40 empresas portuguesas do setor dos vinhos conseguiram uma poupança de 584 493 euros, desde 2020, com a desmaterialização de um total de 99 573 faturas e otimização da gestão do negócio, através da implementação de uma solução de faturação eletrónica. A conclusão é de uma análise feita pela YET - Your Electronic Transactions
A adoção de sistemas de faturação eletrónica tem permitido otimizar os negócios das empresas do setor vitivinícola português, que no último ano atingiu um recorde em termos de exportação (as vendas de vinhos portugueses para o exterior cresceram 8,11% face a 2020, ultrapassando os 925 600 000 €, segundo dados da ViniPortugal). Com dezenas de clientes ligados ao vinho, a YET - Your Electronic Transactions, empresa portuguesa especialista em soluções de faturação eletrónica, apurou, junto de uma amostra de 40 empresas do setor de vinhos com as quais trabalha, que estas conseguiram uma poupança de mais de meio milhão de euros (584 493, 51€) desde 2020. Ao todo, em dois anos, estas empresas foram responsáveis pela emissão de 99 573 faturas.
A faturação eletrónica tem crescido significativamente nos últimos anos, com muitos países a implementarem a obrigatoriedade legal da comunicação de faturas por via eletrónica. Ao mesmo tempo, o aumento do trabalho remoto, durante a pandemia de Covid-19, permitiu aumentar a digitalização da faturação. Hoje, o mercado global de sistemas de faturação eletrónica está avaliado em 7 000 000 000€ e deve crescer a um ritmo médio anual de 25%, até 2027, quando se estima que alcance os 23 000 000 000€ (dados da consultora Bellentis apurados em 2022).
Em Portugal, a obrigatoriedade de adoção da faturação eletrónica tem vindo a ser implementada gradualmente, sendo que, a partir de julho, todas as empresas fornecedoras do Estado estão obrigadas por lei a recorrer à faturação eletrónica, em exclusivo. Segundo um outro estudo realizado pela YET durante o último ano, no mercado português, apesar da maioria (68,3%) das organizações que utiliza software de faturação eletrónica o ter implementado há mais de dois anos - o que pressupõe que não o terá feito por uma questão de obrigatoriedade -, mais de um terço (31,7%) das mesmas utiliza este tipo de software apenas desde o ano passado ou desde 2020. Quando questionados sobre a importância de um software de faturação eletrónica no que diz respeito aos processos administrativos e financeiros da empresa, a maioria reconhece que este é muito importante (52,5%) ou importante (33,6%).
Para Silvia Mendes, diretora Administrativa e Financeira da Adega Cooperativa de Borba, “a tendência da digitalização de processos de negócio e a adoção massiva de soluções de transações eletrónicas, nomeadamente de faturação eletrónica, permitem soluções vantajosas com resultados positivos a vários níveis, nomeadamente, (1) diminuição de custos na produção de documentos reduzindo o consumo de papel assim como custos com correio; (2) maior rapidez nas transações de documentos e eficiência administrativa; (4) maior segurança na entrega; (5) facilidade de consulta e arquivo dos documentos e (6) total integração com o ERP/software de gestão”.
A responsável sublinha que “a Adega de Borba, enquanto cooperativa, é um dos pilares económicos e sociais da região de Borba, pelo que privilegia o respeito pelo bem-estar e o futuro da comunidade onde está inserida e defende uma postura ativa de cidadania, não só em termos sociais mas também ambientais. E num mundo cada vez mais competitivo, em que a redução dos custos e o aumento da produtividade são palavras de ordem, a adoção de soluções de desmaterialização nos processos administrativos, que nos possibilitem otimizar o negócio, são sempre uma mais-valia”.
Além de permitir combater fraudes, em termos de evasão fiscal, a faturação eletrónica traz vantagens para as empresas, sobretudo as exportadoras e com cadeias de abastecimento complexas, como as do setor dos vinhos portugueses. A adoção destes sistemas acarreta poupanças significativas para os negócios, não só diretamente - pela erradicação de todo o processo de impressão -, como também indiretamente - permitindo um melhor e descentralizado controlo de todos os processos e dados, em tempo real, o que leva à otimização da gestão de negócio.
Os relatórios fiscais têm sido vistos, muitas vezes, apenas como uma atividade secundária isolada dentro das empresas, sendo os dados relatados periodicamente em um formato agregado. O mercado está a mudar no sentido de uma maior integração dos sistemas de faturação com toda a atividade da empresa de ponta a ponta. Ao mesmo tempo, com a evolução tecnológica, os sistemas de faturação estão a evoluir para uma nova geração de soluções mais completas e descentralizadas, mais amigável aos negócios, tornando-se este tipo de software, cada vez mais, um forte aliado para a internacionalização das empresas.
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