De acordo com os dados do Relatório Anual de Segurança Privada relativo ao ano de 2020, há apenas 12% de mulheres vigilantes a trabalhar no setor da segurança privada em Portugal, num universo de cerca de 40 mil profissionais.
Contudo, vários destes profissionais afirmam que existem inúmeras vantagens no que toca à contratação de vigilantes do sexo feminino, desde logo pela sua maior capacidade de sanar conflitos, sendo por isso uma mais-valia no que concerne a postos de atendimento ao público e portaria.
A COPS, empresa portuguesa de segurança privada, está 7% acima da média do setor relativamente à contratação de vigilantes do sexo feminino, facto que o diretor-geral, Miguel Ferreira, gostaria de continuar a ver aumentar: “É notória a capacidade de gerar empatia que as vigilantes do sexo feminino têm, principalmente em questões de atendimento ao público, por exemplo em hospitais, local de elevado stress contínuo e isso permite que as altercações existentes não escalem para situações piores. Com as nossas vigilantes colocadas em postos específicos foi possível verificar um decréscimo acentuado de conflitos. As mulheres não devem ser postas de lado em nenhum setor e o da segurança privada não é exceção.”
Exemplo de uma líder de grupo da COPS é Vanessa Costa, chefe da equipa de segurança do Hospital São Francisco Xavier do Grupo CHLO – Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, em Lisboa, que refere que “muitas são as situações em que a presença feminina permite uma melhor gestão de conflitos e o sanar dos mesmos, quando, inclusive, tantas outras vezes, é a presença masculina que instiga essas mesmas altercações.”
“Em momento algum, afirmo que a vigilância se faria composta somente por mulheres, é precisamente o contrário. E é na presença de ambos os sexos que se granjeia o equilíbrio e uma forma coesa, tanto na presença, como na atuação da vigilância a operar no local”, conclui.
Segundo os dados do Relatório Anual de Segurança Privada de 2020, a percentagem de empregabilidade efetiva neste setor é de 62,46%, sendo 97,8% de nacionalidade portuguesa e, como acima referido, apenas 12% são vigilantes do sexo feminino.
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