- A digitalização do setor de Recursos Humanos em Portugal já é uma tendência, situando-se acima dos 84%. Contudo, fica ainda abaixo da registada na maioria dos restantes países europeus.
- O nosso país apresenta relevantes disparidades salariais entre géneros: 63% dos cargos de RH são ocupados por mulheres, mas são os homens quem recebe melhor, em todos os cargos e faixas salariais.
- Devido à aceleração da digitalização, a maioria das empresas portuguesas já recorre a softwares especializados para a gestão das tarefas de RH.
A Factorial, empresa de software para a gestão dos Recursos Humanos, revela hoje os resultados do seu Estudo de RH 2021, que conta com dados relativos a Portugal.
A Factorial concluiu que a transformação digital está a ter um grande impacto na gestão de Recursos Humanos nas empresas em todo o mundo, algo que também se verifica em larga medida no nosso país, e as empresas procuram cada vez mais softwares especializados para a gestão dos RH.
Por outro lado, foi possível também entender que as mudanças na forma de trabalhar conduziram a melhorias significativas na vida dos colaboradores. O benefício mais valorizado neste momento, em todos os países inquiridos, é a possibilidade de conciliar a vida profissional e pessoal.
Portugal: menor impacto, mas mais potencial
O nível de digitalização do setor dos RH em Portugal é bastante significativo: está nos 84,2%. Contudo, ainda é ultrapassado por grande parte dos países europeus, como o Reino Unido (96%), a Alemanha (94%), Espanha e França (ambos 91%); sendo equiparável apenas ao da Itália (84%).
O ritmo de digitalização de Portugal é muito promissor em termos laborais, e o salto para o cenário digital é cada vez mais percetível. De facto, cerca de 46% dos colaboradores nacionais reconhece ter aumentado a produtividade graças ao teletrabalho; e 74% valoriza o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal que agora consegue ter.
Já na América Latina, países como a Argentina, Colômbia, México e Brasil apresentam níveis de digitalização que variam entre os 70-80%, demonstrando que seguem ritmos diferentes da Europa, mas também com uma clara tendência para o teletrabalho e a digitalização dos RH.
Finalmente, os EUA, com quase 300 milhões de utilizadores conectados à Internet, apresentam uma digitalização na ordem dos 90%.
Consolidação da utilização de softwares especializados
A pandemia impulsionou a digitalização dos dados e tal teve um impacto direto na gestão dos Recursos Humanos. A Factorial descobriu também que a maioria das empresas portuguesas já recorre a softwares especializados para a gestão de RH, como por exemplo para os recibos de vencimento (66%), o controlo horário (58%) e a gestão de férias e ausências (51%), entre outras tarefas.
O ambiente de trabalho contribui para esta tendência: as empresas que introduziram flexibilidade de horário e implementaram modelos de gestão de pessoas procuram cada vez mais estes softwares especializados.
Estas plataformas são, de resto, aliadas tanto para as empresas como para os colaboradores. Para as primeiras, as novas plataformas digitais facilitam a gestão de processos internos e permitem uma melhoria da comunicação interna entre os níveis de gestão e os restantes colaboradores. Para estes, um software especializado permite poupar horas de trabalho em processos manuais, melhorando a sua autonomia e produtividade.
Gestão do talento de RH em Portugal em 2022
Em 2021, a gestão de talento em Portugal manteve-se estável: a taxa de rotatividade nas empresas estabilizou nos 55%, os onboardings subiram cerca de 29% e os offboardings diminuíram cerca de 24%.
Contudo, o nosso país apresenta ainda relevantes disparidades salariais entre géneros. Apesar de cerca de 63% dos cargos de RH serem ocupados por mulheres, são os homens quem recebe melhores salários, em todos os cargos e em todas as faixas salariais.
Como já referimos, em Portugal como na maioria dos países, o teletrabalho melhorou o bem-estar dos colaboradores, conseguindo-se um maior equilíbrio entre trabalho e família e uma maior flexibilidade de horários. Ainda assim, a incerteza ligada à pandemia levou ao aumento do stress das equipas.
De facto, cerca de 22% dos inquiridos portugueses diz que, desde o início da pandemia, a sua produtividade foi afetada pelo stress. Cerca de 16% também acredita que as empresas ainda não colocam a redução do nível de stress como uma prioridade, e apenas 10% refere que a sua organização implementou medidas para combater este fenómeno.
Neste sentido, a Factorial conclui que o grande desafio de 2022 estará em colocar o foco na saúde mental dos colaboradores.
A versão completa do Estudo de RH 2021 da Factorial pode ser consultada em: https://factorialhr.pt/hr-study/2021
Post A Comment:
0 comments: