“Não podemos permitir que o digital se torne uma nova forma de discriminação”
Na web conference organizada pela Huawei, intitulada “As Mulheres na Era Digital: Libertar o Potencial do Talento Feminino para uma Europa Mais Forte”, foi deixado um alerta: há que eliminar os obstáculos à participação das mulheres na economia digital.
A Huawei celebrou o Dia Internacional da Mulher com a realização de um debate intitulado “Mulheres na Era Digital: Libertar o Potencial do Talento Feminino para uma Europa Mais Forte”, dividindo-se por dois painéis de discussão que se focaram na igualdade de género, na diversidade e na inclusão no setor das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) e na sociedade como um todo – “Participação das Mulheres na Recuperação da Europa” e “Mulheres na Cibersegurança”.
A web conference contou com a presença de representantes de organismos europeus e de associações da indústria e também de vários eurodeputados, entre eles a keynote speaker convidada, Maria da Graça Carvalho. A ex-Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, actual eurodeputada e coordenadora do relatório do Parlamento Europeu, “Colmatar o fosso digital entre homens e mulheres: participação das mulheres na economia digital”, fez questão de salientar que, para atingirmos uma verdadeira igualdade do género, “temos de nos certificar de que eliminamos os obstáculos à participação das mulheres na economia digital. Não podemos permitir que o digital se torne uma nova forma de discriminação”. “Precisamos de agir”, rematou a eurodeputada portuguesa, ainda acrescentando que “a importância dos modelos de comportamento é crucial para que as mulheres se identifiquem com outras mulheres bem-sucedidas neste sector”.
O debate no feminino:
Maria da Graça Carvalho, eurodeputada: “Temos de nos certificar de que eliminamos os obstáculos à participação das mulheres na economia digital. Não podemos permitir que o digital se torne uma nova forma de discriminação, por isso precisamos agir. Na Europa, apenas 18% dos profissionais que trabalham nas TIC são mulheres. 17% dos alunos em disciplinas relacionadas com as TIC são do sexo feminino. Menos de 3% das crianças entre os seis e os 10 anos querem trabalhar nas TIC quando crescerem. A importância dos modelos de comportamento é crucial para que as mulheres se identifiquem com outras mulheres bem-sucedidas neste sector.”
Agnieszka Stasiakowska, Senior Business Acceleration Manager da EASME, Agência Executiva da Comissão Europeia para as PMEs: “Precisamos de mais mulheres nos conselhos de administração das empresas, precisamos de mais mulheres na ciência, na academia. Precisamos de investir na capacitação e na liderança feminina, e em mostrar esses role models às mulheres, partilhando histórias pessoais”.
Branwen Miles, Policy Advisor da COPA/COGECA (Associação Europeia de Agricultores e Cooperativas Agrícolas): “As ferramentas digitais têm a capacidade de revolucionar o sector agrícola para ajudar os agricultores a tornarem-se mais sustentáveis e eficientes, o que também pode assumir-se como uma via de empoderamento económico para as mulheres. Porque ainda há esse potencial inexplorado que as mulheres agricultoras têm e que precisamos de apoiar, defender e dar-lhes a oportunidade de o atingir.”
Nina Hasratyan, Policy Manager da European Cyber Security Organisation (ECSO) e Operational Coordinator da Women4Cyber Foundation: “Esperamos que os modelos do papel das mulheres na cibersegurança inspirem as gerações mais jovens e lhes mostrem o conjunto de possibilidades que têm pela frente. Apenas 11% da força de trabalho a nível mundial na área da cibersegurança é composta por mulheres, enquanto na Europa é apenas 7%, resultados, aliás, muito decepcionantes. Por isso mesmo precisamos de intensificar a nossa presença neste campo. Essa é exactamente a razão pela qual criámos a Women4Cyber, de forma a levarmos a cabo actividades e acções concretas e assim mostrarmos resultados mais efectivos.”
Iva Tasheva, Co-Founder and Cybersecurity Management Lead da CyEn: “Se queremos que a sociedade seja inclusiva, também devemos ter diversidade na concepção de soluções tecnológicas, levando em consideração os interesses, as falhas e as verdadeiras questões existentes entre os diferentes grupos. Funcionaria para mim enquanto mulher, funcionaria eventualmente para todos, seja a linguagem, os interesses ou o histórico que nos diferencia. ”
O debate no masculino (e como os homens podem apoiar a luta pela igualdade na era digital)
Ibán García del Blanco, eurodeputado: “É uma questão de atitude. Acho que os homens também têm de se tornar feministas, porque o feminismo não é apenas uma questão de sensibilidade ou justiça, mas também uma questão de eficiência do ponto de vista económico ”.
