Dashlane lança novo relatório anual sobre o estado de segurança das passwords pelo mundo. A Europa Meridional, onde se encontra Portugal, continua nos últimos lugares da tabela
A região que inclui Portugal destaca-se ainda pela negativa noutros indicadores, verificando-se, por exemplo, que mais de metade das passwords são reutilizadas (53%). Mas também há dados positivos, com o relatório a mostrar ligeiras melhorias a nível global no último ano no que diz respeito ao “Password Health Score”
A Dashlane - especialista em gestão de passwords e identidade digital, com escritório em Portugal - acaba de divulgar as conclusões do seu segundo relatório anual sobre o estado global de segurança das passwords.
A análise, com base em dados anónimos e agregados, considerou os hábitos de cibersegurança dos mais de 19 milhões de utilizadores e 22 mil organizações clientes da Dashlane, e demonstrou que houve ligeiras melhorias face ao ano passado, com a pontuação do “Password Health Score” a melhorar, em média, quase dois pontos em todas as regiões do mundo. No entanto, todas elas continuam a encaixar-se na categoria “necessita de melhoria”, correspondente a pontuações entre 60 a 90.
A região da Europa Meridional, onde se localiza Portugal, continua a ser uma das piores classificadas, com uma pontuação média de 73.5, ocupando a 10.ª posição em 14 lugares. Abaixo, apenas se encontram as regiões da Ásia Meridional - que conta com países como Filipinas, Vietname e Indonésia -, Médio Oriente & Ásia Central - com países como Turquia, Israel e Chipre -, África do Norte & Ocidental - com países como Marrocos, Guiné-Bissau e Angola - e, por fim, América do Norte - que contempla países como EUA e Canadá - no último lugar da tabela, com uma pontuação média de 70.9. A região que inclui Portugal - e também países como Itália e Espanha - destaca-se ainda pela negativa noutros indicadores, verificando-se, por exemplo, que mais de metade das passwords escolhidas são reutilizadas (53%).
Nos três primeiros lugares da tabela, com as melhores classificações, encontram-se as regiões da Europa Oriental (78.2) - onde se inserem países como Bulgária, Polónia e Ucrânia -, Europa Setentrional (76.1) - com países como Estónia, Finlândia e Noruega -, e Europa Ocidental (75.2) - que contempla países como Alemanha, França e Suíça.
No que diz respeito a passwords comprometidas, a região da América do Norte é a mais visada, com 17% de passwords nesta situação. Curiosamente, a região que figura no penúltimo lugar da tabela em termos de “Password Health Score” - África do Norte & Ocidental - é a que apresenta menos passwords comprometidas (9%). A Europa Meridional, onde se insere Portugal, tem 14% de passwords nestas circunstâncias.
A análise da Dashlane revela ainda que o utilizador médio tem 227 contas que requerem password e que, em média, a percentagem de reutilização de passwords é superior a 44% em todas as regiões, dado que continua a ser preocupante. Por outro lado, no último ano, verificou-se uma diminuição global na percentagem de utilização de passwords fracas, reutilizadas e comprometidas.
“É encorajador ver que as pessoas estão a reduzir o risco associado às suas vidas digitais, melhorando a segurança das suas passwords em geral. As melhorias graduais que estamos a ver podem ter um impacto enorme na redução do risco para as pessoas e para as empresas no que diz respeito a ciberataques”, realça John Bennett, CEO da Dashlane.
“À medida que as nossas vidas vão transitando para o online, a proliferação de passwords torna-se um problema cada vez mais significativo. Enquanto trabalhamos para substituir a password por uma opção mais segura e fácil de utilizar, como as passkeys, temos de continuar a concentrar-nos em fazer o básico, como garantir uma boa segurança das passwords, associada a uma forte autenticação multifator”, sublinha Donald Hasson, CPO da Dashlane.
O “Password Health Score”, ferramenta que permite aos utilizadores ter uma visão geral sobre os seus hábitos de cibersegurança, é calculado através do algoritmo único da Dashlane, que analisa indicadores como número de passwords fracas, comprometidas ou reutilizadas. As pontuações agora divulgadas pela tecnológica foram calculadas utilizando dados anónimos e agregados.
O relatório “Password Health Scores Around the World”, com toda a informação relevante sobre a pesquisa e métodos utilizados, pode ser consultado em https://www.dashlane.com/resources/global-password-health-2023
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