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TRABALHO TEMPORÁRIO RECUPERA +1,4% EM 2023 FACE A 2021, MAS RECUA -5,5% COMPARATIVAMENTE A 2022

TRABALHO TEMPORÁRIO RECUPERA +1,4% EM 2023 FACE A 2021, MAS RECUA -5,5% COMPARATIVAMENTE A 2022
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 TRABALHO TEMPORÁRIO RECUPERA +1,4% EM 2023 FACE A 2021, MAS RECUA -5,5% COMPARATIVAMENTE A 2022 

Em 2023 houve um total de 393.598 colocações de trabalho temporário, o que representa um crescimento global de +1,4% em comparação com 2021, quando se registaram 388.235 contratações anuais. Apesar deste aumento, verifica-se um decréscimo de -5,5% em relação a 2022 (416.419 contratações anuais).  Relativamente ao índice de Trabalho Temporário, este continuou a diminuir progressivamente e estabilizou no último trimestre de 2023, fixando-se em 0,88 em dezembro. 


A APESPE-RH - Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e de Recursos Humanos – e o ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa) divulgam os Barómetros do Trabalho Temporário relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, bem como a análise global de 2023.


As principais conclusões apresentadas neste barómetro são as seguintes:

  • Verifica-se um decréscimo nas colocações de trabalho temporário no 4º trimestre de 2023, face ao mesmo período de 2022, com diminuição de menos 5.061 pessoas em outubro (-13,4%); 3.381 pessoas em novembro (-9,7%) e 3.792 pessoas em dezembro (-11,9%). 
  • No total, a diminuição no número de colocações no 4º trimestre de 2023 face ao mesmo período do ano anterior foi de -11,7% (104.9685 em 2022 vs 92.449 em 2023). Os valores estão também -17,2% abaixo das colocações do 4º trimestre de 2019 (111.637 colocações), -6,4% e -2,4% abaixo do mesmo período em 2021 e 2020 (98.794 e 94.710 colocações, respetivamente).
  • O Índice do Trabalho Temporário (Índice TT), que tinha estabilizado desde novembro de 2022, volta a demonstrar um decréscimo gradual desde o início do ano, fixando-se em 0,87 em outubro, 0,90 em novembro e 0,88 em dezembro. Estes valores são inferiores ao índice registado nos meses homólogos do ano anterior.

  • Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verifica-se uma estabilização da contratação de trabalhadoras do género feminino em outubro (44,8%), novembro (44,7%) e dezembro (44,4%).
  • Ao nível da distribuição etária, entre 26% a 27% dos colocados têm idade média acima dos 40 anos, no último trimestre do ano. 
  • O ensino básico mantém-se o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas (55% a 60% no último trimestre do ano de 2023). As colocações de ensino secundário (entre 34% a 37%) ocupam o segundo lugar. Pessoas com licenciatura mantêm cerca de 6% das colocações.
  • As empresas de “Fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam em primeiro lugar no mês de outubro e novembro (cerca de 12%). Já as empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições” assumem o primeiro lugar nos setores de atividade do Trabalho Temporário no último mês de 2023, representando cerca de 20%. Por outro lado, as empresas de “Estabelecimentos hoteleiros” alcançam o segundo lugar no mês de dezembro (cerca 9%) e as empresas de “Fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições” ficam no segundo lugar no mês de outubro e novembro (cerca de 8%). 
  • Na distribuição do trabalho temporário por principais profissões, no 4º trimestre de 2023 destacam-se as “Outras profissões elementares” (entre 27% e 31%), seguindo-se os “Empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes” (entre 18% e 19%). Em terceiro lugar, estão os “Assistentes na preparação de refeições” no mês de outubro e dezembro (entre 7% e 8%). Já em novembro, os “Trabalhadores não qualificados da indústria transformadora” ocupam o terceiro lugar (cerca de 8%).

“A evolução global do número de contratações em 2023 é menos positiva em relação ao último ano. Isto justifica-se pelo facto de em 2022 termos assistido a uma forte recuperação do número de colocações, sobretudo, porque as atividades das empresas voltaram ao habitual após a pandemia. No entanto, se compararmos os valores do ano anterior com os obtidos em 2021 e 2020 é possível conferir que o número de colocações está a recuperar. De realçar, que o barómetro continua a indicar que o trabalho temporário é uma oportunidade para a entrada ou reentrada no mercado de trabalho para trabalhadores com baixa escolaridade e idades acima dos 40 anos” explica Afonso Carvalho, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego e Recursos Humanos (APESPE-RH).


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