A web conference contou com a presença de representantes de organismos europeus e de associações da indústria e também de vários eurodeputados, entre eles a keynote speaker convidada, Maria da Graça Carvalho. A ex-Ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, actual eurodeputada e coordenadora do relatório do Parlamento Europeu, “Colmatar o fosso digital entre homens e mulheres: participação das mulheres na economia digital”, fez questão de salientar que, para atingirmos uma verdadeira igualdade do género, “temos de nos certificar de que eliminamos os obstáculos à participação das mulheres na economia digital. Não podemos permitir que o digital se torne uma nova forma de discriminação”. “Precisamos de agir”, rematou a eurodeputada portuguesa, ainda acrescentando que “a importância dos modelos de comportamento é crucial para que as mulheres se identifiquem com outras mulheres bem-sucedidas neste sector”.
O debate no feminino:
Maria da Graça Carvalho, eurodeputada: “Temos de nos certificar de que eliminamos os obstáculos à participação das mulheres na economia digital. Não podemos permitir que o digital se torne uma nova forma de discriminação, por isso precisamos agir. Na Europa, apenas 18% dos profissionais que trabalham nas TIC são mulheres. 17% dos alunos em disciplinas relacionadas com as TIC são do sexo feminino. Menos de 3% das crianças entre os seis e os 10 anos querem trabalhar nas TIC quando crescerem. A importância dos modelos de comportamento é crucial para que as mulheres se identifiquem com outras mulheres bem-sucedidas neste sector.”
Agnieszka Stasiakowska, Senior Business Acceleration Manager da EASME, Agência Executiva da Comissão Europeia para as PMEs: “Precisamos de mais mulheres nos conselhos de administração das empresas, precisamos de mais mulheres na ciência, na academia. Precisamos de investir na capacitação e na liderança feminina, e em mostrar esses role models às mulheres, partilhando histórias pessoais”.
Branwen Miles, Policy Advisor da COPA/COGECA (Associação Europeia de Agricultores e Cooperativas Agrícolas): “As ferramentas digitais têm a capacidade de revolucionar o sector agrícola para ajudar os agricultores a tornarem-se mais sustentáveis e eficientes, o que também pode assumir-se como uma via de empoderamento económico para as mulheres. Porque ainda há esse potencial inexplorado que as mulheres agricultoras têm e que precisamos de apoiar, defender e dar-lhes a oportunidade de o atingir.”
Nina Hasratyan, Policy Manager da European Cyber Security Organisation (ECSO) e Operational Coordinator da Women4Cyber Foundation: “Esperamos que os modelos do papel das mulheres na cibersegurança inspirem as gerações mais jovens e lhes mostrem o conjunto de possibilidades que têm pela frente. Apenas 11% da força de trabalho a nível mundial na área da cibersegurança é composta por mulheres, enquanto na Europa é apenas 7%, resultados, aliás, muito decepcionantes. Por isso mesmo precisamos de intensificar a nossa presença neste campo. Essa é exactamente a razão pela qual criámos a Women4Cyber, de forma a levarmos a cabo actividades e acções concretas e assim mostrarmos resultados mais efectivos.”
Iva Tasheva, Co-Founder and Cybersecurity Management Lead da CyEn: “Se queremos que a sociedade seja inclusiva, também devemos ter diversidade na concepção de soluções tecnológicas, levando em consideração os interesses, as falhas e as verdadeiras questões existentes entre os diferentes grupos. Funcionaria para mim enquanto mulher, funcionaria eventualmente para todos, seja a linguagem, os interesses ou o histórico que nos diferencia. ”
O debate no masculino (e como os homens podem apoiar a luta pela igualdade na era digital)
Ibán García del Blanco, eurodeputado: “É uma questão de atitude. Acho que os homens também têm de se tornar feministas, porque o feminismo não é apenas uma questão de sensibilidade ou justiça, mas também uma questão de eficiência do ponto de vista económico ”.
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