um smartphone ou smartwatch.
No CES, a Bosch está a utilizar o seu modelo de transporte de tecnologia IoT
para apresentar as soluções que a empresa oferece às construtoras e empresas
fornecedoras de serviços de mobilidade para eletrificação, automação,
conetividade e personalização de veículos de partilha de viagem. O portfólio vai
além dos componentes, incluindo serviços de mobilidade perfeitamente
conectados que proporcionam aos utilizadores flexibilidade na maneira como
operam, gerem, cobram e mantêm a sua frota, assim como tornam cada viagem
mais segura. No stand da Bosch, os visitantes podem também ver tecnologias e
sensores para o futuro da a mobilidade conectada e livre de emissões.
Soluções para a casa toda: extenso portfólio para IoT residencial
A Bosch está a expandir o leque de serviços para a internet das coisas (IoT)
residencial. Neste caso, o destaque vai para a plataforma aberta Home
Connect, que está em exposição no CES. A partir de meados de 2020, a
aplicação da plataforma também irá disponibilizar controlo para iluminação e
sombra, entretenimento e equipamentos de jardinagem inteligente de diferentes
fabricantes. O número de empresas parceiras, atualmente são 40, é estimado
que aumente para mais do dobro, tornando a vida em casa cada vez mais
conveniente e eficiente.
Tecnologia inteligente que protege o ambiente
Por trás de todos estes produtos inovadores está a mentalidade empresarial da
Bosch. "Queremos harmonizar a responsabilidade comercial, ambiental e
social", afirma Michael Bolle. A proteção do ambiente é também uma das
grandes preocupações da empresa. De acordo com Bolle, “a Bosch não só
desenvolve soluções ecológicas, como também atua como um modelo. Até o
final de 2020, as nossas 400 localizações em todo o mundo serão neutras em
termos de clima, e desde o desenvolvimento à fabricação e à administração, a
empresa deixará de ter pegada de carbono. Já conseguimos isso nas nossas
instalações na Alemanha".
A inteligência artificial desempenha também aqui um papel importante: por
exemplo, em localizações individuais, uma plataforma de energia interna usa
algoritmos inteligentes para identificar desvios no consumo de energia. Apenas
isto permitiu que algumas unidades reduzissem as suas emissões de CO2 em
mais de 10% nos últimos dois anos. Considerando que a Bosch opera um total
de 270 fábricas, o potencial de economia é enorme. “É assim que resumimos a
nossa mensagem na CES: a Bosch tem grandes planos para a IA em muitos
aspetos”, explica Michael Bolle
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