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Mais de 80% dos jovens com ensino secundário seguem para o ensino superior em universidades ou politécnicos

Mais de 80% dos jovens com ensino secundário seguem para o ensino superior em universidades ou politécnicos
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 “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no  secundário?” da Fundação José Neves apoia os jovens e as  famílias portuguesas na escolha do curso científico-humanístico 

Mais de 80% dos jovens com ensino secundário  seguem para o ensino superior em universidades  ou politécnicos 

Quando o 9.º ano termina podem surgir várias dúvidas sobre o caminho a  seguir. Qual será a melhor opção? Enveredar pelo ensino secundário geral,  constituído pelos cursos científico-humanísticos, ou por um curso  profissional? E se a escolha for o ensino secundário geral, qual a área mais  indicada? Há, na verdade, diferenças entre as duas vias de ensino e uma das  principais é que o científico-humanístico está mais vocacionado para quem  quer avançar depois para o ensino superior. Os dados revelam, aliás, que  83% dos jovens que optaram pelo ensino secundário geral prosseguiram os  seus estudos para universidades ou politécnicos. 

O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?” da Fundação José Neves orienta a tomada de decisão após a conclusão do  ensino básico, ajudando a fazer escolhas informadas. Apresenta as opções  que estão à disposição dos alunos, salienta as diferenças entre os dois tipos  de ensino (científico-humanístico e profissional) e as quatro áreas do ensino  secundário geral e a sua relação com cursos superiores e empregabilidade. 

Uma das informações disponibilizadas pelo Guia é que quase dois terços dos  jovens portugueses optam pela vertente científico-humanística do ensino  secundário, em detrimento da via profissional. Os dados relativos ao ano  letivo 2020/2021 demonstram que, dos 308.595 jovens matriculados no  secundário, 199.010 frequentavam este tipo de ensino, o que equivale a 64%  do total. 

Relativamente às áreas mais escolhidas, das quatro disponíveis no ensino  secundário geral, a de Ciências e Tecnologias é a opção de mais de metade  dos alunos (51,2%). Seguem-se Línguas e Humanidades (27,7%), Ciências  Socioeconómicas (13,3%) e Artes Visuais (6,3%).

O Guia assinala também que os alunos que prosseguem e completam o  ensino superior têm vantagens salariais e maior facilidade em encontrar  emprego comparativamente com quem opta por não prosseguir os estudos:  em média, os salários são 42% mais elevados e a taxa de empregabilidade é  superior em 10%. 

“A chegada ao secundário pode ser encarada como um momento decisivo na  carreira académica dos jovens portugueses. Obter a melhor informação  sobre as opções existentes é fundamental para uma escolha consciente. A  consulta deste guia permite quer a estudantes quer a pais o acesso a informação relevante para a melhor e mais adequada decisão sobre uma de  duas vias, a científico-humanística e a profissional, com dados sobre o  impacto das mesmas no curto e no longo prazo”, salienta Carlos Oliveira,  Presidente Executivo da Fundação José Neves. 

A Fundação José Neves deixa neste Guia sete recomendações para ajudar  os alunos a decidir de forma consciente: 

  • Procurar informação que oriente a torne realidade os objetivos. _ Não dramatizar a decisão, pois nada é irreversível. 
  • Refletir sobre as disciplinas escolares e atividades mais apreciadas. 
  • Conhecer as opções disponíveis e os caminhos educativos e profissionais a  que cada opção leva. 
  • Pedir conselhos, mas pensar pela própria cabeça.
  • Aproveitar o ensino secundário para explorar novas atividades. 
  • Considerar investir no ensino superior. 

Independentemente da escolha, o Guia ressalva que haverá sempre  oportunidades para mudar de caminho ou de área. As mudanças são vistas  como um processo normal, devido aos rápidos avanços da tecnologia e das  alterações das tendências do mercado de trabalho. 

Contudo, é recomendado que os alunos resistam à tentação de optar por  vias que pareçam ser mais fáceis, evitando condicionar a sua escolha por  disciplinas de que não gostam ou em que tiveram uma má nota, resolver a  sua indecisão com uma escolha ao acaso ou deixando outros decidir por si. 

O “Guia para pais e filhos: como escolher a área de estudos no secundário?”  pode ser consultado na íntegra ou descarregado através do link https://joseneves.org/guia/guia-para-pais-e-jovens-como-escolher-a-area de-estudos-no-secundario.

Se a via do ensino secundário geral oferece benefícios relativamente ao  ensino profissional, o contrário também se verifica, tendo em conta que o  segundo concede vantagens na fase inicial da vida profissional. A via  profissionalizante, que inclui vários cursos que preparam os alunos para o  exercício de uma profissão, possibilita uma rápida entrada no mercado de  trabalho. Em 2020, 46% dos jovens que concluíram este tipo de cursos  estavam a trabalhar 14 meses depois e 18% procuraram ativamente  trabalho. Uma grande discrepância comparativamente com os estudantes  que completaram cursos científico-humanísticos, entre os quais 6% estava a  trabalhar e 5% à procura de trabalho ao fim de um ano e dois meses. O Guia  sobre o ensino profissional: uma escolha com futuro da Fundação José Neves possui informação mais detalhada acerca dos cursos profissionais. 

Sendo considerado uma excelente fonte de informação para apoiar os alunos  na tomada de decisões, os Guias da Fundação José Neves podem ser  complementados com uma visita à plataforma Brighter Future da Fundação  José Neves. Esta ferramenta disponibiliza informação de qualidade para  escolher um futuro baseado em factos / tomar decisões sobre percursos  educativos e profissionais de forma consciente e informada 


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