Inovação passou por trazer robôs de serviço para Portugal
A mais antiga empresa tecnológica portuguesa de gestão familiar, Beltrão Coelho, celebra 73 anos de existência. É conhecida por ter representado grandes marcas, tais como Pentax, Polaroid e Casio, e foi a grande pioneira na gestão de parques de impressão. Reinventou-se ao longo de três gerações, tendo investido nos últimos três anos em robótica.
A Beltrão Coelho iniciou a sua atividade em 1948, no Largo do Carmo, com a representação de material fotográfico suíço, nomeadamente o papel Telko e filtros Omag.
Rapidamente expandiu o seu negócio, tornando-se, em 1954, na primeira empresa de material fotográfico a importar material japonês, conseguindo três das representações de maior renome: as máquinas Polaroid (1956), Asahi Pentax (1958) e o ViewMaster (1961).
Em 1970 já representava as fotocopiadoras Nashua, uma marca japonesa de grande prestígio no meio tecnológico. Nos anos seguintes, continuou a fornecer tecnologia diversificada para o mercado português, como microfilme, calculadoras (Casio), computadores, projetores de slide/vídeo e quadros interativos.
Em 2011, a Beltrão Coelho iniciou a grande parceria com a Xerox – líder em serviços e tecnologia de gestão documental – na comercialização de sistemas de escritório. Pouco depois, em 2015, a Beltrão Coelho foi nomeada parceira Platinum da Xerox.
Em 2018, sedenta de inovação, decidiu criar a divisão de robótica, seguindo a tendência de crescimento mundial do segmento dos robôs de serviço. Primeiro, apresentou o Sanbot, da fabricante chinesa Qihan, com vista a ajudar as empresas a alavancar os seus negócios, sobretudo no setor turístico. Um sucesso, principalmente na interação em eventos.
Mais tarde, em 2019, a Beltrão Coelho apresentou o Cruzr, um robô de serviço humanoide da UBTech que interage com os utilizadores através de linguagem corporal, que identifica as emoções, respondendo em conformidade.
Em 2020, em plena pandemia da Covid-19, a empresa quis contribuir para a retoma da economia e lançou uma câmara termográfica, um dispositivo que permite a leitura da temperatura de quem entra num estabelecimento, bem como verifica o uso de máscara, ajudando da retoma das atividades, sobretudo no setor do turismo.
“Desde 1948 que temos mostrado provas de resiliência, adaptação e empreendedorismo. Estando a Beltrão Coelho na sua terceira geração, é um orgulho celebrar o 73º aniversário com um sentimento de realização e vontade em continuar este caminho, mantendo sempre os valores que orientam a nossa postura no mercado”, afirma Ana Cantinho, diretora-geral da empresa.
Atualmente, a Beltrão Coelho conta com mais de 1000 clientes com contrato ativo, cerca de 7.200 equipamentos geridos em contratos de impressão e praticamente 9.000.000€ de faturação.
Responsabilidade social e ambiental
A Beltrão Coelho sempre teve uma “veia” de responsabilidade social forte e, em 2015, decidiu ceder a entrada das suas instalações em Lisboa para criar uma galeria de arte onde expõe gratuitamente trabalhos de todo o tipo de artes e artistas, quer estejam em início de carreira, quer sejam já consagrados, um projeto que ganhou visibilidade por se tornar parte do guia cultural de Lisboa. Esta iniciativa foi reconhecida em 2018 pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) na categoria Comunidade, tendo já organizado 41 exposições, individuais e coletivas, envolvendo 220 artistas.
Ainda em 2018, a empresa renovou a frota automóvel para carros 100% elétricos. Investiu cerca de 300 mil euros, num total de 17 novas viaturas, bem como na colocação de cinco postos de carregamento de energia junto à sede, em Lisboa, para assegurar o carregamento de toda a frota. Além disso, tem feito vários outros investimentos nas suas instalações e na própria logística, de forma a tornar-se ecologicamente mais responsável.
Reconhecimentos e Distinções
PME Líder consecutiva desde 2015, a Beltrão Coelho investiu na certificação dos sistemas de gestão da qualidade, ambiente e segurança da informação, de acordo com as normas ISO 9001, ISO 14001 e ISO/IEC 27001.
Em 2020, a empresa foi reconhecida pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) com uma menção honrosa na categoria “Trabalho Digno e Conciliação” e a sua Diretora-Geral, Ana Cantinho, recebeu o prémio Best Team Leaders 2020 na categoria “Gestão Covid-19 – Comunicação Transparente”.
Em 2021, a Beltrão Coelho foi ainda distinguida pelos prémios ‘Compromisso de Pagamento Pontual’ e ‘Índice de Excelência’.
Gestão de equipas durante a pandemia
A Beltrão Coelho acredita que o sucesso de uma empresa depende dos seus colaboradores e por isso, desde o início, a satisfação das pessoas foi a grande prioridade. Em tempos de pandemia, investiu na comunicação interna, procurando manter a motivação de todos.
Ana Cantinho explica os desafios após um ano de pandemia: “A questão do teletrabalho foi incontornável! No entanto, com 70% dos nossos colaboradores em casa, para minimizar as repercussões negativas a médio prazo e manter a motivação em alta, tiveram de ser pensadas e adotadas medidas complementares: enviámos a cada colaborador um kit personalizado que incluía diversos EPI e alguns miminhos, inclusive uns docinhos cozinhados por mim; criámos uma newsletter interna com a partilha de experiências, depoimentos e recomendações; fazemos uma pausa semanal para café, via Teams, para podermos manter o contacto; estimulámos a interação de todos através da nossa rede social interna (Yammer), entre outras. O regresso ao escritório é faseado, mas o nosso espírito de equipa ultrapassa tudo e isso reflete-se nos resultados”.
A história da Beltrão Coelho está repleta de episódios de resiliência e melhoria contínua, o que faz desta empresa portuguesa um caso de sucesso e de orgulho dos seus 75 colaboradores.
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