6 principais tendências e previsões do SAS para 2022
Se 2020 foi o ano de uma pandemia inesperada e vários bloqueios, 2021 foi o ano da vacina. As novas vacinas deram à sociedade uma ferramenta poderosa contra o coronavírus, no entanto com a variante Omicron e o cenário que se avizinha, não é difícil imaginar que 2022 continuará a ser marcado pelo vírus.
No entanto, e como normalmente acontece na Humanidade, começamos a acostumar-nos a este novo estranho normal e outras preocupações surgem. As alterações climáticas, o crescimento do comércio eletrónico e, claro, estamos ainda longe do fim de uma transformação digital em constante mudança, sendo prova disto o entusiasmo à volta do NFT.
O que nos trará então 2022? Que soluções serão apresentadas para estes problemas? O SAS falou com alguns dos seus maiores especialistas da EMEA e selecionou algumas tendências e previsões para nos ajudar a planear o próximo ano.
Principais previsões do SAS para 2022
1 - IA ética - Uma nova vantagem competitiva?
Em abril de 2021, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, apresentou o novo projeto da UE para regulamentar projetos de IA. Não é surpresa para ninguém, a IA está em todo lado e vai ter um papel cada vez mais importante nos próximos anos. No entanto, um dos maiores debates sobre o tema continua a ser a questão da consciência dentro da inteligência e os limites éticos que a IA tantas vezes enfrenta (racismo, reconhecimento facial, misoginia ...).
“Com a adoção e implementação acelerada da IA, haverá um foco maior na IA responsável. Durante 2022, operacionalizar a IA responsável tornar-se-á parte central da estratégia e inovação de muitas empresas e o tópico mais importante de conversa com os clientes. As empresas que integrarem, desde o início, a IA responsável nos seus processos terão uma clara vantagem competitiva.”- Josefin Rosén, PhD & AI & Analytics CxP Lead, Nordics, SAS
2 - Os desafios dos processos de compras da Supply chain
Lembra-se do navio Ever Given? Desse “pequeno” incidente no Canal de Suez? Sim, isto também foi este ano. E as suas consequências estão longe de acabar. Se acrescentarmos isto às consequências do COVID, apercebemo-nos que a escassez em todos os setores está a tornar-se algo cada vez mais alarmante.
“No retalho em 2022, é de esperar inventários mais baixos, grandes exigências e 'falta de stocks'. No geral, os retalhistas que tiverem sucesso no novo normal de 2022 usarão, de forma proveitosa, a analítica para captar e ler informações da supply chain e exigências do consumidor para, de seguida, responder rapidamente às eventuais falhas da supply chain e alterações nas preferências do cliente ”- Dan Mitchell, Diretor de Prática de Varejo Global, SAS
3 - Os dolosos exploram as “fragilidades” da supply chain
Os ataques cibernéticos indiretos estão a aumentar e os invasores estão a explorar cada vez mais as relações de confiança estabelecidas entre as empresas e os seus fornecedores para ter acesso às informações.
“Embora a fraude na supply chain não seja novidade, será um grande desafio global em 2022. Na verdade, o Covid conduziu a um aumento nas fraudes, pois passou a haver menos verificações físicas de stocks ou em chão de fábrica. As empresas acabaram por dar menos ênfase à gestão de risco da suplly chain, e os dolosos ou grupos criminosos não perderão a oportunidade para explorar esta situação. A analítica irá impulsionar a transformação da supply chain, uma vez que dá apoio e enfoque aos processos de compras, como a identificação de manipulação de licitações e conformidade de contratos.” - Laurent Colombant, Líder de Monitorização Contínua de Fraude e Conformidade EMEA, SAS
4 - Alterações climáticas - Quando vamos aprender?
Depois de mais um ano de catástrofes naturais como as inundações na Alemanha e na Bélgica, incêndios na Grécia, nevões em Espanha ... impõe-se a pergunta: quando iremos aprender e adaptar as nossas estratégias rumo a um futuro mais sustentável?
As alterações climáticas estão a ter também um enorme impacto na aquisição de crédito e investimento. O Banco Central Europeu (BCE) publicou a 22 de setembro claros resultados do seu primeiro teste de stress climático aplicado à economia europeia como um todo e aos bancos em particular. A conclusão é assustadora: as alterações climáticas podem causar um potencial colapso do sistema financeiro, através de um efeito de contágio, se um grande player bancário entrar em default.
“O tempo para conversas terminou. 2022 será o ano de ação para a maioria das instituições financeiras e empresariais na Europa, já que os novos requisitos de divulgação do clima e sustentabilidade entrarão em ação juntamente com as regulamentações de risco climático bancário, incluindo até o teste de stress de risco climático em toda a UE.” - Peter Plochan, Consultor Principal de Gestão de Risco EMEA, SAS
5 - Experiência do utilizador num mundo sem cookies
A rápida transformação digital em 2021 resultou num modelo híbrido de engagement com o cliente que está a mudar a forma como as marcas moldam, gerem e fornecem experiências superiores ao cliente (CX). Acrescentando-se a perda de cookies de terceiros e os profissionais de marketing devem dobrar os dados de que dispõem: os seus próprios dados primários. Sim, uma coisa é certa: estratégias de dados ambiciosas irão prevalecer.
“Tecnologias inteligentes. Experiências envolventes. Confiança digital. Automação e entrega. O COVID acelerou estas mudanças para uma economia que prioriza o digital, onde os consumidores esperam genuinamente experiências personalizadas - tudo isto alimentado por dados do cliente. Em 2022, a analítica avançada (como IA) e as decisões automatizadas no marketing serão ainda mais críticas na transformação de insights sobre o cliente em ações antecipadas. E acredito que em 2030, todas as marcas que não se mexeram nesta direção serão deixadas para trás.” - Wilson Raj, Diretor Global, Customer Intelligence, SAS
6 - Curiosity @ Work e uma nova abordagem para um ambiente de trabalho mais flexível
Se perguntar aos seus amigos e colegas, a única coisa que todos irão antecipar para 2022 é um ambiente de trabalho mais flexível. De facto, após quase dois anos de uma nova forma de trabalhar, as expectativas mudaram. Flexibilidade é a palavra de ordem, mas surgiu também uma nova prioridade que não está pronta para ser substituída: Curiosidade.
“A curiosidade ajuda as empresas a enfrentar desafios críticos, desde melhorar a satisfação no trabalho à criação de locais de trabalho mais inovadores. A curiosidade será a competência de trabalho mais procurada em 2022, uma vez que colaboradores curiosos ajudam a melhorar a retenção geral, mesmo perante situações de trabalho complicadas”.- Elena Panzera, VP de Recursos Humanos EMEA, SAS
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