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Inteligência Artificial vai contribuir com 17,6 biliões de euros para a economia global e impulsionar 3,5% do PIB em 2030

Inteligência Artificial vai contribuir com 17,6 biliões de euros para a economia global e impulsionar 3,5% do PIB em 2030
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Inteligência Artificial vai contribuir com 17,6 biliões de euros para a economia global e impulsionar 3,5% do PIB em 2030

 

A IDC estima que esta tecnologia vai afetar o emprego em todas as regiões do mundo, com maior impacto em sectores como as operações dos contact centers ou centros de apoio, contabilidade e inspeção de máquinas.

A International Data Corporation (IDC) prevê que a despesa das empresas para adotar a inteligência artificial (IA), para utilizar esta tecnologia em operações comerciais existentes e desenvolver melhores produtos/serviços para clientes empresariais e consumidores, vai ter um impacto económico global acumulado de 17,6 biliões de euros e impulsionar 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) global, em 2030.

As conclusões são do estudo “The Global Impact of Artificial Intelligence on the Economy and Jobs” (O impacto global da inteligência artificial na economia e no emprego), da IDC, que vai ser apresentado durante o evento IDC Directions 2024, que se realiza hoje e amanhã (2 e 3 de outubro), no Centro de Congressos do Estoril.

“Em 2030, cada novo euro gasto em soluções e serviços de IA relacionados com as empresas irá gerar 4,60€ na economia global, em termos de efeitos indiretos e induzidos. Isto será determinado pelo aumento das despesas em soluções e serviços de IA, impulsionado pela adoção acelerada desta tecnologia; pelo estímulo económico entre os adotantes da IA, que veem benefícios em termos de aumento da produção e de novos fluxos de receitas; e ainda pelo impacto ao longo de toda a cadeia de abastecimento dos fornecedores de IA, aumentando assim, as receitas essenciais para os fornecedores de soluções e serviços de IA”, refere Gabriel Coimbra, Country Manager da IDC Portugal.

Lapo Fioretti, analista de investigação sénior de Tecnologias Emergentes e Macroeconomia da IDC, explica que “este ano, a IA entrou numa fase de desenvolvimento e implementação acelerados, definida por uma integração generalizada, o que levou a um aumento dos investimentos empresariais destinados a otimizar significativamente os custos operacionais e os prazos. Ao automatizar tarefas de rotina e desbloquear novas eficiências, a IA terá consequências económicas profundas, remodelando indústrias, criando mercados e alterando o cenário competitivo.”


Impacto no emprego: os trabalhos resilientes e as novas funções

Consequentemente, a IA afetará o emprego em todas as regiões do mundo, com maior impacto em sectores como as operações dos contact centers, a contabilidade e a inspeção de máquinas. A ajudar a despoletar esta mudança estão os líderes empresariais que, quase unanimemente, com 98%, olham para a IA como uma prioridade para as suas organizações.

Sobre o futuro do trabalho, a maioria dos inquiridos espera que algumas funções (48%) ou a maior parte (15%) do seu trabalho sejam automatizadas pela IA e outras tecnologias, nos próximos dois anos, enquanto apenas uma minoria (3%) dos trabalhadores espera que o seu trabalho seja totalmente automatizado pela IA.

Embora algumas funções sejam afetadas negativamente pela proliferação da IA, a IDC acredita que vão surgir novos cargos, como os especialistas em ética da IA e engenheiros de prontidão da IA, como funções dedicadas nas organizações globais. A pesquisa indica ainda que uma “intensidade do toque humano”, combinada com o nível de “repetibilidade de tarefas” pelo qual cada trabalho é caracterizado, informará as organizações sobre as funções que estão sujeitas a uma substituição total de IA e automação, versus aquelas em que o papel da tecnologia será aumentar as capacidades humanas.

Como tal, as posições em que as capacidades sociais e emocionais humanas são críticas, como a enfermagem e as funções em que a tomada de decisão abrange a ética e a compreensão para além dos números, permanecerão robustas.

“Compreensivelmente, estamos todos curiosos para saber se a IA irá substituir os nossos empregos”, afirmou Rick Villars, vice-presidente do grupo de Investigação Mundial da IDC. “Com base nesta investigação, é evidente que devemos perguntar-nos como é que os nossos empregos podem ser facilitados e melhorados pela IA. A IA não substituirá o seu trabalho, mas sim alguém que saiba utilizar a IA melhor do que você'”.

Estas previsões e muitas outras informações estão a ser partilhadas no evento IDC Directions 2024, hoje e amanhã (2 e 3 de outubro), no Centro de Congressos do Estoril. O evento conta com vários speakers da IDC, entre eles, Gabriel Coimbra (Group Vice President e Country Manager da IDC Portugal), Philip Carter (Group Vice President of Worldwide Thought Leadership Research at IDC), Jennifer Thomson (Associate Vice President, Services, AccAD and Cloud, European Region at IDC), entre outros.

Além destes oradores, destaque ainda para Kay Firth-ButterfieldKay (Head of the AI and Machine Learning platform at World Economic Forum), Francesco Costigliola (Chief Analytics Officer na CGD), Mário Magalhães Saraiva (IT Delivery & Operations Senior Director da Fidelidade), Nelson Pinho (Global Head of Digital and AI na EDP DGU), João Baptista Leite (Executive Board – CEO UNICRE), Rui Pedro Saraiva (CIO, CTO at CTT Portugal), entre muitos outros.

 

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