Tecnologia 5G promove operações inteligentes, IoT e reduz consumo de energia e mão-e-obra

Freedom Finance Europe diz que mercado 5G valerá 65 mil milhões de dólares até 2026

Até 2024 a Freedom Finance Europe diz que haverá mais de mil milhões de assinantes de 5G a nível mundial.

Quando aplicada em grande escala no sector fabril, a tecnologia 5G irá promover o crescimento de operações inteligentes e soluções de Internet das Coisas (IoT) que podem reduzir significativamente o consumo de energia e de mão-de-obra.Lisboa, 13 de outubro de 2022 – O mercado 5G, que está projetado para valer 65 mil milhões de dólares até 2026, diz a Freedom Finance Europe, passou por um ciclo clássico, desde o incrível hype até ao profundo ceticismo sobre as suas perspetivas. Este setor tem enfrentado um mal-entendido de valor por parte do consumidor em geral, conforme confirmam alguns estudos.

A especialista analisou o mercado e indica que, como os principais beneficiários do 5G são agora empresas industriais e tecnológicas, a indústria está a tender para "redes privadas". O facto é que as redes públicas ainda não são capazes de fornecer velocidades ultra-altas e latência curta, o que pode ser dispendioso para as empresas. Obviamente, a instalação interna de uma rede 5G chave-na-mão não é a opção mais acessível. Contudo, as grandes empresas de telecomunicações veem também grandes perspetivas para o mercado de massas. É simplesmente o início de uma nova fase de concorrência em estratégias de nicho 5G e mercados locais.

Há uma batalha em curso para o 5G

Em termos monetários, o custo do 5G é de cerca de 4 mil milhões de dólares entre 2022 e 2032 para soluções de infraestruturas - o investimento acumulado de todos os países do mundo. Onde a China levará 1,5-1,6 triliões, EUA 800-850 mil milhões, Japão e Coreia do Sul 500-550 mil milhões, Alemanha, Reino Unido, França, Itália, Espanha juntos cerca de 500 mil milhões, de acordo com os cálculos da Qualcomm.

No início de 2022, a cobertura efetiva (não por território, mas por assinantes) é maior em Hong Kong com 27% dos utilizadores, Coreia do Sul com 25%, Taiwan com 23%, Arábia Saudita com 23%, EUA com 22%, e na Europa o líder é a Holanda com 15% e a Finlândia com 12% de acordo com OpenSignal.

Até 2025, espera-se que cerca de metade dos habitantes dos maiores países da Europa Ocidental tenham acesso a 5G.

As velocidades reais médias de acesso à rede situam-se na faixa dos 200 a 430 Mbps, com a Coreia do Sul, Noruega e Taiwan a liderar o caminho. Nos EUA, as velocidades reais não são muito superiores a 4G - 30 a 150 Mbps, o que é comparável a 4G. As velocidades declarativas de 10-15-20 Gbps nos folhetos publicitários continuam a ser assim.

Na atual situação económica global, a luta contra a inflação, o declínio do consumo global, as empresas tecnológicas estão a reduzir as suas previsões financeiras. Por exemplo, os fabricantes chineses de smartphones (Xiaomi, Vivo e Oppo) reduziram coletivamente as encomendas em 20%, devido ao que a Qualcomm e a MediaTek também reduziram as encomendas de chips 5G em mais 30% no segundo semestre do ano.

Mas quem controla a tecnologia?

Entre as empresas que controlam a tecnologia 5G, encontram-se os líderes no número total de pedidos de patentes de tecnologia 5G: Huawei (13,5%), Qualcomm (10%), Samsung (10%), ZTE (9,8%), LG (9%), Nokia (8,3%), que em conjunto detêm mais de 60% do mercado 5G. E em termos do número de patentes aprovadas e concedidas para a tecnologia 5G, a Huawei lidera (15,93%), seguida da LG (10,79%).

Segundo a Ericsson, o número de utilizadores móveis 5G em todo o mundo era de 217 milhões em 2020, 664 milhões em 2021, podendo atingir 1,2 mil milhões em 2022 e 4,4 mil milhões em 2027. Por conseguinte, justifica-se a agressividade dos EUA em relação à China e a narrativa em torno do 5G. A China controla a tecnologia e o mercado 5G.

No atual ambiente global desafiante, com as economias a abrandar e a recessão a aproximar-se, a tecnologia 5G crescerá e será amplamente implantada. Quando aplicada em grande escala no sector fabril, a tecnologia 5G irá promover o crescimento de operações inteligentes e soluções de Internet das Coisas (IoT) que podem reduzir significativamente o consumo de energia e de mão-de-obra. O 5G estará definitivamente em grande procura nos cuidados de saúde e telemedicina, em particular. Na China, onde cerca de 70% dos pacientes têm de se deslocar ao centro a partir de províncias próximas para cuidados de saúde de qualidade, o 5G torna muito mais fácil a interação entre os pacientes com menos mobilidade e os médicos que os tratam.