A Última Carta de Amor é o que chamamos de um romance à moda antiga com uma bonita história, e digamos, um final feliz.
A adaptação do romance de Jojo Moyes de 2012, estrelado por Shailene Woodley e Felicity Jones, alterna entre duas histórias de amor.
A Última Carta de Amor é facilmente assistível, apresentando dois leads individualmente atraentes, na sua maioria sem falhas, cujas faíscas realmente não se fundem.
A produção de A Última Carta de Amor tem uma linha de base divertida, que se estende por um sentimento genuíno.
É um drama romântico de meio ter-mo que alterna entre duas paixões onde claramente a dá para distinguir a diferença temporal e com algum humor negro à mistura.
Não é um romance com a qualidade de Me Before You ou Age of Adaline mas mesmo assim é um romance bem conseguido.
Começamos em Londres, 1965, quando a socialite Jennifer Stirling (Shailene Woodley, uma americana com um sotaque inconsistente do meio do Atlântico) regressa do hospital para casa.
Houve um acidente de carro; Jennifer, desocupada e visivelmente marcada, não consegue lembrar-se de nada de antes do acidente, exceto aparentemente a sua melhor amiga Hannah (Emma Appleton), que a informa que ela tem uma vida perfeita: linda, rica, casada com um empresário bonito, Laurence (Joe Alwyn).
Mas uma carta de amor de outro homem que ela encontra escondida num livro deixa Jennifer cambaleando, em busca de um amor que ela esqueceu.
No presente, a jornalista Ellie (Felicity Jones) é apresentada por meio do clichê gasto de uma mulher de trinta e poucos anos com delineador borrado saindo de um caso de uma noite. Enquanto trabalhava num perfil, Ellie descobre uma carta apaixonada no arquivo do jornal, implorando para “J” fugir com ele.
Com a ajuda de um arquivista entusiasmado e cativante, Rory (Nabhaan Rizwan), Ellie começa a reconstituir o romance, contado num flashback vago, entre Jennifer e Anthony O'Hare (Callum Turner), um jornalista enviado para traçar o perfil de Laurence no casal férias na Riviera Francesa.
Os dois romances prosseguem provisoriamente, frustrados pela indecisão e pelo azar de escalas drasticamente diferentes, e depois todos de uma vez.
A ideia que fica do filme é que apesar de ter quase 2 horas, aparenta que precisava de mais tempo para ir mais além nos dois romances do filme. Poderia haver aqui uma hist´roria mais fundamentada de ambas as partes.
Mas mesmo assim conseguir um filme com duas histórias românticas em dois tempos diferentes e relaciona-los de alguma maneira é sempre muito bem conseguido.
A Última Carta de Amor consegue extrair algumas notas altas de sentimento de vez em quando, particularmente quando os personagens estão a correr contra o relógio.
O romance central aqui é, no papel, um amor para sempre, uma história de paixão que tudo consome, um pouco como os romances de antigamente e mais tradicionais.
Um bom filme. Fica a dica.
Post A Comment:
0 comments: