As rápidas transformações dos últimos anos alteraram a forma de trabalhar e a vida como sempre conhecemos. É evidente que a agilidade e a resiliência de cada organização assentam numa força de trabalho dotada de ferramentas que lhes permitem trabalhar com mais eficiência e flexibilidade do que nunca.
Para fazer um balanço do que os colaboradores sentem sobre as ferramentas de produtividade que utilizam e as que necessitam para ter sucesso no futuro, a Microsoft inquiriu 2.700 colaboradores e 1.800 decisores empresariais nos Estados Unidos, no Reino Unido e no Japão.
Os resultados do inquérito apontam para quatro princípios-chave que podem orientar os líderes empresariais em 2023:
1 - Capacitar as pessoas a terem uma voz ativa sobre novas iniciativas de transformação digital
87% dos colaboradores acreditam que a transformação digital é, atualmente, mais importante do que nunca, mas apenas metade (54%) afirmam ter participação nas decisões nesse processo. Os inquiridos afirmam que as suas equipas beneficiariam mais com soluções que os ajudassem a ser mais ágeis (84%), a tornar a informação mais acessível (86%) e a automatizar tarefas (86%).
Contudo, a tecnologia desatualizada e diferentes softwares utilizados por vários departamentos nas organizações criam silos que desafiam as pessoas a partilhar informação relacionada com os objetivos de transformação digital (72%) e as ferramentas existentes geram mais tarefas administrativas e trabalho repetitivo (74%).
Estas divergências apontam para uma lacuna entre o que a liderança e os departamentos de TI consideram ser investimentos prioritários em software e ferramentas empresariais versus as necessidades reais da força de trabalho. Enquanto 84% dos decisores empresariais afirmam que os projetos de transformação digital continuam a ser uma prioridade, 61% dos colaboradores afirmam que não são parte integrante desse processo e 70% afirmam que as políticas organizacionais limitam a sua capacidade de explorar ou implementar proactivamente soluções digitais.
O resultado é uma desconexão: as pessoas querem que estas novas iniciativas de transformação digital passem a ser lideradas por toda a organização, com 85% dos inquiridos a concordar que as pessoas, dos diferentes departamentos, devem estar envolvidas – não apenas TI ou liderança.
O que podem os líderes fazer:
- Envolver as pessoas nos investimentos empresariais digitais: criar um ciclo contínuo de feedback para inspirar a excelência.
- Acelerar a adoção de ferramentas de low-code para impulsionar a inovação e ajudar os colaboradores a adquirir novas competências.
O trabalho flexível veio para ficar. Dois terços (66%) dos colaboradores inquiridos têm a opção de trabalhar na empresa ou à distância, com praticamente todos (91%) a trabalhar à distância pelo menos um ou dois dias por semana. Tendo em conta este cenário, 85% dos colaboradores citam as ferramentas de colaboração como uma das partes mais necessárias na transformação digital da sua empresa.
No entanto, 59% dos colaboradores sentem que as ferramentas que utilizam para colaborar não se alinham com a forma como as suas equipas preferem trabalhar. De acordo com 64%, as ferramentas não se integram nos processos quotidianos, o que dificulta a colaboração entre equipas, e quase três em cada quatro (72%), gostariam que as ferramentas que utilizam para colaborar fossem compatíveis entre si.
Cerca de 9 em cada 10 inquiridos (86%) referiu a criação de uma plataforma ou portal único e centralizado onde as equipas pudessem colaborar de múltiplas formas como solução.
O que podem os líderes fazer:
- Considerar uma auditoria das atuais ferramentas de colaboração da sua organização para identificar lacunas e áreas a melhorar.
- Juntamente com os colaboradores, desenvolver KPIs para a ferramenta de colaboração ideal – uma lista de prioridades que reflita tanto as necessidades dos colaboradores como as da empresa.
- Centralizar e organizar recursos para que as pessoas utilizem dados consistentes e atuais para uma melhor eficiência e integração.
- Incorporar recursos de colaboração durante o fluxo de trabalho para que as pessoas trabalhem em conjunto de forma eficiente e acedam a informação contextual de outros sistemas.
Com projetos de TI em atraso ou subfinanciados, as ferramentas no-code e low-code ganharam maior destaque, permitindo às pessoas automatizar processos ou mesmo criar as suas próprias aplicações com poucos ou nenhuns conhecimentos de código. Mais de 3 em cada 4 inquiridos (77%) gostariam de ter mais acesso a ferramentas ou plataformas no-code e low-code para construir soluções digitais que os ajudem a alcançar os seus objetivos e 84% acreditam que a capacidade de criar aplicações personalizadas nas suas ferramentas de colaboração os ajudaria a colaborar eficazmente.
De facto, quase 9 em cada 10 pessoas com acesso a ferramentas de low-code afirmaram que estas ferramentas ajudam a organização a automatizar tarefas repetitivas ou de menor importância, reduzir custos, melhorar as capacidades analíticas, gerir melhor os dados e fomentar a inovação. No Low-Code Trend Report de 2022 da Microsoft, mais de 80% afirmou que as ferramentas low-code permitiu uma maior autonomia em tarefas que anteriormente teriam exigido uma equipa de programadores e quase metade (46%) dos decisores empresariais concordam que as ferramentas permitiram que os colaboradores desempenhassem um papel mais direto no processo de transformação digital da organização.
O que podem os líderes fazer:
- Desenvolver uma agenda de aprendizagem para a liderança em ferramentas low-code/no-code para encorajar uma adoção mais ampla destas ferramentas.
- Criar um centro de excelência para proporcionar formação e capacitação em ferramentas de code/no-code.
À medida que as pessoas procuram melhores formas de serem mais colaborativas em todos os aspetos do seu trabalho, não surpreende que queiram acabar com as tarefas repetitivas. Quase 9 em cada 10 dos inquiridos (85%) querem mais recursos de automatização integrados com ferramentas de colaboração, o que, na sua opinião, os ajudaria a despender mais tempo no trabalho que realmente importa.
No entanto, apesar destes tipos de benefícios não serem aproveitados por quase um terço (30%) dos colaboradores, para aqueles que têm acesso à automatização e às ferramentas alimentadas por IA, a grande maioria (89%) sente-se mais realizada porque pode dedicar tempo ao trabalho que realmente importa. Também concordam que ter a capacidade de automatizar tarefas os ajuda a trabalhar mais facilmente com outras equipas (88%) e confiam nas funcionalidades de inteligência artificial para melhorar a resolução de problemas (54%).
O que podem os líderes fazer:
- Avaliar as capacidades digitais da sua empresa para determinar onde a IA e a automatização podem melhorar os processos empresariais.
- Tomar medidas para consolidar dados anteriormente armazenados em silos, capacitando as equipas a aceder facilmente e partilhar informação, ganhar conhecimentos e impulsionar a ação empresarial.
- Explorar ferramentas alimentadas por IA como Microsoft Dynamics 365 ou Power Automate para a automatização de tarefas de gestão.
O guia “Four Ways Leaders Can Empower People for How Work Gets Done” está disponível gratuitamente no site da Microsoft Worklab e é projetado para atender líderes de todos os níveis, desde pequenos empresários até executivos de empresas globais.
Para mais informações, aceda aqui.
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