- A maioria dos inquiridos diz desconfiar de algo até ver prova de que é confiável
- Um em cada dois entrevistados veem o Governo e os media a alimentar esta fonte de desconfiança
Este ano o Edelman Trust Barometer revela que vivemos numa sociedade à base da desconfiança. O medo e a falta de confiança nas instituições está presente na maioria dos inquiridos. 85 por cento dos entrevistados preocupam-se com a perda de emprego e 75 por cento têm uma grande preocupação nas mudanças climáticas.
Dois anos após uma pandemia que correu mundo, os inquiridos vêem os cientistas como membros mais confiáveis da sociedade – por três quartos das pessoas – enquanto os líderes governamentais são os menos confiáveis.
“O governo foi a instituição mais confiável em maio de 2020, quando o mundo procurou uma liderança capaz de enfrentar uma pandemia global”, refere Richard Edelman. “Agora, após a resposta confusa, quando se trata de competência básica, o governo é menos confiável do que empresas e ONG´s. As pessoas ainda querem que o governo enfrente os grandes desafios, mas apenas quatro em cada 10 inquiridos afirmam que o governo pode executar e obter resultados”.
As preocupações são cada vez mais profundas e intensas. Governo e media são vistos como forças de divisão, enquanto empresas e ONG´s são vistas como unificadoras. E dois terços dos entrevistados estão convencidos que são enganados por jornalistas, chefes de governo e líderes empresariais.
O estudo demonstra que as empresas por agora são a fonte de informação mais confiável, essa confiança é local, com 77% dos entrevistados a confiar no seu próprio empregador em vez dos negócios em geral, e 65% acredita na comunicação do seu próprio empregador em vez de outras fontes.
Oitenta e um por cento também acreditam que os CEOs devem ser pessoalmente visíveis ao discutir políticas públicas com partes interessadas externas ou o trabalho que a sua empresa fez para beneficiar a sociedade e 60 por cento dos entrevistados querem que as empresas desempenhem um papel maior em temas como mudanças climáticas, desigualdade económica, requalificação da força de trabalho e injustiça racial.
“Enfrentar estes inúmeros desafios exigirá uma nova maneira de operar e um nível muito mais alto de desempenho de nossas principais instituições'', diz Edelman. Os media precisam de voltar a um modelo de negócios que substitua a indignação pela sobriedade, o click bait pela autoridade calma. As ONG ́s têm um papel inestimável a desempenhar nas mudanças climáticas e na última etapa da pandemia”.
Outras conclusões do 2022 Edelman Trust Barometer:
- Em muitas das democracias estudadas, as instituições têm a confiança de menos da metade da população, incluindo apenas 46 pts na Alemanha, 45 pts na Espanha, 44 pts no Reino Unido e 43 pts nos EUA.
- Preocupações com fake news ou informações falsas utilizadas como uma arma encontram-se agora numa alta histórica de 76%.
- Os entrevistados acreditam que os negócios não são suficientes para lidar com os problemas da sociedade, incluindo as alterações climáticas (52%), desigualdade económica (49%), requalificação da força de trabalho (46%) e informações confiáveis (42%).
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