A fintech, centrada na construção de uma infraestrutura de pagamento baseada em “banca aberta”, quer competir com a Visa e Mastercard e garantiu um investimento inicial de 10 milhões de dólares que impulsionará o desenvolvimento de produtos em Portugal e apoiará a expansão em novos mercados.
kevin., uma startup de fintech que fornece uma infraestrutura de pagamento única para vendas online, móveis e físicas, anunciou formalmente hoje a sua chegada a Portugal, com a intenção de “perturbar o status quo e promover mais inovação no ecossistema de pagamentos”, nas palavras do seu country manager ibérico, o português Rui Patraquim.
A empresa acaba também de garantir 10 milhões de dólares de novo capital numa ronda de financiamento inicial – uma das maiores da Europa. Este investimento, que eleva o capital total da empresa para 14 milhões de dólares, foi co-liderado pela OTB Ventures e pela Speedinvest, dois dos principais investidores europeus de capital de risco em empresas tecnológicas europeias em fase inicial.
"No próximo ano, o nosso principal objetivo é ser o terceiro método preferido em Portugal no comércio eletrónico e nos pagamentos em aplicações", disse Patraquim. "Com a kevin. não só levaremos a inovação através dos bancos aos comerciantes no panorama dos pagamentos para o comércio eletrónico, mas também, com a ajuda dos pagamentos POS, reformularemos o significado dos pagamentos tradicionais tal como os conhecemos".
A kevin. desenvolveu uma solução avançada de infraestrutura de pagamento A2A [account-to-account], que permite redirecionar rapidamente pagamentos a partir dos dispendiosos pagamentos por cartão para pagamentos ligados diretamente às contas bancárias dos clientes.
"Atualmente, 95% dos bancos aqui em Portugal estão já ligados à nossa plataforma utilizando licenças de Serviços de Informação de Conta (AIS) ou de Serviços de Iniciação de Pagamentos (PIS)", comentou Patraquim. "Até agora, os bancos, com os quais discutimos os nossos serviços, apoiam-nos porque, pela primeira vez em Portugal, se um consumidor quiser pagar online, pode efetivamente pagar diretamente a partir da aplicação bancária em que confia, sem comprometer quaisquer garantias de segurança. Isto poderá ajudar os bancos a otimizar melhor a experiência do utilizador quando utilizam a aplicação bancária, enquanto os clientes, por sua vez, têm mais opções de pagamento à sua escolha".
Os pagamentos POS (pontos de venda) da kevin. permitirão aos clientes, pela primeira vez, pagar sem problemas mercadorias em lojas físicas a partir das suas contas bancárias através de terminais de cartões existentes utilizando tecnologia NFC, enquanto os comerciantes poderão evitar as redes de cartões e poupar muito nas taxas de transação.
A sua infraestrutura de pagamento baseia-se na “banca aberta” – (“open banking”, regulamentada pela Diretiva Europeia PSD2). Embora esta exija que todos os bancos e instituições financeiras abram as suas API para fornecedores terceiros licenciados, a kevin. desenvolveu, com especialistas internos, as suas próprias ligações aos bancos sem utilizar agregadores de terceiros, de forma a garantir transações seguras e sem problemas.
Antes do final do ano, a kevin. pretende aumentar as equipas locais de vendas e desenvolvimento de negócios para atrair novos comerciantes e aumentar significativamente o número de transações em pagamentos A2A. Quanto a 2022, os planos da empresa são ainda mais ambiciosos.
"A experiência sem falhas do cliente está no centro de cada pagamento”, disse a propósito Tadas Tamosiunas, CEO e Cofundador da kevin. “Estamos a assistir a uma enorme procura dos nossos serviços e os clientes veem agora até 40% das transações serem feitas diretamente através de contas bancárias pré-ligadas em aplicações móveis e mais de 70% mudam de cartões para contas (A2A) em pagamentos online. Estou grato à nossa crescente equipa de programadores de software, que continuam a construir o produto que permite aos nossos clientes tornar o mundo dos pagamentos mais rápido e seguro", concluiu.
Mais informações: www.kevin.eu
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