- Crescimento de 5 por cento em relação ao período homólogo;
- Em 2021, a Bosch contratou mais de 250 novos engenheiros para as equipas de I&D no país e tem mais 350 vagas por preencher até ao final do ano;
- Investimento em I&D próximo dos 50 milhões de euros em 2021;
- Unidades de Aveiro e Ovar registaram os melhores resultados de sempre;
- A empresa fala em cenário desafiante para 2022 devido à conjuntura mundial.
- Expansão das unidades de Aveiro, Braga e Ovar previstas para 2022.
A Bosch, fornecedora líder global de tecnologia e serviços, terminou o ano fiscal de 2021 com vendas no valor de 1,7 mil milhões de euros em Portugal, incluindo vendas de empresas não consolidadas e serviços internos a empresas parceiras, correspondendo a um crescimento de cerca de 5 por cento por cento em relação ao ano anterior. No mercado local, a Bosch registou vendas consolidadas de 346 milhões de euros, 14 por cento acima do nível de 2020. “2021 foi mais um ano difícil e que exigiu muito de todos. Os resultados positivos alcançados espelham a dedicação e o profissionalismo dos nossos colaboradores que contribuíram para o crescimento geral da Bosch em Portugal. O meu agradecimento pessoal a todos eles.”, afirma Javier González Pareja, Presidente do Grupo Bosch em Portugal e Espanha. “Vindos de dois anos com as incertezas causadas pela pandemia e os constrangimentos da situação da escassez dos semicondutores, conseguimos um desempenho global positivo, recuperando para os níveis pré-pandemia”, explica Carlos Ribas, Representante do Grupo Bosch em Portugal. Relativamente às perspetivas para este ano, Carlos Ribas indica que "Com base nos quatro primeiros meses do ano, esperamos uma evolução positiva em Portugal em 2022. Vamos continuar a crescer principalmente nas áreas de I&D e serviços partilhados, e expandir quer as nossas instalações, quer as parcerias de inovação com centros de conhecimento e competências em Portugal. No entanto, a conjuntura internacional atual faz com que seja necessário sermos cautelosos nas previsões para o ano."
A Bosch mantém-se assim como um dos maiores empregadores e exportadores no país, com um nível de exportação superior a 97 por cento, com mais de 50 países em todo o mundo a importar soluções produzidas em Aveiro, Braga e Ovar, e serviços prestados desde Lisboa para o mundo. A 31 de dezembro de 2021, a empresa contava com 5.788 colaboradores no país, sendo que deste número fazem parte cerca de 900 engenheiros (mais 250 que em 2020) nas equipas de Investigação e Desenvolvimento (I&D) dedicados a criar soluções para a mobilidade, casas e cidades inteligentes. Em 2021 os investimentos em I&D atingiram os 50 milhões de euros. “A I&D tem sido a nossa grande aposta nos últimos anos e pretendemos continuar nesse caminho, reforçando as nossas parcerias com os centros de saber e de competências em Portugal, e continuando a contratar perfis altamente especializados. Uma aposta que se materializa nas mais de 350 vagas que temos disponíveis para os centros de desenvolvimento nas várias unidades da Bosch no país e que iremos preencher no ano atual”, afirma Carlos Ribas. “Em 2021 alocámos cerca de 50 milhões de euros à criação de soluções tecnológicas inovadoras e submetemos o registo de mais de 50 patentes relativas aos resultados de alguns dos maiores projetos de inovação em Portugal. Assinámos ainda novas parcerias com universidades portugueses, dando, um claro sinal de que a Bosch pretende continuar a investir no país”. Javier González Pareja complementa, dizendo que “Dentro do Grupo a nível mundial, Portugal é cada vez mais uma referência, com uma clara formula de sucesso: Invented in Portugal and Made in Portugal with Portuguese Talents”.
