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Oeste é a primeira região a medir emissões de gases com efeito de estufa através do gémeo digital de inteligência territorial da NOVA IMS

Oeste é a primeira região a medir emissões de gases com efeito de estufa através do gémeo digital de inteligência territorial da NOVA IMS
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 Oeste é a primeira região a medir emissões de gases com  efeito de estufa através do gémeo digital de inteligência  territorial da NOVA IMS 

 


No âmbito do projeto Smart Region, concebido pelo NOVA Cidade - Urban Analytics Lab da NOVA  Information Management School (NOVA IMS) e materializado na Comunidade Intermunicipal do  Oeste, esta região é e primeira a nível nacional a contar com um gémeo digital de inteligência  territorial que permite medir a emissão de gases com efeito de estufa (GEE) em todo o território.  Uma tecnologia que marca um novo paradigma de planeamento e gestão territorial com base em  dados e que representa uma primeira solução à escala regional para dar resposta à Lei de Bases do  Clima. 

O Oeste Smart Region, gémeo digital criado pela NOVA IMS, é uma plataforma analítica integrada de  inteligência territorial que oferece capacidades de recolha, armazenamento, processamento e  análise de dados, disponibilizando capacidades analíticas nas vertentes descritiva, preditiva e  prescritiva. Entre as múltiplas valências que disponibiliza foi agora adicionada a medição de gases  com efeito de estufa. 

“A Lei de Bases do Clima, adotada em 2021, reconhece e estabelece um conjunto de obrigações  relativas à necessidade de desenvolver novos instrumentos que suportem o Policy Cycle, desde a  agenda, formulação, implementação e avaliação da política climática à escala local e regional. Assim  sendo, é crucial que os governos locais e intermunicipais tenham um padrão de referência para  medir e reportar as suas emissões, mas também para identificar e desenhar as formas mais eficazes  de mitigar as mesmas. O projeto Smart Region, único à escala nacional, é uma preciosa ferramenta  de auxílio para a Comunidade Intermunicipal do Oeste e para cada um dos seus 12 municípios  poderem, com base em dados, monitorizarem o seu desempenho e desenharem as melhores  estratégias para agirem de uma forma eficaz a todos os níveis”, assinala Miguel de Castro Neto,  Diretor da NOVA IMS. 

Para Pedro Folgado, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Oeste, “sendo para o Oeste a  sustentabilidade um dos seus eixos estratégicos, onde se inclui a ambição de alcançarmos a  neutralidade carbónica o mais rapidamente possível, esta nova valência do gémeo digital Oeste  Smart Region é instrumental para nos apoiar nos diferentes estágios do ciclo da politica pública,  nomeadamente no desenho de programas e intervenções públicas necessárias para alcançar os  objetivos estabelecidos com base em dados objetivos e com elevada granularidade espacial e  temporal”. 

A contabilização foi efetuada adotando o Protocolo Global para Inventários de Emissões de Gases do  Efeito Estufa de Escala Comunitária (GPC), desenvolvido numa parceria entre o World Resources  Institute, o C40 Cities Climate Leadership Group e o ICLEI – Local Governments for Sustainability com  o propósito de criar um protocolo padrão para medição das emissões de gases com efeito de estufa  para cidades e governos locais. Com base nesta metodologia e sua integração no Oeste Smart Region foi possível contabilizar as emissões dos 12 municípios e da região no seu todo, permitindo  ainda fazer benchmarking entre os mesmos e partilhar boas práticas, bem como conhecer a  proveniência dos mesmos distribuídas por cinco sectores: Energia; Transportes; Resíduos; Processos  industriais e uso de produtos; e Agricultura/Floresta/Uso do solo. 

Além disso, o protocolo GPC estabelece um modelo de inventário de emissões onde são classificadas  em três âmbitos, com base na dimensão territorial das mesmas, o que permite identificar fontes de  emissão dentro e fora dos limites territoriais considerados, o que é essencial para o estabelecimento  de planos de mitigação mais eficazes. Alguns exemplos são as fontes de produção de energia  localizadas fora dos limites territoriais que fornecem energia às cidades ou regiões, ou as emissões  provenientes de aterros de resíduos localizados fora dos limites geográficos, mas que ocorrem como  resultado de atividades dentro dos limites.  

Estes enquadramentos permitem uma análise mais diferenciada das emissões de GEE para a região  CIM Oeste: se forem consideradas apenas as emissões de GEE que ocorreram dentro dos limites  geográficos, as emissões aumentaram 2% entre 2016 e 2020. Se forem consideradas as emissões de  GEE que estão relacionadas com atividades localizadas dentro dos limites da região, incluindo a  produção de eletricidade para satisfazer o consumo dos municípios, mas ocorrendo fora dos seus  limites, verifica-se uma evolução positiva e uma redução de 12% no mesmo período temporal. 

A ferramenta não é apenas um agregador de emissões com base na sua ocorrência. É uma  ferramenta de avaliação de impacto para identificar os pontos críticos de emissões de GEE e a sua  evolução ao longo do tempo ao nível municipal e regional. Em última análise, ajuda a adotar  medidas eficazes para mitigar as alterações climáticas e tornar esses esforços visíveis e orientados  por dados. 

O gémeo digital Oeste Smart Region gera a partir de agora novos insights que permitem aos  decisores da Oeste CIM tomar decisões mais informadas e desenvolver novas políticas para  combater e mitigar as alterações climáticas com base em factos.  


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