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Estudo da Fortinet revela que os cibercriminosos estão a explorar novas vulnerabilidades 43% mais rápido do que no 1º semestre de 2023

Estudo da Fortinet revela que os cibercriminosos estão a explorar novas vulnerabilidades 43% mais rápido do que no 1º semestre de 2023
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Estudo da Fortinet revela que os cibercriminosos estão a explorar novas vulnerabilidades 43% mais rápido do que no 1º semestre de 2023

O Global Threat Landscape Report, da FortiGuard Labs, relativo ao 2º semestre de 2023 destaca a necessidade dos fornecedores cumprirem as melhores práticas de divulgação de vulnerabilidades e das organizações melhorarem a higiene cibernética e a gestão de patches.

Derek Manky, Chefe de Segurança Estratégica e Vice-Presidente Global da Inteligência de Ameaças, FortiGuard Labs

“O Global Threat Landscape Report da FortiGuard Labs relativo ao 2º semestre de 2023 continua a destacar como os agentes de ameaças estão a conseguir aproveitar muito rapidamente as vulnerabilidades recém-divulgadas. Neste cenário, fornecedores e clientes têm um importante papel. Os fornecedores devem introduzir um rigoroso escrutínio de segurança em todas as fases do ciclo de desenvolvimento do produto e realizarem as suas divulgações de vulnerabilidades com a máxima transparência e responsabilidade. Com mais de 26 447 vulnerabilidades identificadas em 2023 em mais de 2 000 fornecedores, conforme citado pelo NIST, é também fundamental que os clientes mantenham um regime rigoroso de aplicação de patches para reduzir o risco de exploração."

A Fortinet® (NASDAQ: FTNT), líder mundial de cibersegurança que fomenta a convergência entre segurança e redes, anunciou recentemente a publicação do Global Threat Landscape Report, da FortiGuard Labs, relativo ao 2º semestre de 2023. A mais recente edição deste relatório semestral faz uma radiografia ao cenário de ameaças e destaca as tendências de julho a dezembro de 2023, incluindo análises sobre a velocidade com que os atacantes cibernéticos estão a capitalizar sobre as explorações recém-identificadas e o aumento de ações de ransomware e wipers direcionadas ao setor industrial e de tecnologia operacional (OT).


Principais descobertas sobre o segundo semestre de 2023:

  • Os ataques começaram em média 4,76 dias após a divulgação pública de novas explorações: À semelhança do Global Threat Landscape Report do 1º semestre de 2023, procurou-se determinar quanto tempo demora para que uma vulnerabilidade passe do lançamento à exploração; se as vulnerabilidades com uma pontuação alta no Exploit Prediction Scoring System (EPSS) são exploradas de forma mais célere; e se era possível prever o tempo médio até à exploração usando dados do EPSS. Com base nesta análise, verificou-se que no segundo semestre de 2023 os atacantes aumentarem a velocidade com que capitalizaram em vulnerabilidades recém-publicadas (43% mais rápido do que no primeiro semestre de 2023). Este facto vem reforçar a necessidade de os fornecedores se dedicarem internamente à descoberta de vulnerabilidades e ao desenvolvimento de patches antes que a exploração possa ocorrer (mitigar vulnerabilidades de Dia Zero). Reforça igualmente a necessidade de os fornecedores divulgarem proactivamente, e de forma transparente, as vulnerabilidades aos clientes para garantir que estes têm as informações necessárias para proteger eficazmente os seus ativos antes que os adversários cibernéticos possam explorar vulnerabilidades de Dia-N.
  • Algumas vulnerabilidades de Dia-N permanecem sem patches há mais de 15 anos: Não são apenas as vulnerabilidades recém-identificadas que preocupam os CISOs e as equipas de segurança. A telemetria da Fortinet descobriu que 41% das organizações detetaram explorações a partir de assinaturas com menos de um mês e praticamente todas as organizações (98%) detetaram vulnerabilidades de Dia-N que existem há pelo menos cinco anos. O FortiGuard Labs também continua a detetar agentes de ameaças a explorar vulnerabilidades que têm mais de 15 anos, reforçando a necessidade de se manter vigilante sobre a higiene de segurança e um lembrete contínuo para as organizações agirem rapidamente através de um programa consistente de patching e atualizações, empregando melhores práticas e orientações de organizações como a Network Resilience Coalition para melhorar a segurança geral das redes.
  • Menos de 9% de todas as vulnerabilidades de endpoint conhecidas foram alvo de ataques: Em 2022, a FortiGuard Labs introduziu o conceito de "zona vermelha", que ajuda os leitores a entender melhor a probabilidade de os atores de ameaças explorarem vulnerabilidades específicas. Para ilustrar este ponto, os três últimos relatórios analisaram o número total de vulnerabilidades direcionadas a endpoints. No 2.º semestre de 2023, o relatório descobriu que 0,7% de todos os CVEs observados em endpoints estão realmente sob ataque, revelando uma superfície de ataque ativa muito menor para as equipas de segurança se concentrarem e priorizarem os esforços de correção.
  • 44% de todas as amostras de ransomware e wipers visavam setores industriais: Em todos os sensores da Fortinet, as deteções de ransomware caíram 70% em comparação com o primeiro semestre de 2023. A desaceleração observada no ransomware ao longo do último ano pode ser atribuída ao facto dos atacantes se afastarem da estratégia tradicional de "spray and pray", passando para uma abordagem mais direcionada, visando principalmente as indústrias de energia, saúde, produção, transporte e logística, e automotiva.
  • Os Botnets mostraram uma impressionante resiliência, levando em média 85 dias para que as comunicações de comando e controlo (C2) cessassem após a primeira deteção: Embora o tráfego de bots tenha permanecido estável em relação ao primeiro semestre de 2023, a FortiGuard Labs continuou a ver os botnets mais proeminentes dos últimos anos, como Gh0st, Mirai e ZeroAccess. Mas três novos botnets surgiram no segundo semestre de 2023: AndroxGh0st, Prometei e DarkGate.
  • 38 dos 143 grupos de ameaças persistentes avançadas (APT) listados pelo MITRE estiveram ativos durante o 2º semestre de 2023: As informações do FortiRecon, o serviço de proteção contra riscos digitais da Fortinet, indicam que 38 dos 143 grupos que o MITRE acompanha, estavam ativos no 2º semestre de 2023. Destes, o Grupo Lazarus, Kimusky, APT28, APT29, Andariel e OilRig foram os mais ativos. Dada a natureza direcionada e as campanhas de duração relativamente curta dos APT e dos grupos cibernéticos de cada Estado, em comparação com as campanhas de longa duração e prolongadas dos cibercriminosos, a evolução e o volume de atividade nessa área é algo que a FortiGuard Labs acompanhará de forma contínua.


O Discurso da Dark Web

O Global Threat Landscape Report do 2º semestre de 2023 também inclui dados do FortiRecon, que dão uma ideia do discurso entre os agentes de ameaças em fóruns da dark web, mercados, canais do Telegram e outras fontes. Algumas destes dados revelam:

  • Os agentes de ameaças discutiram com mais frequência a segmentação de organizações no setor financeiro, seguidos pelos serviços empresariais e pela educação.
  • Mais de 3.000 violações de dados foram partilhadas em fóruns importantes da dark web.
  • 221 vulnerabilidades foram discutidas na darknet, e 237 no Telegram.
  • Mais de 850 000 cartões de pagamento foram postos à venda.


Remar contra o cibercrime

Com a superfície de ataque em constante expansão e uma escassez de competências de cibersegurança em toda a indústria, é cada vez mais desafiante para as empresas gerirem adequadamente uma infraestrutura complexa composta por soluções díspares, e ainda mais difícil acompanhar o volume de alertas de produtos pontuais e as diversas táticas, técnicas e procedimentos que os atores de ameaças utilizam para comprometer as suas vítimas.

Inverter a maré contra o cibercrime exige uma cultura de colaboração, transparência e responsabilidade a uma escala maior do que apenas a realizada por organizações individuais no espaço da cibersegurança. Cada organização têm um papel na interrupção das ciberameaças. A colaboração com organizações respeitadas de alto nível dos sectores público e privado, incluindo CERTs, entidades governamentais e académicas, é um aspeto crucial do compromisso da Fortinet para melhorar a resiliência cibernética a nível global.

É através da constante inovação tecnológica e da colaboração entre indústrias e grupos de trabalho, como a Cyber Threat Alliance, Network Resilience Coalition, Interpol, o World Economic Forum (WEF) Partnership Against Cybercrime, e o WEF Cybercrime Atlas, que se conseguirá melhorar coletivamente as proteções e ajudar na luta contra o crime cibernético a nível mundial.

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