A Caverna Chauvet em França contém algumas pinturas pré-históricas mais antigas do mundo. São tão delicadas que estão fechadas ao público mas graças ao nosso parceiro, o Syndicat Mixte de la Grotte Chauvet, pode agora entrar no mundo dos nossos antepassados através da
realidade aumentada na Pesquisa Google bem como através de uma experiência em
realidade virtual. Um destes homens ancestrais, que pediu para permanecer anónimo, viajou no tempo 36.000 anos para partilhar como era a caverna naquela altura.
Começámos a nossa viagem para a grande caverna há uns dias.Chegámos hoje e instalamo-nos perto do arco de pedra que atravessa o rio. Acendemos uma fogueira para sinalizarmos à nossa gente junto à caverna de que estamos aqui. Trouxemos pequenas f
erramentas de pedra para afiar as pontas das flechas que usamos para caçar. Talvez as possamos trocar. É noite de lua cheia e uma vez, que já estamos acampados, aventuro-me e caminho até a entrada da caverna para cumprimentar os outros. As crianças ainda estão acordadas a brincar com os
seus brinquedos, mas também a ouvir, ao longe, atentamente os rugidos dos leões. Os
ursos também viviam neste local, mas há muito que foram embora.
Quanto mais me aproximo da entrada mais a escuridão da caverna me atrai a entrar e, por isso, acendo uma tocha e entro. Depois de uma curta caminhada, a chama ilumina o local onde nós - e todos os outros antes de nós - deixámos as nossas marcas.
Aqui, alguém raspou a argila, expôs o calcário e pintou o seu mundo muito antes de nós chegarmos. Os meus favoritos são os
cavalos - acho que um deles está com medo, o outro está a brincar, e o terceiro, o curioso, está a erguer as orelhas inquisitivamente. Perto do familiar
mamute, uma nova imagem capta a minha atenção - talvez algum dos nossos jovens caçadores tenha desenhado este
leão para comemorar o seu sucesso.
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Vista panorâmica da Pont d’Arc, um impressionante arco em pedra sobre o rio com as montanhas da Caverna Chauvet ao fundo. |
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As pinturas de cavalos são umas das principais obras de arte da Caverna Chauvet |
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Este crânio de urso foi colocado em cima de um bloco de pedra na
caverna. Foi colocado assim deliberadamente para ser visto desta forma e
não foi mexido em 36000 anos. |
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Chauvet - O alvorecer da arte é uma experiência de realidade virtual de
ponta que guia os visitantes ao longo da Caverna Cave. Narrada por
Cécile de France (Versão Francesa) ou Daisy Ridley (Versão Inglesa)
permite a qualquer utilizador explorar 12 espaços na cave com o
complemento do comentários de especialistas da Cave Chauvet. |
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Quando um utilizador pesquisa por Cave Chauvet na pesquisa Google a funcionalidade de realidade aumetada
irá permitir-lhe ver e interagir com um fresco da cavelo num modelo
3D. Utilize o seu smartphone para o colocar diretamente no seu espaço
físico e ter a sensação de escala e detalhe. |
O
fresco é tão grande que é impossível absorver tudo. Volto atrás para tentar
entender o seu significado. Existem leões das cavernas, renas e veados e todos parecem mover-se num jogo de luz e sombra. Apenas algumas linhas, desenhadas por mãos experientes, e, de alguma forma, temos uma
obra-prima.
Depois, existem as
impressões das mãos deixadas por aqueles que vieram antes de nós. Fico em bicos dos pés e estico-me de forma a fazer corresponder a minha própria mão com as impressões na rocha fria e, de repente, sinto uma enorme vontade de também deixar a minha marca. Nunca fui escolhido para pintor mas estou sozinho e com arrojo e, por isso, mergulho a minha mão na tinta vermelha deixada, fico novamente sobre a ponta dos pés e acrescento a minha impressão junto às outras na parede.
Enquanto seca, recuo e observo os animais e as marcas das mãos a desaparecerem na escuridão. Quem sabe há quanto tempo estas marcas estão aqui e quanto tempo ainda vão permanecer?
Imagens e vídeos disponíveis
aqui.
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