- Trata-se de pessoas que trabalham remotamente e utilizam a internet para oferecer produtos ou serviços a uma diversidade ampla de clientes enquanto viajam pelo mundo e vivem experiências novas todos os dias;
- Com alguns conselhos, podem proteger as informações e a reputação com os clientes, sem necessidade de ter constante preocupação com a questão;
- Os fornecedores de cibersegurança ajudam com as encriptações e com as aplicações, mas grande parte passa por uma boa organização.
Durante muitos anos, o “status quo” de um dia de trabalho era simples: levantar, ir para o escritório, trabalhar oito horas e voltar a casa. No entanto, à medida que os dispositivos móveis começaram a prevalecer na vida quotidiana das pessoas, a ideia convencional de um “dia de trabalho” começou a mudar. Enquanto a maioria das pessoas ainda se desloca dia após dia para um lugar físico de trabalho, um número crescente – particularmente millennials– estão a optar por trocar os escritórios por um trabalho à distância. Trabalhar fora do escritório não diminui a produtividade, antes pelo contrário, aumenta-a.
Os Millennials ou geração do milénio, são a primeira geração nascida na era da internet, entre 1985 e 1994. São a única geração que viveu nos “dois mundos”, a era pré-internet e a era digital. Vivem no imediato, em constante contacto com as novas tecnologias, adaptam-se rapidamente às mudanças globais, procuram encontrar o equilíbrio entre aquilo que os apaixona na vida e o trabalho e são empreendedores. Mais do que uma modalidade de trabalho, é um modo de vida que traz benefícios interessantes e uma tendência cada vez mais comum em diferentes países graças às possibilidades oferecidas pelas ferramentas digitais. É assim que 54% dos que se consideram nómadas digitais viajam a tempo inteiro, enquanto os restantes 46% dizem que viajam em part-time. Além disso, 51% afirmam morar em hotéis.
A liberdade define os nómadas digitais, especialmente, na hora de se ligarem ao trabalho. Mas mudar permanentemente também significa estar vulnerável a ataques de hackers, como a maioria das pessoas. Os nómadas digitais são mais difíceis de rastrear e virtualmente impossíveis de identificar, mesmo com a cibersegurança básica. Mas todo o seu sistema deve ser móvel e capaz de se mover a qualquer momento.
São muitas as pessoas que não protegem adequadamente os dispositivos que ligam à Internet e, na maioria das vezes, isto deve-se ao desconhecimento da necessidade de instalação de um sistema de cibersegurança e das melhorias que isso acarreta, especialmente no que diz respeito ao risco que estes sistemas evitam.
É verdade que muitos utilizadores acreditam que a contratação de um sistema de cibersegurança é um investimento desnecessário, que não protege o suficiente ou atrapalha o funcionamento dos aparelhos eletrónicos. Porém, são muitos os motivos a ter em conta na aquisição de um sistema de cibersegurança, uma vez que melhora a qualidade de vida do utilizador, proporcionando-lhe tranquilidade.
A segurança do telemóvel, tablet ou smartwatch é essencial porque é muito fácil, a qualquer momento, algum malware ativar uma câmara ou adicionar sites aos dispositivos por meio dos quais pode aceder a mais dado do utilizador.
Básicos de cibersegurança para nómadas digitais.
Codifique os seus ficheiros. Há quem acredite que ter uma palavra-passe no computador é mais do que suficiente para manter os seus ficheiros protegidos. Afinal, adivinhar uma password pode ser um desafio quando se trata de invadir o computador de alguém e aceder aos seus arquivos, certo?
Os hackers usam redes abertas e pontos de acesso a redes Wi-Fi públicas para aceder aos dispositivos de outras pessoas. Isto representa um risco para a privacidade dos seus dados. Os hackers podem usar métodos de força bruta para adivinhar uma palavra-passe e, uma vez que consigam, terão acesso a todo o tipo de arquivos: fotos, documentos e tudo o que é guardado num dispositivo.
