Depois de um ano em que muito do nosso tempo foi passado em casa, os cientistas descobriram que os níveis de poluição luminosa na Europa diminuíram. Com a chuva de meteoros Eta Aquáridas ao virar da esquina, os amantes do espaço, observadores de estrelas e fotógrafos dedicados à missão de captar a beleza celestial do céu noturno podem tirar partido deste fenómeno em todo o seu esplendor. Com o seu auge no dia 6 de maio, a chuva de meteoros Eta Aquáridas acontece à medida que a Terra se move através de vestígios de cometas e asteroides antigos, como o cometa Halley.
Fergus Kennedy, fotógrafo e criador de conteúdo da Canon, partilha as suas cinco principais dicas para captar este momento.
1. O timing é tudo
Escolher a noite certa para fotografar a chuva de meteoros é muito importante, e este ano é possível que tenha uma visão mais clara do que em 2020, uma vez que os cientistas europeus anunciaram que a poluição luminosa diminuiu devido à pandemia. A chuva de meteoros deve atingir o seu auge entre a meia noite e a madrugada de dia 6, e vai estar baixa no céu oriental, oferecendo um cenário mágico para captar as estrelas. “Também deve assegurar-se de que há o mínimo número de nuvens possível, para obter as melhores fotografias – mas não tema se houver, uma vez que as nuvens podem acrescentar uma sensação dramática às imagens,” comenta Fergus.
2. Aperfeiçoe as fotografias com a ajuda de aplicações
Há várias aplicações móveis com ótimas previsões meteorológicas, para o ajudar a escolher com confiança o momento certo para fotografar a chuva de meteoros. Fergus aconselha: “A aplicação PhotoPills é fantástica e foi criada especialmente para fotógrafos que pretendem captar a estética da natureza. Quando planeio as minhas fotografias, utilizo esta app para localizar os pontos onde a lua e a Via Láctea vão estar posicionadas num determinado momento.”
3. Ajuste as definições da câmara
“Para captar imagens verdadeiramente impressionantes, é preciso ajustar as definições da câmara, começando por uma grande abertura e um ISO elevado – ISO 3200 f/2.8. Recomendaria utilizar uma objetiva como a RF 15-35mm F2.8 ou a EF 16-35mm f/2.8L III USM para fotografias mais amplas da chuva de meteoros (também são ótimas para fotografar a Via Láctea), e optar pela RF 50mm F1.2 ou mesmo a RF 85mm F1.2 para planos mais fechados,” recomenda Fergus. “Utilize um tripé e assegure-se de que obtém o máximo de luz possível na imagem, aumentando a velocidade de disparo para 30 segundos.” Há outras formas de aumentar a luz na imagem, como utilizar um dispositivo de mapeamento de estrelas, mas este é um ótimo ponto de partida e é a melhor configuração para céus escuros.
4. Desafie-se a criar um time-lapse
Fergus sugere que, assim que a sua câmara estiver firmemente apoiada num tripé, experimente tirar uma fotografia ao céu a cada minuto para criar um time-lapse. “Isto pode ser feito de forma automática com algumas câmaras, utilizando um temporizador de intervalos interno ou externo; mas também o pode fazer manualmente com qualquer câmara,” explica o fotógrafo. “Precisará de ter cerca de 25 fotografias para criar um segundo de vídeo, por isso assim que tiver aproximadamente 200-250 imagens, e assim que elas tenham sido combinadas, conseguirá uma sequência de 7-10 segundos que ilustra o movimento das estrelas relativamente aos elementos da paisagem. Se tiver oportunidade, fotografe com uma objetiva ultra grande angular como a Canon EF 14mm f/2.8L II USM para captar perfeitamente os movimentos do céu noturno.”
5. Capte a beleza ao seu redor
Os fundamentos básicos de uma boa composição também se aplicam na fotografia noturna. No dia anterior à sessão fotográfica, pode fazer muitos preparativos antes que escureça; pode compor a sua imagem e pensar, por exemplo, se quer incorporar uma formação rochosa ou um edifício para enquadrar o seu registo da chuva de meteoros. Adicionar uma pessoa também dar um pouco de contexto à imagem.
“Ao fotografar no céu noturno, é frequente que apareçam luzes da estrada ou de carros no fundo das imagens, o que pode ser frustrante se tiver preparado o momento durante muito tempo,” comenta Fergus Kennedy. “O segredo é assegurar-se de que está num local isolado e estar atento a quaisquer estradas que possam atrapalhar as imagens. Isto é importante com time-lapses, porque a partir do momento em que já foram sequenciados, não queremos ter flashes de luz que distraiam. Por fim – mantenha-se quente enquanto aproveita as estrelas! Estar sentado ao ar livre durante três ou quatro horas pode ser difícil numa noite fria.”
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