Como podem os Recursos humanos contribuir para maior conciliação do trabalho/vida pessoal?
A conciliação da vida pessoal e profissional está na ordem do dia: maior equilíbrio e bem-estar dos profissionais, gestão de tempo responsável e modelos de organização de trabalho mais flexíveis e tão tailor-made quanto as áreas de negócio o permitam, geram pessoas mais felizes. As empresas ganham em produtividade com os seus colaboradores mais motivados e é desejável tomarem medidas para fomentarem o mais possível o seu equilíbrio de vida. Eis as 7 formas que a Adecco Portugal sugere para capitalizar um maior work/life balance das suas pessoas.
Não é impossível alcançar um equilíbrio ótimo entre trabalho e vida pessoal: é um facto que a maioria dos profissionais quer passar mais tempo com as suas famílias e ter disponibilidade para os seus hobbies. No entanto, os empregadores preocupam-se frequentemente com a flexibilidade ou com o trabalho à distância, temendo que prejudiquem a produtividade e a eficiência.
Na realidade, o contrário é que é verdade. Os trabalhadores à distância podem aumentar a produtividade global até 77%, mesmo quando trabalham apenas alguns dias por mês a partir de casa. Contudo, trabalhar a partir de casa não é a única forma de capitalizar um melhor equilíbrio entre a vida profissional e familiar. Os departamentos de recursos humanos precisam de se envolver e conhecer melhor hábitos de trabalho dos colaboradores, prevenindo riscos de stresse acrescido que comprometam os seu bem-estar pessoal que, por sua vez se reflete negativamente na produtividade de trabalho.
Para muitos profissionais, o trabalho termina no final da jornada horária contratualizada. Para outros, estende-se para lá do horário de saída e entra pelo fim de semana. Mais cedo ou mais tarde, estes profissionais vão sentir o impacto e a sintomatologia do stresse.
Eis sete sugestões que os empregadores podem implementar nas suas políticas de recursos humanos fazer para limitar os fatores de stresse no trabalho e fomentar um maior equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal dos seus colaboradores:
1. FORNECER ALGUMAS REGALIAS
Há empresas que têm dificuldade em confiar nos seus colaboradores e adotam práticas de penalização, como por exemplo, proibindo a utilização de telemóveis no local de trabalho. O simples facto de dar acesso aos seus próprios dispositivos pessoais, seguramente provocarão maior empatia com a organização. Afinal de contas, porquê contratar pessoas se não se confia nelas?
Não há nenhum profissional que não gostaria de receber benefícios da empresa, tais como inscrição em ginásios, massagens, dias de folga como prémio de desempenho, bilhetes de cinema... iniciativas simples, que sejam ajustadas às caraterísticas das pessoas. Quando os departamentos de recursos humanos se empenham em conhecer os colaboradores, pensarem em benefícios, por muito simples que sejam, é certo que as equipas ficam mais felizes e motivadas.
2. OFERECER TRABALHO REMOTO OU FLEXIBILIDADE
Um ambiente de trabalho flexível é muito importante para os profissionais, sendo mesmo uma das exigências de muitos candidatos a uma nova posição, em particular entre os mais jovens. Eles esperam que o empregador tenha a confiança de que vão desenvolver o seu trabalho, independentemente de onde e quando o fazem. Os profissionais acabam por valorizar um empregador que lhes dá este voto de confiança e que os habilitam a gerir o seu próprio tempo.
3. CRIAR UMA POLÍTICA DE TEMPO LIVRE PENDENTE
Querer tirar algum tempo livre, uma tarde de folga, sair uma hora mais cedo, por exemplo, não significa que uma pessoa seja preguiçosa. Pode apenas precisar de “respirar” e fazer uma pausa não programada em calendário de férias. Na realidade, os profissionais que tiram férias com mais frequência estão mais satisfeitos com o seu trabalho. O tempo livre é um indicador importante do nosso bem-estar, incluindo o empenho no trabalho, criatividade e satisfação conjugal.
4. ENCORAJAR PAUSAS OBRIGATÓRIAS
Para além das férias, os recursos humanos devem assegurar-se de que todos fazem pausas obrigatórias, pelo menos dois intervalos de 15 minutos por dia e uma pausa para almoço. É saudável encorajar os empregados a encontrar uma forma de trabalhar diferente, ou a mudar-se para uma parte diferente do escritório, uma vez que uma mudança de ritmo pode levar a uma maior produtividade.
5. AUMENTAR O APOIO AOS PAIS
É comum as empresas perderem grandes talentos porque não conseguem satisfazer as suas necessidades de prestação de cuidados aos filhos. Tanto as mães como os pais querem passar mais tempo com os seus filhos, mas isso nem sempre é fácil quando são obrigados a fazer horas extraordinárias. É essencial ser flexível no que toca à parentalidade, pois é uma das formas mais bem-sucedidas de promover o equilíbrio trabalho-vida.
Embora nem todas as empresas tenham condições para dar apoio direto na prestação dos cuidados aos filhos, o que pode ser feito é oferecer os mesmos benefícios de maternidade e paternidade (libertando-os de horas extraordinárias, por exemplo), o que encorajará todos os pais a equilibrar a sua vida profissional.
6. ENCORAJAR A INCLUSÃO
Sejamos honestos. Se os colaboradores virem os seus colegas, gestores e equipas de recursos humanos a trabalhar fora de horas, sentir-se-ão pressionados a fazer o mesmo, independentemente da política da “casa”. Os líderes devem, precisamente, liderar pelo exemplo, abstendo-se de abordar os seus colaboradores após o horário de trabalho. Regra de ouro: nada de emails.
7. ARRANJAR TEMPO PARA O VOLUNTARIADO
Os valores de uma empresa são um dos tópicos mais atrativos para Millennials e Geração Z. A remuneração é um fator importante, mas se a empresa não oferece mais do que um ordenado, desinteressam-se e não se revêm nos valores da organização. Os recursos humanos podem introduzir um determinado período – um dia por mês, de dois em dois meses, por exemplo – em que oferecem tempo livre pago para que os seus colaboradores possam especificamente utilizar para ações de voluntariado
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