APOSTA NA INOVAÇÃO É FUNDAMENTAL PARA O FUTURO DO SETOR DA VINHA E DO VINHO EM PORTUGAL
A desertificação dos territórios rurais, o aumento do custo das matérias-primas, a quebra na produção e a imprevisibilidade fruto das alterações climáticas são alguns dos maiores desafios que os produtores de vinho portugueses enfrentam. Face a este cenário, a ADVID, enquanto Entidade Gestora do Cluster da Vinha e do Vinho, que está a assinalar o seu 40º aniversário, defende que a revolução tecnológica e digital é a base para melhorar a competitividade e sustentabilidade para os atores do setor vitivinícola.
“A defesa do setor do vinho, do produtor ao consumidor, deve passar pela implementação de diversas medidas estruturais, nomeadamente a criação de condições para que todos possam apostar na inovação tecnológica nos seus processos, mas também a capacidade que as regiões produtoras têm para captar e fixar os investidores, produtores e trabalhadores. Sem pessoas não há vinho, não nos podemos esquecer disso”, defende Rosa Amador, diretora geral da ADVID.
Para a ADVID, a tecnologia deve ser encarada sem receios e abraçado enquanto parceiro fundamental para que seja possível criar produtos diferenciados e de elevada qualidade, face uma concorrência global crescente, possibilitando também a captação e fixação de profissionais altamente qualificados e motivados.
Tornar o setor mais atrativo para as pessoas passa também por ajustar as qualificações entre a oferta e a procura e, entre outros, formação e desenvolvimento de competências relevantes nas áreas da especialização inteligente.
A inversão desta tendência do setor vitivinícola passa pela congregação de esforços para a implementação de uma estratégia que permita melhorar a competitividade do setor. Esta é uma estratégia para a qual a ADVID está amplamente comprometida através do CoLAB VINES&WINES, a partir de onde é criada e partilhada informação, de forma contínua, que permita aos produtores tomar decisões suportadas em conhecimento técnico e científico, nomeadamente quanto à gestão eficiente dos recursos hídricos, na redução dos fitofármacos, na capacitação dos recursos humanos, na mecanização da vinha, racionalização do trabalho ou escolha de material vegetativo.
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