Voaria num avião sem manutenção qualificada?
Dia Internacional do Técnico de Manutenção de Aeronaves
Amanhã, 24 de maio, comemora-se o Dia Internacional do Técnico de Manutenção de Aeronaves e a questão que se impõe é se nos sentiríamos seguros a voar num avião e se soubéssemos que não tinha sido feita a devida manutenção. É este o mote que o Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) quer transmitir à população e, para tal, vai estar amanhã no aeroporto em Lisboa em uma ação de sensibilização sobre a sua profissão.
Amanhã, no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, na zona das partidas, os Técnicos de Manutenção de Aeronaves (TMA) vestem-se a rigor e, entre as 07h e as 11h30 irão distribuir panfletos informativos aos passageiros e elucidar sobre a importância da sua profissão na segurança da aviação. Os mecânicos dos aviões são uma profissão escondida por entre os motores e as asas, que normalmente não vimos, mas que, para efeitos de segurança aeronáutica, não se pode prescindir.
A sua importância é tão grande que, um TMA demora, em média, dez anos a formar-se em pleno na sua atividade o que, naturalmente, a sua retenção é fundamental para as companhias aéreas. Outra curiosidade é que uma aeronave não precisa de manutenção apenas quando tem uma avaria, mas sim diariamente, de forma preventiva ou corretiva, 24 horas por dia e só os TMA podem certificar que esteja apta ou não para o voo.
Nesta manutenção estão incluídas não só as aeronaves como os motores e seus componentes.
“Esta ação de sensibilização no aeroporto visa chamar a atenção para uma classe profissional muito importante na aviação comercial que cuida efetivamente da segurança dos passageiros, invisíveis aos olhos, mas omnipresentes em toda a operação de voo, refere Jorge Alves, presidente do Sindicato Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA).
“Sem TMA não há aviação” é outro dos slogans que o SITEMA quer dar a conhecer, uma vez que a escassez de técnicos e a fuga de talentos para fora do país não são exceção e vê muitos dos seus colegas a terem de emigrar (mais de três centenas), depois de tantos anos a lutarem por melhores condições salariais. Este é o cenário que a direção do SITEMA tenta alterar ao fazer com que os passageiros façam parte da equação e “olhem para esta classe profissional respeitosamente”.
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