UA realiza testes de rastreio à covid-19
A Universidade de Aveiro (UA) vai realizar testes de rastreio à covid-19 em amostras
biológicas recolhidas nos hospitais da região de Aveiro. Com capacidade para realizar
até 200 rastreios por dia ao material biológico recolhido nos estabelecimentos de
saúde e enviado para a Academia, a UA quer ajudar a região e o país na luta contra a
pandemia.
Os primeiros rastreios vão começar dia 30 de março no Instituto de Biomedicina
(iBiMED), uma das unidades de investigação da UA. “Estão reunidas na UA as
condições ideais para ajudar a região na monitorização da covid-19”, garante Artur
Silva, Vice-reitor da UA para a área da Investigação. Condições essas, sublinha o
responsável, que garantem a segurança não só dos profissionais que estarão
envolvidos no rastreio como também da comunidade académica em geral.
Nos últimos 6 anos, a UA criou um conjunto de novos laboratórios de Medicina
Molecular, incluindo laboratórios para o estudo de vírus respiratórios, tendo
recentemente obtido um importante projeto da União Europeia no valor de 900 mil
euros, na área da virologia, em parceria com as Universidade de Leiden e de
Munique.
Os novos laboratórios do Departamento de Ciências Médicas (DCM), criados no
âmbito do plano de desenvolvimento do iBiMED, assegura Artur Silva, Vice-reitor da
UA para a área da Investigação, “reúnem as condições recomendadas pela
Organização Mundial de Saúde para a realização de testes de rastreio do SARS-CoV-
2”.
Os testes serão realizados em quatro laboratórios com nível de biossegurança elevado
(BSL2), com pressão negativa, ar filtrado com filtros HEPA, câmaras de fluxo
laminar de nível de segurança BSL2 e sistemas de esterilização por UV. “Estes
laboratórios têm ainda um sistema de esterilização térmica de material biológico que
garante a destruição dos consumíveis, reagentes e amostras biológicas usadas no
laboratório”, refere o responsável.
Os investigadores do iBiMED que utilizam estes laboratórios, lembra Artur Silva, são
sujeitos a um exame de biossegurança e a treino específico, havendo, por esta razão,
“recursos humanos treinados para a realização de investigação em ambientes de
elevada biossegurança”.
Uma vez que o vírus SARS-CoV-2 pode ser inativado quimicamente no momento da
recolha das amostras biológicas nos hospitais da região, que os equipamentos de
processamento automático de amostras clínicas existentes nos laboratórios reduzem
ao máximo a exposição dos investigadores ao SARS-CoV-2, que foi possível criar um
circuito fechado para a circulação dos investigadores e de amostras clínicas e que
existem kits de proteção dos investigadores, a biossegurança está garantida pela UA.
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