Saúde Mental na Web: cinco práticas para criar experiências saudáveis nas plataformas digitais
Escola tecnológica Ironhack explica como a experiência do utilizador de websites e redes sociais pode elevar a positividade e mitigar riscos
No mundo digital em constante expansão, onde websites e redes sociais desempenham papéis centrais nas nossas vidas, a relação entre a experiência do utilizador (UX), o design de interface (UI) e a saúde mental tornou-se um ponto de interesse crescente. Neste sentido, as práticas de UX/UI Design que definem a forma como um website é apresentado não só moldam a forma como interagimos com produtos digitais, como também podem ter um impacto profundo no equilíbrio emocional.
Assim, a escola de formação tecnológica Ironhack apresenta cinco formas de como os websites e as redes sociais podem ajudar a mitigar reações negativas na saúde mental dos utilizadores, graças a práticas de UX/UI Design:
- Facilitação da interação: A simplicidade é a chave para uma experiência digital positiva. Ao simplificar as interações entre o utilizador e o produto, os designers podem reduzir a sobrecarga cognitiva e a frustração. Isto não torna apenas a experiência mais agradável, mas também diminui os níveis de stress associados a interfaces complicadas.
- Feedback claro e imediato: A ansiedade e a incerteza muitas vezes surgem quando os utilizadores não têm certeza se sua ação foi bem-sucedida. Fornecer feedback claro e imediato após uma ação do utilizador num website ou aplicação, por exemplo quando fazemos compras online, o website ter uma configuração automática que confirme que a ação foi concluída com sucesso. Isto ajuda a reduzir os sentimentos negativos, aumentando a confiança e a sensação de controlo.
- Design inclusivo e acessível: Ao considerar a diversidade de utilizadores nas suas criações, os designers podem criar produtos digitais que sejam acessíveis a todos, independentemente das suas competências tecnológicas. Isto não só melhora a experiência de todos os utilizadores, mas também promove um ambiente digital mais inclusivo e positivo.
- Personalização e relevância do conteúdo: Produtos digitais que oferecem conteúdo personalizado e relevante podem aumentar a satisfação do utilizador e a sua ligação com a plataforma. Ao sentir-se valorizado e compreendido, o utilizador fica mais direcionado a experienciar sentimentos positivos, reforçando assim a sua saúde mental.
- Design orientado para a empatia: É essencial para um designer compreender as necessidades, emoções e perspetivas dos utilizadores. Os designers que dão prioridade à empatia, criando interações significativas, em vez notificações excessivas e scrolls infinitos que levam a comportamentos compulsivos, têm mais probabilidades de fazer com que os utilizadores se identifiquem a um nível mais profundo, levando a respostas emocionais mais positivas e a uma sensação de serem compreendidos.
“De modo geral, a ausência destas boas práticas pode criar experiências mais stressantes e levar à ansiedade em alguns utilizadores. Por isso, enquanto UX/UI Designer temos também a responsabilidade de pensar e atuar sobre as consequências, deliberadas ou não, que os nossos produtos têm no bem-estar psicológico dos nossos utilizadores. Em última análise, o papel dos designers de UX/UI vai muito para além da estética e funcionalidade, desempenhando um papel crucial na promoção de experiências digitais mais saudáveis. Além disso, esta preocupação com a saúde mental na internet tem também feito com que a indústria de apps de wellness se tenha expandido rapidamente, facilitando o acesso a informação sobre o tema, a comunidades de apoio e até a sessões de terapia. Isto é especialmente pertinente para utilizadores que por razões económicas, sociais ou de mobilidade possam não ter acesso a este tipo de serviços. Como tal é essencial não só criar boas experiências online, mas também proporcionar ferramentas que os utilizadores possam usar para complementar ou implementar práticas de bem-estar nas mais diversas áreas”, afirma Rita Martins, UX/UI Design Lead Teacher da Ironhack Portugal.
Desde a sua chegada a Portugal em 2019, a escola tecnológica Ironhack tem-se dedicado a preparar a próxima geração de criadores digitais. Desta forma, disponibiliza cursos em várias áreas da tecnologia, nomeadamente em UX/UI Design, através do qual já formou mais de 230 alunos, muitos deles provenientes das áreas de psicologia e antropologia. As candidaturas para o bootcamp de UX/UI Design já estão abertas para o formato part-time que começa a 3 de outubro e para o formato full-time que começa a 4 de setembro.
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