- Harald Kroeger: “Os computadores de veículos são a chave para reduzir significativamente a complexidade dos sistemas eletrónicos.”
- A Bosch está a desenvolver computadores de veículos para todas as aplicações automóveis.
- Desde 2019 que estão na estrada veículos com computadores centrais da Bosch.
- A nova divisão de Cross-Domain Computing Solutions vai iniciar operações já em janeiro com 17 mil colaboradores, sendo mais de 300 em Braga.
Nos carros modernos, a inteligência assume uma enorme importância, e os computadores de veículos da Bosch estão lá para fornecer essa inteligência. Esses computadores, os novos equipamentos multifuncionais da eletrónica automóvel, estão a incorporar cada vez mais funções das unidades de controlo individuais em módulos eletrónicos centrais altamente potentes. Há já mais de um ano, que os computadores para veículos da Bosch controlam funções como os sistemas de assistência ao condutor e o movimento em veículos de produção. Em breve, estes computadores serão acompanhados por computadores centrais para funções de cockpit e eletrónica de carroçaria.
No que diz respeito a computadores para veículos, nenhuma outra empresa consegue igualar o amplo portfólio da Bosch, uma vez que enquanto fornecedor de tecnologia e serviços a empresa tem capacidade para disponibilizar computadores prontos para produção para responder a qualquer particularidade dos veículos modernos. Também em termos de negócios, esta solução está a ser proveitosa. A Bosch já recebeu encomendas para os seus computadores de veículos de cerca de 2,5 mil milhões de euros desde o verão passado. “Os computadores para veículos têm um enorme potencial de negócio para a Bosch. Mesmo agora, os nossos computadores de alto desempenho significam que os fabricantes de automóveis nos veem como um dos seus principais parceiros de engenharia e tecnologia”, afirma Harald Kroeger, membro do conselho de administração da Robert Bosch GmbH.
Os computadores de veículos são fundamentais para os esforços que a Bosch está a desenvolver com o objetivo de aumentar o papel de liderança no que diz respeito a sistemas eletrónicos com uso intensivo de software. O mercado para estes sistemas vale cerca de 20 mil milhões de euros e deve crescer 15% ao ano até 2030. Para responder a essa procura, a nova divisão de Cross-Domain Computing Solutions e os seus 17.000 colaboradores, sendo mais de 300 engenheiros que já pertencem à equipa da Bosch em Braga, vão iniciar operações em janeiro de 2021. Nesta unidade, a Bosch vai reunir a sua vertente de engenharia de hardware e de software para computadores de veículos, sensores e unidades de controlo, para todos os domínios dos veículos.
Eletrónica automóvel prepara-se para o futuro
No futuro, as unidades de controlo de alto desempenho vão passar a ser um must-have para todos os veículos. É para esses nós centrais que converge todo o “sistema nervoso” do carro. Graças ao seu prodigioso poder de computação de vários biliões de operações por segundo, os computadores centrais são até capazes de processar o big data necessário para a condução autónoma, serviços baseados em dados e atualizações permanentes de software. De acordo com a McKinsey, a presença do software no valor de um veículo aumentará de apenas 10% de hoje para 30% no futuro. Os computadores dos veículos que podem lidar com tais funções de software e volumes de dados serão, por isso, em breve, um recurso padrão em todos os veículos, sejam compactos, premium ou até camiões de 40 toneladas.
A Bosch está a desenvolver computadores para funções de cockpit e conectividade, para sistemas de assistência ao condutor e condução autónoma, e também para o motor de força e eletrónica da carroçaria. Isto significa que será possível concentrar o controlo de todas as funções centrais do veículo em apenas alguns computadores centrais de elevado desempenho. “Os computadores dos veículos são a chave para reduzir significativamente a complexidade dos sistemas eletrónicos e para os tornar o mais seguros possível”, explica Kroeger.
Na vanguarda da eletrónica automóvel
Nos próximos anos, os computadores estarão encarregues de tarefas oriundas de diferentes partes do veículo - ou domínios, como designam os especialistas. Quando isso acontecer, apenas um computador central será responsável por controlar não apenas o movimento do veículo, mas também, por exemplo, a eletrónica da carroçaria. Esses computadores centrais serão então ainda mais poderosos: nos últimos 20 anos, o poder de computação de uma unidade de controlo originalmente destinada à navegação cresceu por um fator de 3.000. Este número representa quase três vezes o aumento previsto pela lei de Moore, que afirma que o poder de computação dobra a cada dois anos. O resultado é que um computador de cockpit moderno pode controlar não apenas ecrãs, infotainment e comandos de voz, mas também as tarefas de outros domínios, como certas funções de assistência. “Os computadores para veículos da Bosch vão possibilitar o domínio até de funções de condução altamente complexas em domínios de veículos individuais”, explica Dr. Mathias Pillin, que a partir de janeiro de 2021 assumirá o cargo de presidente da nova divisão Cross-Domain Computing Solutions. Aqui, sob o mesmo teto, a Bosch vai juntar os seus recursos em engenharia de software, engenharia elétrica e eletrónica dos domínios de assistência ao condução e condução autónoma, multimédia automóvel, powertrain e eletrónica da carroçaria.
O design modular oferece potencial de negócio
A Bosch disponibiliza os seus computadores de veículos como um kit expansível que contém o sistema eletrónico adequado, incluindo hardware e software, para todos os requisitos e condições. O objetivo final é uma arquitetura de software e sistemas para todo o veículo em que todos os computadores centrais, sensores e unidades de controlo sejam perfeitamente compatíveis entre si. Para os fabricantes de automóveis, o benefício desse design modular está no facto de lhes proporcionar flexibilidade extra ao desenvolver computadores de veículos para diferentes modelos automóveis. Se, por exemplo, uma arquitetura fundamental foi definida para hardware e software, o computador pode ser projetado nesse sentido, de acordo com os desejos do cliente. No caso de um veículo premium, podem ser fornecidas funções complementares adicionando módulos de software extra ou chips especiais às placas de circuito impresso. Quando se trata de um veículo compacto, a estrutura do computador do veículo pode ser modificada de modo a que forneça o controlo central sobre as funções básicas relevantes para a segurança. “O nosso design modular para computadores de veículos e amplo portfólio de que dispomos significam que a Bosch pode responder a todas as necessidades das construtoras”, afirma Pillin. Este princípio de design significa também um enorme potencial de negócio para esses computadores de alta performance, uma vez que permitirá à Bosch entrar num mercado de enorme dimensão.
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