Para a empresa, as tendências que vão predominar este ano são a conectividade ampliada, sensores ubíquos, segurança biométrica, ‘everything-as-a-service’, resiliência de aplicações e experiências de cliente personalizadas
Em 2020, 95% das organizações consultadas pela Cisco alteraram as suas prioridades tecnológicas em consequência da crise. Redes, Cloud, cibersegurança, colaboração e outras tecnologias digitais foram fundamentais para garantir a continuidade do negócio e serviços essenciais como a educação e a saúde. Em 2021, as tendências tecnológicas serão estas:
- 5G e Wi-Fi 6: superar o fosso digital. Cerca de 3.700 milhões de pessoas (metade da população mundial) não tem acesso à Internet. O 5G e a Wi-Fi 6 melhoram a velocidade e a latência, chegando a zonas com escassa cobertura de fibra, como as comunidades rurais. A telemedicina, a manufatura e o ensino também beneficiarão da próxima geração de tecnologia sem fios, que irá impulsionar o crescimento, a inovação e as oportunidades para milhões de pessoas. Segundo a PwC, levar internet a quem atualmente está desconectado acrescentaria 6.7 mil milhões de dólares à economia global e tiraria 500 milhões de pessoas da pobreza.
- O auge dos sensores. A Inteligência Artificial (IA), as tecnologias de rede avançadas e o wireless de próxima geração vão impulsionar a nova onda da Internet das Coisas (IoT). Combinando conectividade e análises com sensores mais inteligentes e económicos, será possível interagir com os objetos em múltiplos sentidos: monitorização do estado e cuidados de saúde, rendimento desportivo e sensores de fadiga em profissões de risco. No escritório, contribuirão para conseguir um ambiente mais saudável. A Wi-Fi, as tecnologias de localização e plataformas de colaboração como o Webex permitirão identificar os espaços subutilizados ou sobrelotados, regulando também a temperatura ambiente, a humidade, qualidade do ar e a luz.
- Segurança sem passwords e “zero trust”. A mobilidade, o teletrabalho e a crescente utilização de soluções Cloud ampliaram a superfície dos ciberataques. O roubo ou a perda de credenciais continuam a provocar falhas de segurança, fomentando a adoção de tecnologias Zero Trust. Quatro em cada 10 organizaões já utilizam este modelo de “confiança zero”, e 38% dos restantes pretendem fazê-lo proximamente. As organizações também caminham na direção de um futuro sem passwords e habilitado por sensores biométricos. 80% dos dispositivos móveis utilizados para trabalhar já incluem configurações de biometria, um aumento de 12% ao longo dos último cinco anos.
- Pagamento por utilização nas TIC. O software-as-a-service permite às organizações pagar unicamente pela tecnologia de que necessitam, com a opção de a escalar quando necessário. Os modelos de consumo continuarão a alterar-se, especialmente à medida que disponhamos de mais funcionalidades e capacidades através de software, tanto Cloud como on-premise. Esta mudança para o pagamento segundo a utilização oferece às empresas mais flexibilidade e previsibilidade de custos na gestão do seu investimento nas TIC.
- Agilidade e resiliência das aplicações. Com uma força de trabalho mais móvel do que nunca, as aplicações estão altamente distribuídas, aumentando as exigências sobre os sistemas. Nos próximos anos, as equipas de TI vão necessitar de uma agilidade ainda maior. Utilizando soluções de visibilidade e análise, os departamentos de TI passarão da supervisão de tudo à monitorização dos dados mais relevantes. A visibilidade e a automação serão essenciais para o crescimento, a competitividade e a capacidade de resiliência. 90% dos CIOs considera que a capacidade de recuperação e a agilidade dos negócios estarão inexoravelmente unidas.
- Da experiência de cliente à personalização. As aplicações móveis facilitam qualquer experiência de consumo, desde compras e banca até à formação. As aplicações mais avançadas vão permitir relações ainda mais personalizadas, bem como respostas imediatas a pedidos ou incidentes. Esta evolução exige a conversão, em tempo real, de uma grande quantidade de informação da rede em conhecimentos práticos. A combinação de experiência e personalização irá transformar a satisfação do cliente em fidelidade e compromisso.
“Em 2021, empresas e administrações vão exigir novas plataformas digitais que lhes permitirão estar conectados e seguros e automatizar os seus ambientes com maior rapidez e menor complexidade,” destaca Miguel Almeida, Diretor Geral da Cisco Portugal. “Temos uma grande oportunidade para acelerar a inovação e criar organizações mais flexíveis e resilientes. A digitalização também vai contribuir para que consigamos um futuro mais inclusivo para todos, incluindo as comunidades mais desfavorecidas.”
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