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Excesso de confiança online torna crianças suscetíveis ao cibercrime

Excesso de confiança online torna crianças suscetíveis ao cibercrime
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Excesso de confiança online torna crianças suscetíveis a cibercrimes

Nos últimos 10 anos, o acesso crescente à Internet foi acompanhado pela facilidade de aquisição de um dispositivo ligado, com um número cada vez maior de crianças a ter estes aparelhos. Estas estão cada vez mais expostas a riscos, não só de conteúdos nocivos, mas, também, de burlões. Um estudo recente da Kaspersky alerta para o facto de o excesso de confiança tornar as crianças altamente vulneráveis a cibercrimes.

De acordo com o estudo da empresa de cibersegurança, 26% das crianças inquiridas, com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos, afirmaram ter sido vítimas de phishing, e 35% revelarem ter sido visadas pelo menos uma vez por mês ou mais.

Mais alarmante ainda é o facto de as crianças que dizem ter conhecimentos sobre segurança online serem as mais suscetíveis às burlas. Destas, 39% foram vítimas de phishing, em comparação com apenas 11% dos inquiridos que afirmaram não ter conhecimentos de cibersegurança.

Estes resultados apontam para um excesso de confiança nas crianças no que respeita à segurança online, sendo que é esta confiança que as coloca em risco sempre que estão ligadas.

Mais de metade (55%) das crianças admitiu utilizar informações pessoais, como o seu nome, data de nascimento ou localização, nas redes sociais, e 54% afirmaram ter respondido a questionários que pediam detalhes como o nome do seu animal de estimação, de uma rua ou do seu programa de televisão favorito. Valores que revelam um problema crescente de partilha excessiva entre as gerações mais novas, sendo que, quanto mais partilham e confiam, maior é a probabilidade de serem vítimas de cibercrimes.

As crianças inquiridas também admitiram que estariam mais inclinadas a abrir uma hiperligação numa mensagem do WhatsApp (30%) do que numa mensagem de texto (11%).

O estudo revelou, ainda, que apenas 42% dos adultos inquiridos afirmaram ter ajudado os seus filhos ou a geração mais jovem a identificar esquemas de phishing. Na verdade, 40% dos adultos inquiridos indicaram não ter conhecimentos sobre segurança online, com quase um quinto (19%) a admitir que também já foi vítima de um esquema de phishing.

"Não é segredo que as crianças de hoje são nativos digitais, nascidos num mundo tecnológico sem qualquer compreensão de um mundo pré-conetividade. É fantástico ver que o seu conhecimento das ameaças e dos perigos online é elevado, bem como a sua vontade de os combater. No entanto, temos de nos lembrar que as crianças são exatamente isso, crianças. As suas experiências e compreensão do mundo ainda não estão totalmente formadas e, como tal, é importante ter em mente que devemos apoiar o seu conhecimento tecnológico com o benefício da nossa experiência e sabedoria da vida real. Só assim estarão bem posicionados para ultrapassar os perigos online”, afirmou David Emm, Investigador Principal de Segurança Equipa de Análise e Pesquisa Global, Kaspersky.

“A segurança online exige um conhecimento técnico combinado com uma compreensão da natureza humana e dos potenciais perigos que daí podem advir, pelo que continua a ser importante continuarmos a educar os jovens na escola e em casa sobre o mundo, real e cibernético, para que tenham o conjunto completo de ferramentas para se manterem seguros”, concluiu o investigador.

Para que tanto as crianças como os adultos se mantenham protegidos das diferentes técnicas de phishing, a Kaspersky recomenda que as famílias implementem as seguintes medidas:

· Tempo livre de ecrã. Os especialistas recomendam gerir a utilização dos dispositivos limitando o tempo de ecrã. Por exemplo, tanto os adultos como as crianças devem deixar de os utilizar durante as refeições ou algumas horas antes de se deitarem.

· Estabelecer regras. É necessário ensinar às crianças as regras do mundo online e dar-lhes um conjunto de ferramentas para as ajudar a identificar e a proteger-se de ameaças, assim como incentivar a utilização de termos respeitosos quando se dirigem a outros utilizadores, a fim de impedir o ciberbullying.

· Participar em atividades online. É importante estar com os seus filhos quando eles estão a utilizar dispositivos ligados à Internet para ver como se estão a sair, dar-lhes conselhos e trocar opiniões. Uma boa ideia pode ser perguntar-lhes o que pensam sobre o que estão a ver online ou se acham que é perigoso.

· Tenha formação em cibersegurança para que possa transmitir estes conhecimentos aos seus filhos de uma forma divertida e educativa.

· Utilizar soluções de segurança com tecnologia anti-phishing e centradas nas crianças, como o Kaspersky Safe Kids.

Pode aceder ao relatório aqui.
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