Galeria Beltrão Coelho expõe obras da artista Mafalda D’Eça
A Galeria Beltrão Coelho irá inaugurar, no próximo dia 12 de janeiro, às 18h00, a exposição de arte “A Diferença”, uma amostra da retrospetiva da carreira da artista visual portuguesa Mafalda D’Eça.
A exposição é de acesso gratuito e estará patente até dia 27 de janeiro, contando com obras produzidas ao longo do percurso profissional na artista, como pinturas, colagens, peças em cerâmica, porcelana, vidro e madeira e outras peças elaboradas com recursos a diferentes técnicas, materiais, suportes e temas.
A artista expressa-se através da sua pintura, objetos de arte, instalações e é reconhecida com uma unidade cromática forte, única, abstrata e figurativa, as suas obras pretendem transportar o público para cenários reais ou imaginários de experiências vividas numa complexidade de mundos.
Através do trabalho criativo onde se pretende representar a cor, a artista utiliza as suas pinturas na produção de acessórios diversos, como joalharia, bijuteria com pedrarias e vestuário.
Segundo Edgardo Xavier, presidente da Associação Portuguesa de Críticos de Arte em Portugal, “a influência do real que se transforma, a presença de estímulos que implicam gestão permanente e a capacidade de trabalhar sem ideias preconcebidas respondem por uma originalidade digna de registo”.
"Para a autora, o mundo artístico não se esgota nos consensos documentais, temáticos ou estéticos e, antes, se prolonga na pesquisa que abarca novos métodos e diferentes materiais. Evoluindo ao sabor das necessidades e objetivos, adequando a intimidade e as escalas, a pintora entra num mercado fortemente competitivo para se fazer valer também no campo da moda, da decoração de interiores e da joalharia contemporânea. Mafalda D’Eça é um nome a fixar”, acrescenta.
Mafalda D’Eça é uma artista visual portuguesa que tem como fonte de inspiração os cosmos, a natureza e os animais e trabalha com diversas matérias-primas, como plásticos, vidro, madeira, pedra, cimento, luzes LED, latão, alumínio, barro ou porcelana.
Do mesmo modo, o seu trabalho é marcado pelo uso de diferentes texturas e relevos, onde se destacam cores vivas, transparências, texturas e colagens que vão desde a fotografia a objetos com conotações simbólicas e temáticas.
As suas obras aprofundam o gestualismo e enquadram-se na geometria abstrata que visa a libertação dos cânones artísticos. A artista, natural de Aveiro e diretora da sua própria galeria, já fez mais de 300 exposições individuais e coletivas, nacionais e internacionais, incluindo algumas exposições de solidariedade.
O trabalho da artista já foi distinguido com o “Prémio Inovação 2016”, da Galeria MAC, e com diversos reconhecimentos, como a menção honrosa no “Estoril Summer Fun”, a “Menção honrosa em Escultura”, na X Bienal no Salão das Artes da Vidigueira ou a “Menção honrosa, em escultura”, no Museu da Marinha, em 2021.
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