Desenvolvimento das áreas de negócio em Portugal
A área de Soluções de Mobilidade, que foi fortemente afetada nos últimos dois anos devido às paragens forçadas causadas pela pandemia e pela escassez de componentes eletrónicos no mercado, registou um ligeiro decréscimo de 5 por cento relativamente ao ano passado. Ainda assim, a empresa industrializou e iniciou a produção de um novo radar que irá contribuir para o aumento das vendas internas já este ano. Carlos Ribas afirma que “embora ainda tenhamos alguns fornecedores com limitações, o problema de escassez de semicondutores no mercado já não é comparável ao que era no ano passado. Caso a conjuntura atual nos permita cumprir com o plano deste ano, poderá haver uma evolução positiva nas vendas”. A partir de Braga, a Bosch tem vindo a marcar o caminho da mobilidade do futuro com o desenvolvimento de tecnologias de impacto mundial, resultado de uma forte aposta nas equipas de I&D que têm vindo a desenvolver sensores de perceção e localização, sistemas de comunicação entre veículos e infraestrutura rodoviária, soluções para a monitorização dos ocupantes de veículos, aplicações para a mobilidade, entre outras tecnologias inovadoras que estão a moldar a mobilidade conectada e autónoma.
A área de negócios de Energia e Tecnologia de Edifícios teve um desenvolvimento muito positivo o ano passado, com as unidades de Aveiro e Ovar a registarem os melhores resultados de sempre. Em Ovar, uma localização com foco em tecnologias de videovigilância, intrusão e comunicação, a Bosch teve um aumento de 36 por cento nas vendas relativamente ao ano anterior. Este crescimento no negócio refletiu-se também num aumento de mais de 15 por cento no total de colaboradores, um reforço que advém da aposta na área de I&D desta unidade, que recentemente integrou novas equipas para desenvolvimento de soluções para eBike e casas inteligentes, além das equipas que já trabalhavam em sistemas de deteção de incêndios, videovigilância ou comunicação e ferramentas elétricas. A equipa de eBike dá suporte ao desenvolvimento de equipamentos conectados e está a contribuir para o desenvolvimento mecânico e eletrónico da nova geração de interfaces de comando e displays gráficos.
Também a unidade da Bosch em Aveiro, dedicada à produção de soluções de água quente através de esquentadores, caldeiras e bombas de calor, registou um crescimento de 26 por cento, o maior dos últimos anos. No ano passado, esta unidade criou ainda a primeira gama de soluções elétricas para o aquecimento de águas residenciais totalmente desenvolvida em Portugal e exportada para todo o mundo (mais informações aqui). Além disso, destaque também para a aposta da Bosch em Aveiro na tecnologia de bombas de calor, com o investimento de 5 milhões de euros em instalações de teste para desenvolvimento desta solução, e na instalação da nova linha de produção, que deverá arrancar no primeiro semestre de 2023 e que irá criar 300 novos postos de trabalho nesta unidade. Todos estes investimentos refletem-se também no contínuo recrutamento para o centro de engenharia em Aveiro, onde a Bosch desenvolve soluções de termotecnologia e software para plataformas web e mobile para diversas áreas de negócio da Bosch a nível mundial.
A unidade Service Solutions em Lisboa, dedicada à prestação de serviços nas áreas de experiência de cliente, mobilidade, monitorização e processos de negócio, registou um crescimento de 15 por cento, ultrapassando o volume de negócio anterior à pandemia. Esta unidade continua a crescer através da implementação de serviços baseados em tecnologia, tornando Lisboa um centro de competências internacional para fornecer serviços complexos de suporte a elevadores, serviços multilingues de experiência de cliente e suporte técnico e de IT especializado. Por fim, a área de Bens de Consumo, engloba os eletrodomésticos e as ferramentas elétricas, teve um crescimento de 16 por cento em 2021, contribuindo, igualmente, para os bons resultados no país.
