Três em cada quatro entrevistados em todo o mundo veem o progresso tecnológico como a chave para combater as alterações climáticas
- Entrevistados afirmam desejar que a tecnologia tenha um maior foco em enfrentar os principais desafios da humanidade.
- Stefan Hartung, CEO da Bosch: “o Bosch Tech Compass mostra que as pessoas querem uma tecnologia que resolva os problemas do nosso tempo.”
- Os países ocidentais têm grandes esperanças na tecnologia verde; a Ásia na IA e no 5G.
- Em média, três em cada quatro entrevistados em todo o mundo veem os seus países muito bem ou bem preparados para o avanço tecnológico.
A tecnologia é o motor do avanço humano. A vida moderna seria inconcebível sem ela: ao longo de gerações, a tecnologia tem sido a força motriz por trás do aumento constante da longevidade, prosperidade e qualidade de vida para as sociedades em todo o mundo. Enquanto invenções como a imprensa, a lâmpada e o automóvel levaram décadas até se tornarem parte da vida quotidiana, conquistas tecnológicas mais recentes, como a internet, computadores e smartphones, precisaram de muito menos tempo para se tornarem onipresentes em muitas partes do mundo. Com a aceleração do progresso nas tecnologias-chave é muito provável que na atual década, os anos 20, se produzam avanços tecnológicos que tenham um impacto de alcance similar.
Contudo, levantam-se algumas questões como, por exemplo, se esse impacto será principalmente positivo ou negativo. De que forma a tecnologia está a afetar atualmente a vida das pessoas em todo o mundo? Que esperanças e medos têm as pessoas em relação ao avanço tecnológico? E como variam as perceções entre os países? Num momento de tamanha mudança tecnológica, para a Bosch tornou-se essencial encontrar as respostas a essas perguntas. O resultado é o Bosch Tech Compass, um estudo representativo da população em geral realizado na China, Alemanha, Índia, Reino Unido e Estados Unidos, e que solicitou opiniões sobre uma ampla variedade de tópicos relacionados com tecnologia.
Os entrevistados do Bosch Tech Compass concordam em muitas coisas: a grande maioria (72%) acredita que o progresso tecnológico torna o mundo um lugar melhor. Este relatório é apresentado pela Bosch a nível global na CES 2022, e visa encorajar as pessoas a olharem mais de perto o impacto positivo do progresso tecnológico num mundo globalizado.
Progresso tecnológico é a chave para combater as alterações climáticas
Embora a tecnologia tenha o potencial de tornar quase tudo possível, como criar uma pizza com uma impressora 3D, os entrevistados para o Bosch Tech Compass concordam fortemente que a tecnologia deve ser mais focada em enfrentar os principais desafios de nosso tempo em vez de responder às necessidades individuais (83%). Segundo os resultados deste inquérito, mais de três em cada quatro entrevistados em todo o mundo veem o progresso tecnológico como a chave para o combate às mudanças climáticas. “O Bosch Tech Compass mostra que as pessoas querem uma tecnologia que resolva os problemas do nosso tempo”, afirma o CEO da Bosch Stefan Hartung. “A tecnologia deve apoiar-nos, tornar a vida mais fácil em geral e tornar o mundo um lugar melhor. É por isso que na Bosch estamos comprometidos com a tecnologia ‘Invented for life’ e que serve as pessoas”.
Apesar da confiança global no progresso tecnológico, existem diferenças regionais na perceção da forma como a tecnologia está a ser usada atualmente. Enquanto a maioria dos entrevistados chineses (83%) e indianos (77%) estão mais confiantes de que a tecnologia está a ser utilizada o suficiente para resolver os principais problemas do nosso tempo, nos EUA (47%), no Reino Unido (37%) e na Alemanha (29%) apenas uma minoria de pessoas acreditam nisso.
Países ocidentais depositam grandes esperanças na tecnologia verde; a Ásia na IA
Na avaliação individual das tecnologias e o respetivo impacto, existem diferenças significativas entre regiões. Enquanto a Alemanha, o Reino Unido e os EUA veem as tecnologias verdes como a engenharia climática, a biotecnologia e o hidrogénio como tendo um impacto particularmente positivo na sociedade, a China e a Índia depositam grandes esperanças nas tecnologias inteligentes e conectadas como a IA e o 5G. Por seu lado, cerca de um terço de todos os inquiridos nos EUA e na Europa dizem ver a IA como a maior ameaça tecnológica.
