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86% dos portugueses pondera mudar para autoconsumo a curto/médio prazo

86% dos portugueses pondera mudar para autoconsumo a curto/médio prazo
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  • Os principais obstáculos a dar o passo final para o autoconsumo são o investimento inicial (70%), o custo de manutenção dos próprios painéis (51%), a logística da instalação, tais como licenças da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), a duração das obras, entre outros (42%).
  • A poupança financeira (64%), a consciência ambiental (56%), as ajudas e subsídios disponíveis para a sua instalação (42%), são algumas das vantagens da instalação de sistemas de autoconsumo fotovoltaico.
  • Mais de metade da população (57%) consideraria fazer parte de uma comunidade de energia porque é um modelo mais amigo do ambiente e uma forma de poupar nas contas de eletricidade.
86% dos portugueses pondera mudar para autoconsumo a curto/médio prazo
O sector do autoconsumo é um catalisador no processo de transição energética. O nosso país vive atualmente um período de crescimento e consolidação graças a medidas públicas - Programa de Apoio Edifícios +Sustentáveis do Fundo Ambiental- destinadas a promover o autoconsumo solar e o armazenamento de energia - e o desenvolvimento do sector privado, um sector já maduro e competitivo.

Em suma, esta é uma lufada de ar fresco significativa para aliviar o aumento das contas de eletricidade após a entrada em vigor das novas tarifas. O autoconsumo é a única solução energética que torna possível combinar sustentabilidade e poupança: controlar a produção e o consumo de energia, baixando ao mesmo tempo a conta de eletricidade. Na procura de soluções e alternativas para poupar e assim evitar que as mudanças no mercado da eletricidade tenham impacto na sua fatura, 86% dos portugueses estão a considerar mudar a curto/ médio prazo para o autoconsumo como medida de poupança, de acordo com um estudo realizado pela ei energia independente, uma empresa especializada em smart energy, e autoconsumo solar fotovoltaico, pertencente ao Grupo Galp.

Dos portugueses que pensam seriamente em mudar para este método de consumo de energia sustentável, mais de metade (61%) dizem que este é um passo que estão a planear dar nos próximos anos, enquanto um quarto (25%) estão certos de que instalarão painéis solares o mais tardar até ao próximo ano. Em contraste, apenas 14% dizem ainda não ter considerado a opção pelo autoconsumo solar fotovoltaico.

Principais barreiras e razões para mudar para o autoconsumo, de acordo com os portugueses

Entre o ano de 2019 e o ano de 2020, assistiu-se a um aumento da potência instalada de painéis fotovoltaicos para autoconsumo em Portugal de um pouco mais de 40MW (204 878 kW vs. 245 606 kW). Uma capacidade ainda muito inferior às suas capacidades e reflexo de que os portugueses continuam a ver uma série de barreiras para dar o passo final no sentido do autoconsumo, incluindo o investimento inicial necessário (70%), a logística da instalação, tais como licenças da DGEG, a duração das obras, etc. (42%), o custo da instalação, ou o custo de manutenção dos próprios painéis (51%) ou porque consideram que a tecnologia não está suficientemente desenvolvida (19%).

Por outro lado, entre as vantagens que os portugueses veem na passagem para o autoconsumo solar fotovoltaico, os inquiridos apontam para a poupança económica a médio e longo prazo que a instalação permite (64%), as ajudas e subsídios existentes para a sua instalação (42%), o facto de ser uma opção mais sustentável (56%) ou a possibilidade de vender a energia que não é consumida (39%).

"É evidente que ainda existe alguma falta de conhecimento entre a população sobre o autoconsumo solar fotovoltaico. As instalações estão a tornar-se cada vez mais rentáveis, os períodos de retorno são cada vez mais curtos e as administrações públicas estão a adaptar-se gradualmente a esta nova realidade. Já para não falar dos apoios que o Estado está a oferecer de financiamento para a sua instalação. No caso de uma casa com um perfil de consumo doméstico familiar de 100 euros por mês, a poupança anual gerada na fatura de eletricidade pode alcançar os 500 euros, com um retorno do investimento num prazo de sete anos. Com um bom esquema de financiamento, este é um investimento que os consumidores podem amortizar através da poupança gerada pela própria instalação. Agora é o momento de investir em painéis solares", diz Ysabel Marques, Iberian Chief Marketing Officer da ei energia independente.

Comunidades de energia renovável (CER) e autoconsumo coletivo

Nos últimos meses, uma das tendências observadas no autoconsumo solar fotovoltaico é a criação de comunidades de energia renovável (CER), entidades jurídicas constituídas por cidadãos, administrações ou PMEs que, através da instalação de painéis solares, produzem energia para o consumo coletivo dessa área. Em Portugal, esta possibilidade ainda não passou do papel, mas o Governo já indicou estar a ultimar uma nova Lei, a ser aplicada até ao final do ano, que visa promover este tipo de iniciativas e a população parece estar aberta à utilização desta forma de consumo de energia. Assim, 57% dos portugueses considerariam esta alternativa por ser um modelo mais sustentável e amigo do ambiente, enquanto 51% o fariam como uma forma de poupar nas suas contas de eletricidade. Já 47% fá-lo-ia para não estar totalmente dependente das companhias de eletricidade.

"Vivemos num momento ideal para repensar a forma como consumimos energia. O autoconsumo solar fotovoltaico não é apenas uma opção mais económica para os utilizadores, mas também uma opção mais sustentável. Podemos gerar a nossa própria energia e, desta forma, estar menos dependentes dos altos e baixos do mercado da eletricidade, como aconteceu durante o mês de junho/julho, ao mesmo tempo que cuidamos do ambiente. Além disso, o autoconsumo dá poder aos consumidores, permitindo-lhes estar muito mais conscientes da sua produção e consumo. O nosso futuro deve ser orientado para estas novas formas de consumo inteligente de energia, razão pela qual é necessário que os consumidores estejam bem informados sobre todas as alternativas já disponíveis", acrescenta Ysabel Marques.
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