Expansão de Aveiro, Braga e Ovar em 2022: áreas de I&D e produção vão continuar a crescer
A Bosch continua a apostar em Portugal e prova disso é a expansão das suas instalações e os novos negócios que continua a trazer para o país. Além do aumento da produção, este investimento reflete também um reforço na aposta nos projetos de I&D das várias localizações que se traduzirá, consequentemente, na criação de mais postos de trabalho. “O investimento da Bosch em Portugal para este ano de 2022 deverá rondar os 100 milhões de euros. Falamos de um investimento continuado para consolidar os nossos negócios no país, seja através dos projetos de inovação que desenvolvemos na sua grande maioria em parceria com as universidades do Minho, do Porto e de Aveiro, seja na expansão das nossas unidades. É este trabalho e os resultados que temos vindo a apresentar que nos permite continuar a atrair negócios, e consequentemente, a manter e a gerar postos de trabalho, o que faz da Bosch um dos maiores empregadores e exportadores do país”, reforça Carlos Ribas.
Em Ovar, está a ser ultimada a inauguração das novas instalações que vão albergar as equipas de I&D e permitir a contratação de cerca de 50 novos colaboradores até ao fim de 2022; em Aveiro, as equipas preparam um novo edifício para logística e áreas comuns para os colaboradores. A Bosch está ainda a planear a ampliação das instalações em Braga com a construção de dois novos edifícios para aumentar a capacidade de I&D e a capacidade produtiva e tecnológica.
“A Bosch tem mostrado uma excelente performance em Portugal nos últimos anos. O Grupo acredita em Portugal no talento dos portugueses, o que nos traz segurança e confiança para o futuro, mesmo numa conjuntura difícil como a atual. Vamos continuar a contratar perfis especializados e a expandir as nossas áreas de produção e escritórios, continuando a fazer da I&D um dos pontos fulcrais das nossas atividades“, afirma Javier González Pareja.
Grupo BOSCH: Perspetivas para 2022 e plano estratégico
Tal como recentemente anunciado no relatório anual de resultados, em 2021, a Bosch alcançou um crescimento significativo em vendas e resultados apesar de um ambiente difícil. No primeiro trimestre de 2022, a receita de vendas da empresa cresceu 5,2%. Para os resultados globais do ano, a Bosch espera que as vendas cresçam mais de 6% e alcancem uma margem EBIT entre os 3 a 4% – e isso apesar da probabilidade de encargos consideráveis, especialmente devido ao aumento dos custos de energia, matérias-primas e logística. “O resultado bem-sucedido do ano comercial de 2021 reforça a nossa confiança à medida que enfrentamos o ambiente desafiante deste ano”, afirma Dr. Stefan Hartung, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH. Uma das incertezas consideráveis é a guerra na Ucrânia e todas as suas implicações. Para Hartung, a atual situação destaca a pressão sobre os decisores políticos e a sociedade para que se tornem menos dependentes dos combustíveis fósseis e procurem vigorosamente o desenvolvimento de novas fontes de energia. Por esta razão, o Grupo Bosch continua sistematicamente os seus esforços para mitigar o aquecimento global, apesar do ambiente económico desafiante. Além disso, Hartung anunciou que a Bosch investirá cerca de três mil milhões de euros ao longo de três anos em tecnologia neutra para o clima, como a eletrificação e o hidrogénio.
Segundo o presidente do Grupo Bosch a eletrificação é o caminho mais rápido para a neutralidade climática, desde que tenha por base a eletricidade verde. É por isso que a Bosch está a impulsionar a mobilidade sustentável: em 2021, os pedidos da empresa relacionados com a eletromobilidade ultrapassaram, pela primeira vez, os dez mil milhões de euros. Contudo, destaque também para a importância do hidrogénio na estratégia da empresa. “A política industrial deve concentrar-se em tornar todos os setores da economia prontos para o hidrogénio”, afirma Hartung. No interesse de uma ação climática eficaz, a Bosch está também a entrar no negócio de componentes para eletrólise de hidrogénio.
A empresa prevê investir cerca de 500 milhões de euros nesta nova área de negócio até ao final da década, metade dos quais até ao lançamento no mercado, previsto para 2025. Ao mesmo tempo, o presidente da Bosch anunciou que, nos próximos três anos, a empresa investirá mais dez mil milhões de euros na transformação digital dos seus negócios. “A digitalização tem também um papel essencial para a sustentabilidade – e as nossas soluções partem dessa premissa”, explica Hartung. Além disso, somente este ano, a Bosch planeia contratar 10.000 novos engenheiros de software em todo o mundo.
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