Gestão de dados é uma prioridade para 87% dos líderes de empresas que querem implementar Inteligência Artificial
A Salesforce (NYSE: CRM), CRM de Inteligência Artificial (IA), acaba de lançar o relatório State of Data & Analytics, construído com base num inquérito a mais de 10.000 profissionais do setor em 18 países. A conclusão é clara e 87% dos entrevistados afirmam que os avanços na Inteligência Artificial (IA) fazem da gestão de dados uma prioridade ainda maior.
A segurança e a fiabilidade dos dados já são características vistas como essenciais há muito tempo, para o sucesso das iniciativas das empresas. Mas os rápidos avanços na IA tornaram estes elementos ainda mais importantes.
Quase nove em cada dez (87%) dos analistas de dados e profissionais de TI concordam: os avanços na IA tornam a gestão de dados numa prioridade. Para enfrentar estes desafios, os especialistas na área estão a concentrar-se na melhoria do governance em torno dos dados e na criação de uma cultura de dados para enfrentar os desafios do momento.
Confiança e gestão de dados no centro dos avanços em IA
As empresas hoje estão focadas em aproveitar a IA generativa para melhorarem a produtividade, a eficiência e aumentarem as suas receitas. Uma pesquisa recente da Salesforce revela que os primeiros utilizadores já estão a ver resultados, incluindo tempos mais rápidos na resolução de atendimentos ao cliente, e aumentos de vendas. Assim, não é de admirar que os líderes empresariais temam ficar para trás, com 77% a confirmar esta preocupação.
Mas para tirar maior partido da IA, os dados devem estar em ordem. Capacitar uma IA eficaz – generativa ou não – requer entradas de dados seguras e confiáveis. Na verdade, 92% dos inquiridos afirmam que a necessidade de dados confiáveis é maior do que nunca.
As equipas mais próximas dos dados têm maior confiança na precisão dos mesmos. No entanto, mesmo estas têm muito espaço para melhoria: apenas 57% dos líderes de dados participantes no estudo estão totalmente confiantes nos seus dados. Os departamentos de linhas de negócios, como marketing, vendas e serviços, são ainda mais céticos, com uma média de 43% a confiar totalmente nos seus dados.
Fiabilidade é prejudicada pelas ameaças à segurança e pouca harmonização dos dados
Embora a falta de confiança seja a principal razão da luta das empresas para a utilização de dados para sustentar soluções baseadas em IA, o principal desafio entre os inquiridos é a ameaça à segurança da informação.
As crescentes preocupações com a cibersegurança são agravadas por outro fator importante: os dados organizacionais estão a aumentar, tanto em volume como em complexidade, expandindo a superfície de ameaças e tornando mais difícil trabalhá-los.
Mais de dois terços (68%) das equipas de análise e TI preveem que os volumes de dados vão aumentar substancialmente nos próximos 12 meses. Em média, os líderes técnicos esperam um crescimento de cerca de 20% numa variedade de fontes, incluindo dados próprios, dados de terceiros e dados de dispositivos.
O aumento da complexidade é mais do que uma consideração de segurança: é um desafio técnico. Depois das ameaças à segurança, os líderes analíticos e de TI citam a falta de harmonização de dados como a maior barreira para extrair valor das suas fontes de dados. Os efeitos posteriores de dados díspares e isolados preocupam os líderes empresariais, que citam volumes de dados esmagadores e a falta de uma única fonte de verdade como as principais barreiras para aproveitarem os seus próprios dados.
Governance e cultura próprios são essenciais para aproveitar os dados de forma eficaz
Governance de dados é uma parte fundamental para o sucesso da IA – ou seja, o conjunto de regras ou políticas através das quais as informações são recolhidas, geridas, armazenadas, medidas e comunicadas dentro de uma organização.
Ao estabelecer parâmetros claros para acesso, privacidade, segurança e retenção de dados, as empresas experientes aproveitam o governance de dados para garantirem a qualidade, democratizarem o acesso e protegerem a privacidade. Um governance de dados eficaz pode fornecer clareza sobre questões-chave como a precisão dos dados (por exemplo, os dados estão corretos e sem discrepâncias?), integridade (estou a obter a imagem completa?), fiabilidade (os dados são consistentes e confiáveis ao longo do tempo e em todos os contextos?) e relevância (os dados fornecem o insight de que preciso?).
A grande maioria dos líderes analíticos e de TI entrevistados usa o governance de dados como uma ferramenta para garantir e certificar a qualidade básica dos dados (85%), uma estrutura para inspirar confiança nos dados (84%) e uma forma eficaz de democratizar o acesso aos dados (81%).
É claro que melhorar a confiança nos dados é mais do que uma solução técnica; promover uma forte cultura de dados — criando uma mentalidade e uma prática em torno do valor de ser uma empresa orientada por dados — é fundamental para impulsionar a confiança e a adoção. O relatório identificou ainda que as empresas orientadas por dados têm melhor desempenho em quase todas as métricas. Mais de 7 em cada 10 empresas estão a aumentar os orçamentos para ferramentas de análise de dados e treino.
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