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Quase 80% dos profissionais de tecnologia já tiveram burnout

Quase 80% dos profissionais de tecnologia já tiveram burnout
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Estudo Teamlyzer
Quase 80% dos profissionais de TI já tiveram burnout

E 57% das empresas tecnológicas não tem conhecimento que algum dos seus colaboradores passou por essa situação
O Teamlyzer, plataforma online de reviews de empresas na área das TI, realizou um estudo sobre burnout profissional, com o intuito de alertar as empresas para esta realidade e lhes dar ferramentas para prevenir e ajudar a gerir a doença junto dos seus colaboradores.

De acordo com o inquérito realizado à comunidade tecnológica no Teamlyzer, 79,9% dos profissionais inquiridos já passou por uma situação de burnout. O elevado volume de trabalho e a falta de sono e de tempo livre são apontados como as causas mais relevantes para se chegar ao estado de esgotamento. Também a falta de clareza nas funções e objetivos profissionais a atingir é referido como um fator de bastante importância.

57% das empresas não chegou a saber que algum dos seus funcionários passou pela situação de burnout e mesmo tendo tomado conhecimento, a maioria dos inquiridos (71,7%) refere que a sua empresa não ofereceu qualquer tipo de apoio. Por outro lado, dias de férias, ajuda médica e a tentativa de tornar a carga de trabalho mais leve para o profissional foram as iniciativas mais comuns dadas pelas empresas (28,3%) que apoiaram à superação da doença.

Promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional foi a resposta mais comum para o que as empresas podem fazer para ajudar a ultrapassar a doença. Opções também consideradas relevantes ou muito relevantes, mas sem resultados tão expressivos, foram “encorajar hábitos de vida saudáveis” e “melhorar a comunicação interna”. Uma boa chefia com forte empatia e inteligência emocional, que seja capaz de gerir conflitos em oposição a criá-los, bem como melhorar a comunicação interna foram outras sugestões apontadas.

O inquérito permitiu também perceber que o burnout profissional é um problema transversal às organizações, independentemente do setor e da sua dimensão. Consultoria e outsourcing (38,1%), software house e internet (24,6%) e tecnologia de informação (11,2%) destacam-se como os setores onde mais respondentes que tiveram a doença trabalham. Outras áreas de atividade: Banca e Serviços Financeiros (8,2%); Indústria e Serviços (6,7%); Telecomunicações e Eletrotécnica (5,2%); Ciência e Investigação (3%); Publicidade, Multimédia e Videojogos (2,2%); e Hardware & Produtos Eletrónicos (0,7%).

“O burnout é um problema real e muito presente na indústria tecnológica, onde talvez por vergonha ou estigma, quem passa pela doença ainda a omite. É importante os RH, líderes de equipa, outros responsáveis e colegas estarem atentos e adotarem estratégias para evitar que os colaboradores cheguem a esse estado de exaustão mental, físico e emocional. De forma a conseguir intervir, a identificação destes casos é o primeiro passo, e alguns sinais são o cansaço frequente, desmotivação, ansiedade, redução de produtividade e sentirem-se sobrecarregados”, defende Rui Miranda, CEO do Teamlyzer.

Sobre o estudo:

Realizado em agosto de 2022, este estudo resulta de um inquérito do Teamlyzer à sua comunidade, com uma amostra de cerca de 150 inquiridos.
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