Para prosperar numa economia digital, os bancos terão de transformar as suas estruturas, reestruturar a sua arquitetura e promover uma mentalidade de inovação. Esta é uma das conclusões do relatório “Digital Banking in a New World”, lançado pela Xpand IT, tecnológica portuguesa especializada em Big Data, Business Intelligence & Analytics, Data Science, Middleware, CRM, Digital Xperience e Soluções de Colaboração.
O relatório produzido pela unidade de Digital Xperience da Xpand IT conclui que a banca digital é o novo normal. Desta forma, os bancos podem agora adaptar os seus modelos de negócio, tornando-se mais ágeis e resilientes. A tecnologia é essencial neste processo e torna-se numa componente chave para melhorar a experiência do cliente. Os bancos precisarão, por isso, de apostar em várias tecnologias, como a cloud, Inteligência Artificial (IA), automação robótica de processos (RPA), machine learning, blockchain, e outras para criar uma experiência omnicanal com sucesso. No caso da automação, é possível, entre outras mais-valias, aumentar a eficiência das equipas ao automatizar muitas tarefas repetitivas.
A indústria da banca está a passar por muitas mudanças relevantes, também devido à pandemia, que acelerou a transição para o digital. Esta mudança demonstrou a capacidade de agilidade da indústria num período de tempo muito curto, contrariando a perceção de que tal não seria possível. Além disso, as pessoas estão a priorizar os canais digitais em detrimento de outros por não terem outra opção, mas acredita-se que este comportamento irá manter-se, mesmo após a pandemia.
Segundo o relatório, o futuro da banca apresenta vários desafios. Um deles é a cibersegurança, sendo fundamental que os bancos continuem a trabalhar na comunicação de boas práticas de uso de canais digitais da banca. É importante considerar também a digitalização, com a transição para a cloud a assumir um papel crucial neste processo.
Quanto a tendências para o futuro, a diferenciação é um elemento-chave. Os bancos devem procurar oferecer experiências hiperpersonalizadas, de forma a estabelecer uma conexão adequada com os consumidores – e aqui é essencial recorrer aos dados que os bancos recolhem junto dos seus clientes. A indústria da banca não pode estar alheia à sustentabilidade, devendo considerar o lançamento de novos serviços e produtos com foco na pegada de carbono zero.
O relatório aponta, ainda, que a colaboração é fundamental para o futuro da banca, o que poderá passar por parcerias onde os ecossistemas financeiros são a norma. Além disso, uma das lições importantes a retirar com a pandemia é de que a mudança para o digital não aconteceu apenas para as gerações mais jovens, pelo que os bancos não devem focar as suas estratégias de engagement em gerações específicas.
Sérgio Viana, Partner & Digital Xperience Lead da Xpand IT, afirma: “A pandemia acelerou a transição digital e o setor da banca foi um dos mais impactados. E embora a maioria dos bancos tenha conseguido fazer esta transição, nem todos terão sucesso na economia digital. Este relatório procura indicar os principais desafios e tendências do setor, de forma a também delinear caminhos para que os bancos consigam atingir esse sucesso neste novo contexto em que a tecnologia assume uma importância primordial”.
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