A campanha está ativa pelo menos desde 2017 e o grupo responsável usa uma backdoor para recolher dados
Os investigadores da ESET, empresa líder em cibersegurança, descobriram uma nova campanha de cibercrime por parte de um grupo APT ("Advanced Persistent Threat") a que chamaram BackdoorDiplomacy. Este grupo tem como alvos ministérios de negócios estrangeiros e empresas de telecomunicações em África e no Médio Oriente desde pelo menos 2017.
Para vetores de infeção iniciais, o grupo usa dispositivos vulneráveis expostos na Internet, como servidores web e interfaces de gestão de equipamento de rede. Uma vez no sistema, os atacantes recorrem a ferramentas de código aberto para recolher dados e movimento lateral (avançar pela rede). A principal forma através da qual o grupo ganha acesso ao seu alvo é uma backdoor que a ESET chama Turian, por ser derivada da backdoor Quarian. Tanto sistemas Windows como Linux, incluindo unidades USB a eles ligadas, já foram alvo destes ataques.
A backdoor Quarian foi usada contra o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria em 2012 e contra o Departamento de Estado dos EUA em 2013. Esta tendência de visar ministérios de negócios estrangeiros continua com a backdoor Turian: foram descobertas vítimas nos ministérios de negócios estrangeiros de vários países em África, bem como na Europa, Médio Oriente e Ásia.
Outros alvos do grupo incluem empresas de telecomunicações em África e pelo menos uma ONG no Médio Oriente. Em cada um destes casos, os atacantes empregaram técnicas semelhantes, mas modificaram as ferramentas usadas, mesmo em regiões próximas geograficamente, provavelmente para tornar a sua monitorização do grupo mais difícil.
A ESET explica em detalhe o funcionamento do BackdoorDiplomacy neste artigo em inglês.
Mais informação: https://www.eset.com/pt/
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