A Google Cloud acaba de divulgar um estudo global junto de executivos que mostra como as políticas de sustentabilidade, sociais e de governança (ESG) se tornaram a prioridade nº1 das empresas, representam 10% dos investimentos mas que as empresas não têm ainda ferramentas de medição do impacto destas políticas.
Ou seja, não medem os programas implementados. Apesar das barreiras à implementação destes programas, os executivos acreditam que a sustentabilidade pode impulsionar transformações poderosas nos negócios e que a tecnologia e a sustentabilidade são duas das áreas onde planeiam aumentar o investimento em 2022.
Abaixo o post assinado por Justin Keeble, Managing Director of Global Sustainability, Google Cloud.
Incêndios florestais induzidos pelo clima, tempestades enormes e ondas de calor mortais, juntamente com as complexidades em torno da gestão das cadeias de abastecimento sustentável e redução das emissões, despertaram o mundo corporativo para as duras realidades das mudanças climáticas no nosso planeta.
A sustentabilidade e o impacto ambiental tornaram-se a prioridade para os executivos em todo o mundo, com muitos a começarem a dar prioridade às mudanças sustentáveis na forma como operam. De acordo com um estudo global, envolvendo mais de 1.491 executivos em 16 países realizado pelo The Harris Poll para a Google Cloud, os líderes empresariais partilharam as suas opiniões sobre prioridades, desafios e oportunidades ao nível da sustentabilidade.
A sustentabilidade está no topo das prioridades de negócio
As iniciativas ambientais, sociais e de governança surgem como uma das principais prioridades organizacionais, a par da evolução ou ajuste dos modelos de negócios, com quase 10% do orçamento a ser deslocado para os esforços de sustentabilidade. Os executivos estão dispostos a fazerem crescer os seus negócios de maneira que seja sustentável para o planeta, mesmo que isso signifique uma receita menor num futuro próximo.
80% dos executivos dão à sua organização uma classificação acima da média pelos seus esforços de sustentabilidade ambiental. Oitenta e seis por cento (86%) acreditam que os seus esforços estão a fazer a diferença nos avanços de sustentabilidade.
Mas muitos executivos não estão a medir o impacto
O estudo mostrou ainda uma lacuna preocupante entre o quanto as empresas pensam que estão a ir bem neste domínio e a precisão com que estão realmente a medir as coisas. Apenas 36% dos entrevistados disseram que as suas organizações possuem ferramentas de medição para quantificar os seus esforços de sustentabilidade, e apenas 17% estão a usar estas medições para otimização baseada em resultados.
Sem uma medição precisa, é difícil reportar um progresso genuíno – 58% concordam que existe uma espécie de hipocrisia verde e que a sua organização pode ter sobrestimado os seus esforços de sustentabilidade, com executivos em Serviços Financeiros e Cadeia de Abastecimento/Logística com a maior admissão em 66% e 65%, respectivamente. Aproximadamente dois terços (66%) questionaram o quão genuínas são algumas das iniciativas de sustentabilidade da sua organização.
Executivos querem mais transparência
Empresas de todos os setores lutam para quantificar os seus esforços de sustentabilidade, com 65% a concordarem que querem avançar nos esforços de sustentabilidade mas não sabem como realmente fazê-lo – executivos nas áreas de Cadeias de Abastecimento/Logística e Saúde/Ciências da Vida estão no topo da lista com 79% e 74% respectivamente, e retalho com apenas 54%.
A liderança rumo à sustentabilidade começa no topo da companhia. Quando questionados sobre quais os grupos que estão a viabilizar a sustentabilidade organizacional, 56% apontaram para membros da administração e líderes seniores. Mas eles anseiam por mais: 82% concordaram com a afirmação: “Gostaria que o nosso conselho de administração e liderança sénior nos desse mais espaço para dar prioridade à sustentabilidade”.
Os executivos querem mais transparência e oportunidade para ultrapassar as principais barreiras – 87% concordam que, se os líderes empresariais forem mais honestos sobre os problemas que enfrentam para se tornarem mais sustentáveis do ponto de vista ambiental, eles poderão fazer progressos significativos.
A maioria (82%) dos executivos gostariam de ter mais espaço para dar prioridade à sustentabilidade.
Tornar o optimismo sobre o clima numa transformação de negócio
Se os executivos podem superar desafios, 74% dos executivos acreditam que a sustentabilidade pode impulsionar transformações poderosas nos negócios. Tecnologia e sustentabilidade são as duas principais áreas em que os executivos planeiam aumentar o investimento em 2022. Executivos na América Latina (66%) e EMEA (60%) estão especialmente interessados em aumentar o investimento em sustentabilidade.
A inovação tecnológica é a principal área onde os executivos acreditam que impactará o crescimento sustentável da sua organização e do planeta em geral. Mais de três em cada quatro executivos (78%) citam a tecnologia como fundamental para os seus esforços futuros de sustentabilidade, atestando que ela ajuda a transformar as operações, a socializar as suas iniciativas de uma forma mais ampla e também a medir e a reportar o impacto dos seus esforços.
A boa notícia é que muitas empresas estão ainda no início da sua jornada de sustentabilidade – a maioria (mais de metade) dos executivos diz estar na fase de planeamento e fase de implementação inicial da programação de sustentabilidade. A notícia desafiadora é que o planeta precisa de uma ação urgente de todos para se evitarem os piores impactos das mudanças climáticas.
Na Google Cloud, temos o compromisso de ajudar os nossos clientes a usar a tecnologia Cloud para fazer mais pelo planeta. Operamos a Cloud mais limpa do setor e, por isso, reconhecemos que construir um negócio mais sustentável não é fácil. Aqui, as equipas de sustentabilidade têm sempre um lugar na mesa do planeamento para que possamos trabalhar juntos na utilização da tecnologia Cloud para construir um futuro mais sustentável. Veja as nossas soluções de sustentabilidade aqui.
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