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Cegid Accounting Summit: Marques Mendes garante que IA é “revolução para o presente” e “vantagem enorme nos setores público e privado”

Cegid Accounting Summit: Marques Mendes garante que IA é “revolução para o presente” e “vantagem enorme nos setores público e privado”
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Cegid Accounting Summit: Marques Mendes garante que IA é “revolução para o presente” e “vantagem enorme nos setores público e privado”

  • Comentador e político refere que Portugal tem de “saber gerir a incerteza, e arregaçar as mangas”;
  • Na revolução da IA “Portugal não parte em desvantagem, a menos que estejamos distraídos”, refere Marques Mendes;
  • Especialistas em contabilidade consensuais sobre a melhoria dos insights sobre a saúde financeira das empresas, com os contabilistas a passarem a ser conselheiros e assessores financeiros, bem como sobre a importância da supervisão humana sobre os automatismos e da formação em IA, quer nas empresas, quer nas universidades.

A Cegid, líder europeu em soluções de gestão na cloud para profissionais das áreas financeira (tesouraria, fiscalidade e ERP), recursos humanos (processamento salarial e gestão de talento), contabilidade, retalho e empreendedorismo, juntou mais de 2000 pessoas no primeiro dia do evento online Cegid Accounting Summit, onde Luís Marques Mendes, comentador televisivo e político, assegurou: que “A Inteligência Artificial não é uma revolução para o futuro, mas uma revolução para o presente”.

Olhando para as diferenças entre a Europa (8%) e os EUA (78%) na adoção da IA pelas empresas, Marques Mendes salientou a importância de “apostar no conhecimento” numa competição em que “Portugal não parte em desvantagem, a não ser que estejamos distraídos”. Antes, sublinhou a necessidade de “saber gerir a incerteza, arregaçar as mangas”.

Após identificar como desafios internacionais os conflitos internacionais na Ucrânia, Médio Oriente e as eleições nos EUA, Marques Mendes considerou que Portugal enfrenta, internamente, três grandes desafios – os riscos de choque e falta de integração da população imigrante, a competitividade e a produtividade. As soluções, refere Marques Mendes, são respetivamente, “saber gerir a dificuldade com a oportunidade” nas políticas de imigração, criar “políticas sólidas de inovação e no domínio fiscal” competitivas face aos países concorrentes, e avançar na digitalização e nos avanços na IA.

Olhando para o 2025, independentemente “se o Orçamento de Estado passa ou não”, Marques Mendes prevê “um ano agitado, mas não um ano instável”. As empresas devem “apostar na diversificação do risco” e os contabilistas assumirem o papel de “conselheiros e consultores” das empresas.

Na mesa-redonda, debateu-se o redesenho dos escritórios de contabilidade à luz da IA. De acordo com José Farinha, professor universitário e fundador da BTOCNET, “há claramente uma evolução que tem de ser feita em todos os profissionais" e "é uma inevitabilidade termos de crescer e nos adaptar às ferramentas tecnológicas. Temos de ter capacidade de extrair valor e dados destas ferramentas". Num momento em que 80% do tempo é passado em tarefas rotineiras e 20% em análise, o especialista acredita que a proporção será a contrária com o avanço da IA, com os contabilistas a tornarem-se “assessores e conselheiros de negócios”, ganhando tempo para “conversar com os clientes”. Porém, “a IA não pode trazer aumento de preço aos escritórios”, alerta.

Paulo Ribeiro, partner na PwC, considera que com os insights da IA será “mais fácil explicar o que está nas contas que não vemos, o seu porquê, e o seu impacto”. Os temas mais preditivos, sobre “o que vai acontecer na saúde financeira da empresa” passarão a dominar as conversas entre contabilistas e clientes.

"A IA traz muitas vantagens e temos de saber aproveitá-las, mas o trabalho tem de ser supervisionado por humanos”, alerta Tiago Costa Lima, Diretor de Produto para Escritórios de Contabilidade e PME da Cegid em Portugal. Com a automatização das tarefas, a competição será, no futuro, entre "quem faz os melhores prompts" e quem consegue analisar o produto do trabalho da IA. 

Sobre a aprendizagem de como trabalhar com as novas ferramentas, "há claramente uma evolução que tem de ser feita em todos os profissionais”, explica Paulo Ribeiro. “A evolução académica é muito lenta, precisamos de um boost de ambição, e transformar o curso de contabilidade para acompanhar a tecnologia/benefícios”.

José Farinha, professor no ISCAL, onde leciona com recurso uma solução de gestão Cegid, revelou que mesmo os estudantes “entram em pânico” quando lhes solicita que façam uma análise à contabilidade de uma empresa através do chat GPT, analisando os resultados. E transpõe a experiência da sala de aula para a realidade empresarial: "a preguiça é uma tentação enorme. Temos de saber como ser sexys para os clientes, como nos vamos fazer ouvir pelo cliente, levando-lhe valor." E conclui: “os escritórios de contabilidade não vão perder clientes para a tecnologia, mas para aqueles que usem melhor a tecnologia”.

O primeiro dia do evento Cegid Accounting Summit contou com a moderação da jornalista Andreia Vale e um toque de humor de Nilton. No dia 17 de outubro, haverá lugar a um segundo dia, dedicado aos desafios da contabilidade no que respeita à fiscalidade em 2025, que contará com a intervenção do ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Carlos Lobo. As inscrições para o segundo dia do evento ainda podem ser feitas no site da Cegid.

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