Rússia baniu Instagram hoje (14 de março)

Uma semana depois de colocar uma proibição no Facebook na Rússia, a agência de comunicações do país Roskomnadzor anunciou que também vai banir o Instagram. 

Embora a proibição do Facebook tenha citado "discriminação contra a mídia russa", desta vez, o governo afirma que isso está a acontecer por causa de uma decisão da empresa-mãe Meta que direciona moderadores para permitir posts a pedir violência contra soldados russos. 

A decisão do governo não menciona que os oligarcas russos usaram o Instagram para se manifestar contra a invasão. Em alguns casos, isso extende-se aos filhos de oligarcas que se tornaram influenciadores com grandes seguidores como Sofia Abramovich, filha do bilionário Roman Abramovich, que teria partilhado uma mensagem a dizer: "a maior e mais bem sucedida mentira da propaganda do Kremlin é que a maioria dos russos está com Putin". 

O banqueiro Oleg Tinkov, que era em certo ponto a 15ª pessoa mais rica da Rússia, é um dos dissidentes mais notáveis com um post que terminou a dizer: "Somos contra esta guerra!" 

Quanto ao passo "sem precedentes" dado pela Meta em termos de moderação de conteúdo, um relatório no verão passado observou uma decisão semelhante para permitir temporariamente conteúdo, incluindo chamadas de "morte a Khamenei" e cânticos que aumentaram durante um período de protestos na região sudoeste do país do Khuzestan. 

O bloco só entrará em vigor em 14 de março, e a agência de mídia estatal russa RIA Novosti informa que não se aplicará à também plataforma Meta-owned WhatsApp. 

No início do dia, funcionários do governo russo ameaçaram uma proibição, exigindo que Meta confirmasse ou refutasse as informações que foram relatadas pela primeira vez pela Reuters. Ontem à noite, o porta-voz da Meta, Andy Stone, disse: "Como resultado da invasão russa da Ucrânia, fizemos temporariamente subsídios para formas de expressão política que normalmente violariam nossas regras, como discursos violentos, como 'morte aos invasores russos'. Ainda não permitiremos pedidos críveis de violência contra civis russos."