A Amazon afirma que mais de meia dúzia de fornecedores de hardware indicaram que não podem entrar num relacionamento de fabricação de TV com o grupo de comércio eletrónico por medo de retaliação do Google, aumentando a tensão com o gigante das buscas.
A revelação, partilhada oficialmente pela Amazon pela primeira vez, foi feita pela unidade da empresa na Índia à Comissão de Concorrência da Índia como parte da investigação sobre o Google por alegações de abuso da posição dominante no Android.
Como parte da investigação, a Comissão de Concorrência da Índia entrevistou vários participantes do setor, incluindo Samsung, Microsoft e Mozilla. Mas ninguém falou tão livremente quanto a Amazon.
A Amazon alegou que em “vários casos” o fabricante do dispositivo indicou que não pode trabalhar com a Amazon “apesar de um desejo declarado de fazê-lo em conexão com TVs inteligentes”. Mesmo que os fabricantes concordassem em não trabalhar em TVs inteligentes com Android, eles ainda tinham preocupações de que, ao trabalhar com a Amazon em TVs com Fire OS, ainda estariam a arriscar a licença GMS do Google para outros negócios, disse a Amazon.
Além disso, empresas como Foxconn e Panasonic tentaram e não conseguiram obter permissão do Google para trabalhar com a Amazon, disse a gigante do comércio eletrónico.
Numa série de outras acusações, a Amazon também disse que os fornecedores de smartphones disseram à empresa que os seus termos com o Google exigiam que eles tivessem o Google Chrome pré-instalado nos seus aparelhos e um atalho do navegador móvel para ser exibido no ecrã inicial do dispositivo.
Outra possível barreira à distribuição foi a solicitação dos OEMs de que a Amazon pagasse quantias significativas para ser pré-instalada no dispositivo, mas mesmo com o pagamento, os OEMs não dariam garantias quanto ao posicionamento da aplicação ou disposição de renunciar ao navegador Chrome como padrão navegador (o que exigiria que eles removessem a Google Play Store e outras aplicações do Google).
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