“Atenuar estas preocupações é outra razão pela qual construir confiança na tecnologia digital será crucial e terá um impacto direto no comportamento do consumidor”, reforça o CEO da Bosch. Quatro em cada cinco pessoas em todo o mundo acreditam que o sucesso de uma empresa dependerá da construção da confiança digital com os seus clientes no futuro. O tópico da confiança tem vindo a ganhar uma importância crescente: para 43% dos entrevistados a nível global, a confiança desempenha um papel mais relevante no mundo digital do que no mundo analógico, em oposição apenas 20% pensam o contrário. “É também por isso que a Bosch introduziu o seu código de ética de IA, que tem vindo a contribuir para o importante debate público em torno da IA e da confiança na IA”, acrescenta Hartung.
Mobilidade no futuro: condução ou teletransporte?
Quando questionados sobre como prefeririam deslocar-se no futuro - independentemente da viabilidade técnica - os entrevistados alemães mostraram menos reservas. Quase quatro em cada dez (39%) escolheriam o teletransporte como meio de mobilidade preferido, ficando mesmo à frente dos chineses com 34%. O teletransporte tem também alguns fãs no Reino Unido (27%), nos EUA (20%cento) e na Índia (10%). Contudo, apesar dos entrevistados mostrarem ter alguma rédea solta para sonhar acordado, o teletransporte não estava no topo da lista de desejos de ninguém. Em primeiro lugar, com 56% surge o automóvel controlado por humanos, consideravelmente mais mundano, seguido por aviões (40%) e comboios (32%).
Resumo de dados interessantes:
- 76% dos inquiridos acreditam que o progresso tecnológico terá um papel fundamental no combate às alterações climáticas;
- 83% dos entrevistados a nível global acham que o progresso tecnológico deve ser mais focado nos problemas da sociedade;
- Duas em cada três pessoas em todo o mundo veem os ataques cibernéticos como o maior risco digital;
- Globalmente, 37% dos entrevistados deixariam a Terra para viver permanentemente em outro planeta;
- O mundo está dividido sobre se o progresso tecnológico está a ser usado o suficiente para enfrentar os principais problemas do nosso tempo – 55% concordam, 45% discordam;
- Sobre os benefícios que esperam que a tecnologia e o progresso tecnológico tragam: a nível global, um quadro consistente emerge em todo o mundo - uma vida mais confortável (54%), segurança (51%) e trabalho mais fácil (49%) são as esperanças mais pronunciadas resultantes da tecnologia. Já num espetro regional, a maioria dos chineses (60%) espera que a tecnologia ajude a otimizar os seres humanos; essa esperança é consideravelmente menos pronunciada na Índia (37%), nos EUA (22%), no Reino Unido (19%) e na Alemanha (13%);
- Numa perspetiva global, o hidrogénio (42%), a engenharia climática (40%) e biotecnologia (39%) são as tecnologias vistas como tendo o maior potencial para impulsionar a sustentabilidade no futuro.
- Numa comparação global, sobre quão consideram que o seu país está preparado para o avanço do progresso tecnológico: a China (97%) está extremamente confiante, assim como a Índia (88%), os EUA (82%) e o Reino Unido (76%) também estão otimistas na sua grande maioria. Por sua vez, mais da metade dos alemães, acreditam que o seu país está mal ou muito mal preparado para o avanço da tecnologia.
Sobre o estudo:
Para este estudo foram inquiridas via online indivíduos com 18 anos ou mais em cinco países (China, Alemanha, Índia, Reino Unido e EUA) em agosto de 2021 pela Gesellschaft für Innovative Marktforschung mbH (GIM), em nome da Robert Bosch GmbH. Na Alemanha e no Reino Unido, 1.000 pessoas foram entrevistadas; na China, Índia e Estados Unidos, 2.000 pessoas foram entrevistadas. As amostras são representativas para o respetivo país em termos de região, sexo e idade (DE, Reino Unido, EUA: 18–69 anos / CN, IN: 18–59 anos).
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