A dinâmica de mercado nos ligeiros de passageiros continua negativa em maio (-14%) em relação ao mesmo mês de 2023, pois a oferta cresce (+4%) e mantém-se acima da procura (-11%). A importação de ligeiros de passageiros diminui ainda em maio face ao período homólogo do ano passado. Estes resultados podem estar relacionados com a maior oferta de carros novos, originando uma quebra na procura de carros importados.
- O mês de maio mantém uma dinâmica de mercado negativa (-14%) face ao período homólogo de 2023, o que significa uma maior oferta comparativamente à procura. A oferta está +4% acima de maio de 2023, com a procura a diminuir -11% em relação ao período homólogo.
- A oferta aumenta sobretudo em carros acima dos 30.000€ (+12%) e abaixo de 15.000€ (+2%). No entanto, a oferta diminui ligeiramente nos automóveis entre 15.000€ a 30.000€ (-1%). Já a procura apresenta um decréscimo nos veículos com valores abaixo dos 15.000€ (-12%) e entre 15.000€ a 30.000€ (-3%). Nos automóveis acima dos 30.000€ a procura permanece.
- A transferência de propriedade de ligeiros de passageiros registou um aumento de +25,3% em abril de 2024 face ao mês homólogo de 2023, marcando o início de uma possível tendência positiva após uma queda constante desde o início deste ano. Apresenta também um crescimento de +6,2% em comparação com abril de 2019. Relativamente aos primeiros quatro meses de 2024, observa-se um aumento de +7,1% em relação ao mesmo intervalo de tempo do ano passado.
- No que diz respeito aos veículos importados (ligeiros de passageiros), existe uma diminuição em maio face ao mesmo mês de 2023 (-10,9%) e um crescimento de +30,9% em relação ao mesmo período de 2019. Por outro lado, é possível verificar ainda um decréscimo de -10,3% de janeiro a maio de 2024, comparativamente aos primeiros cinco meses do ano anterior. Valores que podem estar relacionados com a maior oferta de carros novos, o que leva a uma quebra na procura de automóveis importados.
- O preço médio praticado pelos vendedores profissionais, que vinha a subir progressivamente, sobretudo desde maio/junho de 2023, apresenta um ligeiro decréscimo, alcançando os 24.000€. No entanto, ainda representa um aumento de cerca de +1,1% do preço face a maio de 2023, quando o valor médio se fixava em 23.750€.
- De acordo com os dados fornecidos pela BCA, relativos aos leilões, os preços mantém-se estáveis no comércio em maio, em relação ao mês anterior. Contudo, diminuem ligeiramente no retalho face a abril de 2024.
- Segundo dados da ACAP, em maio regista-se um aumento de +2,4% no total do mercado automóvel (novos) face ao mesmo mês de 2023. No acumulado do ano de 2024, há um crescimento de +11%. As energias alternativas (veículos eletrificados e híbridos GPL) representaram cerca de 52% do mercado total de ligeiros em maio de 2024, valores superiores face a maio de 2023 em que alcançavam apenas 47% do total de ligeiros de passageiros novos.
O Standvirtual realizou um webinar para apresentar o barómetro do mercado automóvel em parceria com a Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP). O evento online contou com o contributo de Fernando Soares (CEO da FS Automóveis) e Ricardo Quintas (Fundador e CEO da Adamastor), além de Maria Neffe (Dep. Económico Estatístico da ACAP), Bernardo Gusmão (Field Sales Manager do Standvirtual), Daniel Rocha (Diretor de Estudos e Planeamento do Standvirtual) e Pedro Soares (Diretor Comercial do Standvirtual). Este webinar teve como principal objetivo, divulgar os números mais dinâmicos verificados em maio de 2024 e analisar temas de mercado.
Fernando Soares, CEO da FS Automóveis, afirma que “nestes 24 anos sempre trabalharam num registo de carros desportivos a gasolina e com pouco stock de veículos a diesel. Hoje em dia, A FS tem uma oferta de carros desportivos, além de automóveis clássicos que sempre foram uma paixão. Dependendo das gerações o interesse em adquirir determinados modelos muda muito e consequentemente leva a que certos veículos venham a aumentar significativamente os preços. É interessante ver que carros que anteriormente não eram de todo procurados pela maioria dos consumidores, passado seis ou sete anos são agora automóveis requisitados, pois eram os modelos que estavam no imaginário dessas pessoas quando eram mais jovens”.
“Lançar uma marca em Portugal é quase um feito, primeiro porque temos que combater o descrédito dos portugueses. Esta série da Adamastor passou por diversas dificuldades como podem imaginar e ainda agora existem consumidores que não acreditam neste projeto, algo que eu penso que só vai mudar quando tivermos todos os veículos, efetivamente, vendidos. É importante referir que o nome da marca foi escolhida de propósito, uma vez que representa todos os obstáculos que nós e os empresários deste país temos que suportar para conseguirmos implementar os nossos projetos. O segundo e grande desafio está relacionado com as questões burocráticas, os processos são muito complicados, difíceis e lentos”, explica Ricardo Quintas, Fundador e CEO da Adamastor.
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