Por isso, é aconselhável avaliar a opção de codificar os seus arquivos. Isto significa que se alguém encontrar arquivos codificados, não será capaz de saber o que eles contêm. É necessária uma password, que desbloqueie o conteúdo.
Crie palavras-passe fortes. A maioria dos sites tem instruções sobre como criar passwords fortes. Geralmente são bastante básicas, por exemplo, que seja composto de 8 caracteres, que inclua letras maiúsculas e minúsculas e um símbolo. Muitas vezes, estas medidas não são suficientes.
É necessário fazer mais quando se trata de criar palavras-passe fortes para aceder aos seus dispositivos. São usadas diferentes técnicas, mas a maioria das vezes, as pessoas optam por misturar símbolos, números e caracteres. É verdade que é um método que ajuda a tornar os acessos mais complexos e, portanto, mais seguros, mas são fáceis de recordas?
As páginas que criam passwords sugerem criá-las a partir de uma frase da qual se possa lembrar. O problema com o uso de criadores de palavras-chave é que a senha pode muitas vezes não fazer sentido, tornando-a difícil de ser lembrada. Porém, podem servir de guia, ou seja, a partir da combinação de símbolos e caracteres, pode criar sua própria palavra-passe.
Cuidado com as redes Wi-Fi públicas. Confiar nas redes públicas traduz-se num aumento de chances de sofrer um ciberataque, uma vez que grande parte dos ataques ocorre por meio de redes abertas. Em primeiro lugar, deve certificar-se de que a rede à qual irá aceder é a correta. Os hackers sabem como configurar as suas próprias redes e fazer com que pareçam confiáveis. Por exemplo, podem criar uma rede com o nome "coffee shop", que o leva a pensar que ao café em que se encontra tem Wi-Fi gratuito.
Uma vez conectado à rede criada pelos hackers, eles terão acesso a todos os dados encontrados no seu dispositivo. No entanto, esta situação pode ser facilmente evitada. Pergunte aos funcionários do local onde se encontra se têm wi-fi e o nome da rede. Portanto, se houver mais de uma rede pública à disposição, poderá descartar todas as que não são de confiança.
Além disso, antes de se conectar, deverá desativar a opção de partilha automática dos ficheiros nas redes às quais acede. Caso contrário, os hackers poderão ver e aceder a todo o seu conteúdo. Portanto, o melhor é certificar-se de que essa opção está desativada quando não estiver a aceder a uma rede privada confiável.
Rede privada virtual. Para que os seus dados estejam mais protegidos, recomenda-se o uso de redes virtuais privadas, também conhecidas como VPNs. Estas redes fornecem acesso seguro à Internet e funcionam como se estivesse ligado a uma rede privada, mas em qualquer parte do mundo.
É fácil configurar a sua própria rede de segurança. No entanto, muitas pessoas desistem porque parece complicado e às vezes pode custar dinheiro. A verdade é que pagar por uma VPN é uma excelente forma de manter os seus dados protegidos na hora de aceder à internet.
A principal função das VPNs, e a razão pela qual são tão populares, é que ajudam a proteger os seus dados. Além disso, o melhor é que podem ser usadas tanto para redes públicas como privadas, e muitas delas bloqueiam a possibilidade de alguns sites registarem a sua atividade, ou seja, ninguém saberá o que pesquisa na Internet.
Obtenha um bom antivírus. O antivírus é fundamental quando se trata de protecção online. O melhor é pagar por um antivírus. Através de um serviço pago terá acesso a diversos recursos para aumentar a proteção do seu equipamento. Tentar encontrar aquele que oferece mais proteção pelo menor preço pode ser complicado, assim como escolher entre os melhores antivírus.
A melhor opção? Testes gratuitos. São uma boa maneira de saber qual o antivírus que melhor de adapta às suas necessidades. Ao testar os que lhe parecem mais apropriados, também saberá quais têm a maior facilidade na sua utilização.
A ignorância que as ameaças digitais representam para os nómadas digitais, somada ao uso crescente da internet, torna-os utilizadores especialmente vulneráveis.
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