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O Aparecimento da Cibersegurança: 5 Acontecimentos que marcaram a história

O Aparecimento da Cibersegurança: 5 Acontecimentos que marcaram a história
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O Aparecimento da Cibersegurança: 5 Acontecimentos que marcaram a história

· Desde a criação da Internet em 1969, tem-se registado um desenvolvimento rápido e progressivo do malware. O aparecimento da Inteligência Artificial transformou estas ameaças, que se estão a tornar cada vez mais sofisticadas e eficazes.

Grace Hooper, a mãe da programação moderna, nasceu a 9 de dezembro de 1906. Todos os anos, neste dia, comemoramos não só os grandes avanços da informática, mas também o desenvolvimento necessário da cibersegurança.

A Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), fornecedor líder de soluções de cibersegurança a nível mundial, decidiu fazer uma revisão histórica dos acontecimentos de TI e cibersegurança para assinalar o 30º aniversário organização, que se comemorou este ano. Desde o nascimento da Internet até à ascensão da Inteligência Artificial, a cibersegurança tem vindo a adaptar-se aos novos requisitos de TI e a aplicar novas tecnologias para combater sempre os ciberataques.

Os primórdios da cibersegurança

A cibersegurança nasceu quando os primeiros computadores foram capazes de se ligar em rede e transferir informações entre si. Isto só aconteceu na década de 1950, quando foram desenvolvidas as primeiras redes de computadores e modems, e só na década de 1960 é que a cibersegurança começou a tomar a forma que tem atualmente. A criação da Internet ocorreu em 1969, quando a Agência de Projectos de Investigação Avançada (ARPA) do Pentágono conseguiu enviar uma mensagem da Universidade da Califórnia para o Centro de Investigação de Stanford. Este acontecimento marcou o nascimento do ciberespaço e, com ele, começaram também a ser lançadas as bases da cibersegurança.

1990: O aparecimento do malware

Em 1971, o investigador Bob Thomas desenvolveu o primeiro vírus chamado Creeper. Este malware movia-se através da ARPANET (como seria chamada esta primeira rede) e enviava uma mensagem aos dispositivos infetados que dizia: "Eu sou o Creeper, apanhem-me se conseguirem". Em resposta, Ray Tomlinson, o criador do correio eletrónico, desenvolveu um programa chamado Reaper que tentava localizar e eliminar os creepers. A ideia de cibersegurança começaria nesta altura e o programa desenvolvido por Ray Tomlinson seria considerado o primeiro antivírus. A década de 1980 assistiu a um boom de malware, que se multiplicou exponencialmente. Na altura, eram sobretudo irritantes porque emitiam mensagens em cadeia, mas ainda não havia vontade de ganhar dinheiro com essas práticas. Em resposta, em 1987, John McAfee fundou a McAfee e lançou o software VirusScan e assim os antivírus começaram a existir comercialmente.

O verdadeiro Y2K: Loveletter

O novo milénio começou com o medo gerado pelo problema do Y2K. Temia-se que, com a mudança de milénio, todas as datas estivessem erradas e que isso provocasse falhas e prejuízos graves em todos os países. Houve, de facto, graves prejuízos e desconfigurações na passagem do milénio, mas o que esta situação realmente nos dizia era que a sociedade estava a ficar dependente da tecnologia. Na altura, não havia consciência dos danos reais que podiam ser causados através da rede. Esta situação viria a mudar com o famoso vírus de phishing Loveletter, também conhecido como "I love you", que se propagou em apenas cinco horas por computadores na Ásia, Europa e América. Este vírus gerou prejuízos económicos avaliados em 10 mil milhões de euros.

Foi o primeiro caso de phishing: os utilizadores recebiam uma mensagem de correio eletrónico com o assunto "Amo-te" e, em anexo, um ficheiro "LOVE-LETTER-FOR-YOU.TXT.vbs". Quando aberto, o vírus era executado automaticamente no computador e capturava todos os endereços de correio eletrónico da caixa de entrada para continuar a propagar-se, tornando todos os ficheiros do PC maliciosos. Numerosos grupos governamentais foram também afetados por este vírus, aumentando a sensibilização para a importância da cibersegurança.

2010: WannaCry para esquecer

No início dos anos 2000, os ataques de ransomware começaram a surgir de forma cada vez mais sofisticada. Foi em 2017 que ocorreu o ciberataque conhecido como WannaCry: um ataque patrocinado pelo Estado que se espalhou internacionalmente. O WannaCry não fez uma grande diferença em termos de rentabilidade, uma vez que o resgate foi de apenas 300 dólares, mas marcou o início da utilização política do ransomware. Atualmente, é um risco importante devido aos métodos cada vez mais sofisticados que emprega e aos danos resultantes e graves perdas económicas que acarreta.

O futuro da IA está aqui (a partir de 2020)

Nos últimos anos, assistiu-se a um aumento da sofisticação dos ciberataques e dos ataques de ransomware, com o crescimento de novos vetores de ataque. Infelizmente, todos os especialistas do setor prevêem o inevitável aumento dos ciberataques e dos novos meios de phishing em todo o mundo, com as nossas empresas e sociedade interligadas. Os dados mais recentes da CPR mostram que, em Portugal, uma organização está a ser atacada, em média, 1003 vezes por semana nos últimos 6 meses.

A Inteligência Artificial está a marcar um ponto de viragem na evolução dos ciberataques, uma vez que este tipo de tecnologia permite que as ameaças sejam mais frequentes, mais rápidas e mais eficazes. Técnicas como o deepfake estão a conseguir fazer-se passar por identidades e empresas relevantes de forma fiável para roubar informações, os ataques de phishing estão a tornar-se mais convincentes e novas variantes de ransomware e malware estão a desenvolver-se rapidamente e de forma mais económica. À medida que as técnicas dos cibercriminosos progridem rapidamente, a cibersegurança também está a utilizar a IA para aperfeiçoar os seus métodos defensivos para acompanhar o ritmo.

"É chocante ver a velocidade a que desenvolvemos todo o complexo cibernético: desde a criação da Internet, à disseminação de malware cada vez mais complexo e ao consequente desenvolvimento da cibersegurança. Mas mais impressionante ainda é pensar no que está para vir", explica Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies em Portugal. "A Inteligência Artificial abriu uma nova porta na era tecnológica e está a gerar ameaças graves, mas também métodos de proteção sofisticados e avanços técnicos. Estamos apenas a assistir ao início de grandes mudanças no paradigma tecnológico e global."

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